quinta-feira, 24 de julho de 2008

Novo Despejo de Camponeses Pobres em Rondônia

Camponeses de União Bandeirantes são novamente despejados, em verdadeira operação e guerra

Cerca de 15 viaturas estiveram envolvidas na operação e atualmente a Polícia protege mais olLatifúndio de Luíz da DIPAR do que o próprio distrito de União Bandeirantes

No início de julho, novamente a polícia despejou os camponeses acampados no acampamento Nova Conquista, na região do município de União Bandeirantes.

Desta vez a operação de despejo mais pareceu uma operação de guerra, com a mobilização de cerca de 15 viaturas para a região, além de uma ambulância e um ônibus lotado de policiais.

A truculência, como sempre, foi a marca da operação. Quando os camponeses souberam do despejo, trataram logo de se esconder no mato para não sofrerem a violência dos policiais. Mas nem isso foi suficiente para deter a sanha destes indivíduos de destruir o acampamento dos camponeses. Os barracos foram todos queimados e, para que não houvesse vestígios da operação, os restos foram recolhidos no outro dia. O que sobrou foi recolhido para Porto Velho, a 160 km da região, o que torna praticamente impossível aos camponeses a recuperação de seus pertences.

Até mesmo os próprios alimentos dos camponeses foram recolhidos durante a invasão do acampamento. Durante a operação da polícia, os camponeses tiveram de assistir, de longe, a cena de um policial, com toda a pompa do mundo, atirar no pescoço de um galo que os camponeses tiveram todo um trabalho para criar, como se estivesse participando uma partida de tiro ao alvo. Depois de matarem o galo, o jogaram no fogo que atearam nos barracos dos camponeses, de onde voltou totalmente carbonizado.

Os camponeses calculam um prejuízo que gira em torno dos 1500 reais só em mercadorias. Dentre os utensílios que os policiais levaram, encontram-se panelas, alimentos, bicicletas, roupas, colchões e até mesmo os cães que os camponeses criavam. Enfim, tudo o que sobrou da operação de guerra movida pela polícia foi recolhido.

Atualmente, cerca de três semanas após a operação, os policiais fazem rondas constantes na fazendo DIPAR, demonstrando que estão mais preocupados com o latifundiário da região do que com o próprio distrito de União Bandeirantes.

Isso demonstra bem a essência das instituições deste velho Estado que serve apenas para dar proteção aos latifundiários e seus capangas e reprimir o povo pobre que se coloca em luta pela terra.

Abaixoa repressão aos camponeses de União Bandeirantes!

Terra a quem nela trabalha!

Viva a Revolução Agrária!

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