terça-feira, 31 de maio de 2011

Despejo em prédios do projeto 'Minha Casa, Minha Vida' deixa dezenas de famílias na rua

Por Patrick Granja



Na semana passada, policiais federais, civis e militares participaram de uma ação de despejo em três condomínios do projeto Minha Casa, Minha Vida, em Campo Grande, zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria de habitação, os moradores invadiram os apartamentos. Entretanto, de acordo com outras pessoas que moram no local, os imóveis estavam abandonados, já que poucas famílias aceitam as moradias pequenas e isoladas do Centro da cidade. Contudo, os imóveis serviam de abrigo a dezenas de famílias que viviam nas ruas por diferentes motivos. Mesmo assim, não houve diálogo com os gerenciamentos de turno que mobilizaram um aparato de guerra para expulsar as famílias. Já o monopólio da imprensa, criminalizou o movimento insinuando que grupos paramilitares teriam comandado as invasões.

No segundo dia de despejos, nossa equipe também esteve no local e flagrou dezenas de famílias abandonadas na rua com seus móveis sem ter para onde ir. Segundo os moradores com situação regularizada, a prefeitura e a Caixa Econômica Federal proibem a venda ou o aluguel das moradias obrigando dezenas de famílias a viverem confinadas em uma região 60 quilômetros afastada do Centro da cidade.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Espanha: Manifestantes entram em confronto com aparatos repressivos em Barcelona

Por Rafael Gomes



Cerca de cem pessoas ficaram feridas no confronto ocorrido na Praça Catalunya,
centro de Barcelona, no dia 27 de maio, entre manifestantes e a tropa de choque da
polícia espanhola. O massivo protesto foi contra as medidas de austeridade da gerência
Zapatero e a alta taxa de desemprego no país.
O aparato repressivo do Estado espanhol agiu de forma truculenta quando os
manifestantes se recusaram a deixar a praça. Imagens divulgadas por canais de TV
mostram trabalhadores sendo agredidos de forma covarde por policiais, pessoas com
mãos e cabeças ensanguentadas. 37 policiais ficaram feridos.
O povo espanhol se mantém firme nos protestos que vêm ocorrendo praticamente todos
os dias há cerca de duas semanas. Além dos trabalhadores, a juventude também vai às
ruas. O índice de desemprego entre os jovens de 16 e 25 anos de idade é de 45%, quase
o dobro da média na União Europeia, que é de 21%.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Transcarioca: Moradores da rua Domingos Lopes resistem à remoção

Por Patrick Granja



A Transcarioca será um corredor expresso de ônibus que ligará a Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, ao aeroporto internacional. Contudo, no seu caminho, várias famílias estão sendo removidas arbitrariamente pela prefeitura e suas construtoras e empreiteiras contratadas. Próximo ao Largo do Campinho, moradores da rua Domingos Lopes estão sendo ameaçados de remoção sem nenhum tipo de indenização. Segundo eles, nem ao menos o aluguel social foi oferecido às famílias, muitas delas nascidas e criadas no local. Muitos dos moradores já sofrem com problemas físicos e psicológicos. Entretanto, todos se mostraram inconformados com o tom da prefeitura e preparados para resistir. Um deles sofre de estrofia muscular nos membros inferiores e omeopatia e, além disso, tem uma enteada com sidrome de down. Ele protestou contra o autoritarismo da prefeitura.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Choque de ordem ataca ambulantes no Rio

Por Rafael Gomes



O choque de ordem de Eduardo Paes organizou, nos dias 23 e 24 de maio, mais uma mega operação para reprimir e roubar os vendedores ambulantes que trabalham pelas ruas da capital fluminense. De acordo com a prefeitura, no dia 23 dezenas de guardas municipais realizaram a apreensão de mais de 1.550 produtos.
A ação foi realizada em Brás de Pina, zona Norte, e contou com a participação de PMs da 22ª DP (Penha).
No dia 24, terça-feira, foi a vez dos ambulantes que trabalham na zona Sul serem atacados pelo choque de ordem fascista da prefeitura.
Agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) apreenderam duas toneladas de mercadorias e utensílios de trabalho, como bancas de frutas, ferragens, hastes e lonas para barracas. Também foram apreendidos 200 kg de frutas, uma máquina de moer cana, uma serpentina de água de coco, quatro maços de cigarros e 20 placas de publicidade.
A operação foi realizada nos bairros do Catete, Glória e Largo do Machado. Um vendedor foi detido pelos cães de guarda da prefeitura.
Sem a menor discrepância, o subsecretário de Controle Urbano da Secretaria Especial da Ordem Pública, Marcelo Maywald, afirmou aos monopólios da comunicação que: “Vamos intensificar as operações na região e não vamos permitir que ambulantes ocupem irregularmente as calçadas, impedindo o pedestre de ir e vir".

(SP) Assembleia geral dos metroviários em 19 de maio decide decretar estado de greve

Em assembleia bastante concorrida, os metroviários de São Paulo decidiram decretar “estado de greve” até a próxima assembleia do dia 26 de maio, que será a decisiva para a categoria. Segundo Altino de Melo Prazeres Junior, presidente da entidade - as negociações não avançaram muito e a chefia do Metrô esta irredutível. Na quinta rodada de negociações, só chegaram ao índice de 6,39% de reajuste, isso referente a inflação, medida pelo IPC/FIPE, enquanto que as reivindicações dos trabalhadores é 10,79% conforme IGPM e mais 13,80% de produtividade conforme ICV do Dieese. Nas questões sociais, a chefia do Metrô fez nova redação às cláusulas que dizem respeito à saúde do trabalhador, seguro de vida, desenvolvimento tecnológico de recursos humanos, estabilidade para trabalhadores com câncer ou HIV, jornada de trabalho para os empregados da gerência de manutenção, licença amamentação, medidas de proteção à saúde no trabalho e intervalo para refeição nas áreas operacionais.

Ao ser lido e distribuída a cópia da contra proposta da Companhia do Metropolitano de São Paulo, a categoria explodiu em revolta e sob as consignas de “Chega de sufoco, esse aumento é muito pouco!” e “Au, au, au, progressão salarial” e varias outras, aberto os debates, vários metroviários mostraram sua indignação e, principalmente, no que diz respeito a questão da produtividade, que a chefia do Metrô sequer arriscou em definir um índice, deixando claro o arrocho, já que apenas ofereceram o índice de 6,39% referente a inflação, calculada por um órgão, que fica bastante abaixo do índice do 10,79% do IGPM, reivindicado pela categoria. De imediato, o presidente do sindicato, Altino M. Prazeres Junior, deixou claro que a comissão de negociação rechaçou a contra proposta do Metrô, mas que caberia a categoria decidir, apontando o imediato “estado de greve” e definição dos rumos da negociação para a assembleia do dia 26, caso não avance as proposta.

Ao ser colocado em votação, houve um posicionamento de um ex-diretor, o Xavier (pecedobê), figurinha marcada da categoria por vários mandatos, que já compôs a diretoria e foi escorraçado pela categoria na eleição histórica de 2010, pondo fim a mais de 20 anos de oportunismo do pecedobê/PT (CTB/CUT) a frente do Sindicato. Na verdade, não fora um posicionamento contrário, fora uma provocação, de quem quer só não passar em branco. Disse, “Sair daqui, apenas decretando o 'estado de Greve' é subjetivo, temos de sair com um indicativo de greve”. Após sua intervenção, pediu encaminhamento e seguindo os trâmites, a diretoria do sindicato solicitou dois defensores de cada proposta, não havendo nenhuma para defender a proposta "avançadíssima" do Xavier/pecedobê.

Altino deixou claro as diretrizes para a categoria, afirmando ser uma proposta que não difere do encaminhamento da diretoria e pôs em votação: “estado de greve”, “mobilização geral da categoria, por setor” e “decisão final na assembleia geral do dia 26”, o qual fora votado com firmeza pelos metroviários presentes na assembleia, que lotou a quadra no último dia 19 de maio, deixando claro aos pelegos e oportunistas de plantão que estão dispostos a lutarem e seguir a direção eleita por eles em 2010 e não essa cambada, que fora rechaçada, por comodismo e falta de compromisso com a categoria, mas que agora posa de oposição, mas que em todo o momento tenta minar os trabalhos da nova diretoria, principalmente os companheiros da base, que assumem uma postura classista e mais independente.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Maio de lutas na Espanha



O corte de direitos dos trabalhadores, o desemprego crescente, as desapropriações de apartamentos e casas financiadas por trabalhadores, que diante da situação de desemprego não podem seguir pagando-as, e por outro lado o contínuo enriquecimento de grandes empresários e banqueiros, levou milhares de pessoas a ocuparem as ruas e praças em mais de 60 cidades do Estado espanhol neste mês de maio.

O aparelhamento das principais centrais sindicais espanholas ao governo de Zapatero, que diante de milhares de recortes de direitos historicamente conquistados não organizou nenhuma luta, não foi suficiente para esconder o descontentamento dos trabalhadores com a política econômica desse governo que se declara de "esquerda".

Assim, como não poderia deixar de ser, a revolta de cada trabalhador se converteu em inúmeras manifestações espontâneas. A primeira mais significativa aconteceu no dia 15 de maio em Madrid e em outras cidades do Estado espanhol.

No total, ocorreram manifestações em mais de 60 cidades desde o dia 15 de maio até a data atual. No início, com esperanças de que as movimentações cessassem, os monopólios da comunicação não noticiaram nada, da mesma forma que o governo não se manifestou, mas agora já não se pode esconder a revolta popular.

Zapatero fingindo não ser um dos responsáveis pelos cortes de direitos declara que “hay que escuchar, hay que ser sensibles porque hay razones para que expresen descontento y esa crítica”. E nada fala sobre a repressão policial contra as manifestações.

Preocupados com a possibilidade de acontecer manifestações nas vésperas e na data das eleições para as prefeituras (22 de maio), a junta eleitoral proibiu manifestações neste fim de semana.

Alguns links: http://democraciarealya.es/

http://www.youtube.com/watch?v=QQLsTp3-UNs&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=6n1_0u-PkXE&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=3DXJ0qPXrCA&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=E5aYMyL8ayk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=dQ1nLPA56as&feature=watch_response

Nota da Redação:

Mas nada disso adiantou. Na segunda-feira, as pesquisas e resultados das eleições apontavam a derrota do partido "socialista" de Zapatero.

Repúdio ao despejo violento das famílias de Barra do Riacho, no Espírito Santo!

Nota Pública da ABRAPO em relação à violência estatal em Barra do Riacho, Município de Aracruz, Espírito Santo

A Assoiação Brasileira dos Advogados do Povo – ABRAPO -, filiada à Associação Internacional dos Advogados do Povo – IAPL -, diante dos fatos estarrecedores ocorridos no Município de Aracruz, Espírito Santo, localidade de Barra do Riacho, no dia 18 de maio de 2011, no qual 500 famílias, 1600 pessoas, moradoras do Bairro Nova Esperança, foram violentamente deslocadas de suas residências, também destruídas, vem fazer o mais veemente protesto, exigindo providências imediatas das autoridades estatais brasileiras, no sentido de punir os responsáveis e garantir o direito à liberdade, à integridade física, e à moradias desses cidadãos.
No presente caso, a área, prometida nas eleições para a construção de moradias, como parte do enganoso projeto Minha Casa Minha (Dí)Vida, é do interesse de um conjunto de empresas da região, portuária, onde imperam os interesses da Aracruz Celulose, Petrobrás, Estaleiro Jurong, Nutripetro, Nutrigás e outras empresas tratadas a pão e mel pelas gerências federal, estadual e municipal.
A população de Barra do Riacho, formada por indígenas e pescadores, cercados pelas grandes empresas que tomaram suas terras, e não vendo as promessas sendo cumpridas, resolveram, no curso do ano de 2010, ocupar a pequena área, construindo casas de alvenaria, e enfrentando feroz oposição dos políticos, um consórcio dos partidos ditos dos trabalhadores e socialista, comprometidos com os interesses das grandes empresas.
Montada uma operação de guerra, a comunidade foi cercada por mais de 1000 policiais militares, entre os quais 400 soldados da tropa de choque, fortemente armados, e apoiados por cães, cavalos, helicópteros e tratores. Lideranças foram perseguidas, apoiadores dos movimentos sociais e jornalistas foram agredidos e impedidos de acompanhar a operação.

A resistência heróica não conseguiu fazer frente às bombas de gás, tiros de borracha e todo tipo de violência por parte das famigeradas forças policiais, que feriram dezenas de pessoas, inclusive idosos e crianças, que foram mortos ou se encontram em estado grave, sob vigilância policial, que montou barreiras no Município e impede o levantamento de informações.

As casas, construídas com todo o esforço pelas famílias, foram destruídas pelos tratores das empresas interessadas na área. Os móveis e utensílios domésticos, roupas e documentos foram destruídos ou apropriados indevidamente pelos invasores do Estado. As famílias expulsas se encontram ao relento, sem roupas ou alimentos, inclusive para as crianças.

Esse ato de violência do Estado brasileiro vem demonstrar a que ponto chegou a gerência colonial, a política de exploração criminalização da pobreza, da repressão ao povo pobre, a mesma que impera no campo em prol do latifúndio, nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, e nas regiões de interesse dos grandes projetos de espoliação, como as obras do PAC em Rondônia, Mato Grosso, Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro, uma forma da gerência colonial continuar a despejar rios de dinheiro para o grande capital burocrático.

A ABRAPO levará essa denúncia aos foros de direitos humanos, nacionais e internacionais, e exige do Estado brasileiro, por intermédio da Secretaria Especial de Direitos Humanos da presidência da República, do Ministério Público e do Poder Judiciário, inclusive nas esferas do Estado do Espírito Santo, a rápida investigação sobre todos os fatos, desde a grilagem de terras públicas, passando pelos atos de violência contra trabalhadores indefesos, com a punição das autoridades envolvidas e a garantia da liberdade, da integridade física e do direito à moradia de todos os prejudicados, inclusive com a indenização pelos danos causados pelo Estado, inclusive de ordem moral.

Diretoria da Associação Brasileira dos Advogados do Povo

http://abrapo.org.br/ __________________________________________

Assista ao vídeo:

Depoimento da professora Amanda Gurgel na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte



Falando sobre educação, dos baixos salários e da triste situação da educação no Brasil, particularmente do Rio Grande do Norte, a professora Amanda chama a atenção pela sinceridade e simplicidade de suas palavras.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vigília denuncia desmantelamento do Núcleo de Terras da Defesoria Pública do Rio


Por Patrick Granja


Nos dias 11 e 12 de maio, dezenas de vítimas das criminosas remoções de favelas levadas a cabo pela prefeitura participaram de uma vigília seguida de uma manifestação na porta da defensoria pública do Rio de Janeiro. Os manifestantes denunciam que, no dia 29 de abril, defensores do Núcleo de Terras e Habitação foram impedidos de entrar na defensoria, transferidos para outros municípios e os estagiários demitidos. Segundo os militantes, o núcleo foi desmobilizado, após mudanças na defensoria impostas pelo gerente Sérgio Cabral, como a substituição do defensor chefe. A mudança tornou precária o apoio jurídico a esses movimentos.

Um dos fundadores do Núcleo de Terras da defensoria, o procurador aposentado do estado do Rio e professor, Doutor Miguel Baldez, esteve na manifestação e criticou a ação dos gerenciamentos municipal e estadual. Manifestantes ainda mandaram um recado para os gerentes de turno ao citarem o texto "Os Dias da Comuna", de Bertold Brecht.

Moradores do Largo do Campinho fazem combativo protesto contra a remoção

Por Patrick Granja




Na quinta-feira, dia 12 de maio, agentes da prefeitura foram ao Largo do Campinho, na zona norte do Rio de Janeiro, para demolir a casa de um morador. Nascido e criado na favela, o músico Edmilson e sua família foram forçados a sair de casa para que os operário demolissem o imóvel. Apesar das promessas, nenhuma alternativa habitacional foi oferecida pela prefeitura às 16 famílias que vivem no local. A operação faz parte das obras para a construção do corredor expresso de ônibus Transcarioca que ligará a Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, ao aeroporto internacional.

Revoltados, moradores passaram a madrugada acordados erguendo barricadas, apagando as inscrições da prefeitura e preenchendo as paredes com combativas palavras de ordem. No dia seguinte, operários e engenheiros, juntamente com um oficial de justiça, chegaram à favela e se depararam com faixas, cartazes, moradores protestando na rua e as entradas da favela bloqueadas por barricadas. Diante da revolta da massa, os agentes da prefeitura, com medo, recolheram suas coisas e foram embora.  Segundo os moradores, o tom do movimento vai ser radicalizado de agora em diante, visto que durante um ano de negociações, nenhum proposta justa foi apresentada pela prefeitura.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bombeiros em greve exigem a libertação de liderança presa pela polícia



Patrick Granja



Há quase um mês em greve, bombeiros militares do Rio de Janeiro, a maioria deles guarda-vidas, fizeram uma manifestação na porta da Assembléia Legislativa no dia 16 de maio. A categoria reinvindica a abertura de negociação com o gerenciamento estadual para elevar o piso atual de 950 reais, considerado o pior do Brasil, para 2 mil reais. Apesar das catástrofes nos morros do Bumba e dos Prazeres, na Região Serrana, no início desse ano e em Angra dos Reis no início do ano passado, nas quais a categoria prestou seus serviços, o gerente Sérgio Cabral vem tratando a categoria com indiferença, negando-se a negociar.

Além do aumento do piso salarial, os bombeiros exigem a libertação imediata do capitão bombeiro Lauro Cesar Botto, preso arbitrariamente acusado de liderar o movimento. Outros quatro bombeiros estão com a prisão decretada mas negam-se a se apresentar a justiça. Contudo, a perseguição ao movimento só fez aumentar a adesão de mais bombeiros à greve, que já mobiliza 70% do efetivo no estado do Rio. Os manifestantes ainda saudaram o apoio do jornal A Nova Democracia a sua greve com uma salva de palmas.

17 de maio: 31° aniversário da Guerra Popular no Peru

A Guerra Popular no Peru foi deflagrada em 17 de maio de 1980 durante as eleições gerais, no povoado de Chusqui, estado de Ayacucho. Após realizarem agitação e propaganda denunciando a farsa eleitoral, uma coluna de guerrilheiros dirigida pelo Partido Comunista do Peru (PCP) incendiou as urnas e se retirou. Com essa declaração pública de guerra ao velho Estado, o PCP elevou, desde os Andes, a bandeira da Guerra Popular e da defesa do marxismo-leninismo-maoísmo como mando e guia da nova onda da revolução proletária mundial.

15 palestinos assassinados pelo Estado facínora de Israel





Por Rafael Gomes




Pelo menos 15 palestinos foram mortos pelo exército sionista de Israel durante os protestos que lembraram o 63º aniversário da ‘Nakba’, que recorda o êxodo palestino depois da criação do Estado de Israel, em 1948.

Centenas de manifestantes que tentaram cruzar a fronteira israelense com a Síria, a Faixa de Gaza e o Líbano foram baleados por soldados israelenses. Dos 15 mortos, dez foram atingidos na fronteira libanesa e cinco na síria. Outras dezenas de pessoas foram feridas em Gaza e na Cisjordânia. No lado libanês, os protestos deixaram cerca de 200 feridos.

Em Tel Aviv, uma mulher morreu e 15 pessoas ficaram feridas depois que um caminhão bateu em vários veículos. Não se sabe se o acidente tem a ver com a repressão aos protestos.

Mais um capítulo do sanguinário histórico dos crimes cometidos pelo Estado de Israel contra o bravo povo palestino.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

13 de maio: libertação dos escravos?

Veja o vídeo do ato de 13 de maio, realizado em São Paulo pelo UNEafro Brasil, onde fica claro o verdadeiro caráter do Estado, frente ao extermínio da nossa juventude, principalmente negra, nas periferias.



Postado originalmente no blog Protesto Popular, veja aqui

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Homem bomba VS Bomba sem homem

Luiz Carcerelli


Cada vez que um militante penetra em território inimigo e se detona em um ataque suicida ou que um carro é abandonado em frente a um alvo militar no Iraque ou no Afeganistão, logo se ouve o estardalhaço do monopólio dos meios de comunicação. As acusações de terrorismo, covardia e outras alcunhas pejorativas são propaladas aos quatro ventos.

Tudo é uma questão de tecnologia. Um exército de um país governado sob a égide da Estátua da Liberdade e defensor do "mundo livre" jamais usaria de métodos tão bárbaros. Ao contrário, transforma a guerra em uma operação de video-game onde são utilizados aviões-robôs para violar as fronteiras e pouco se lixando para a soberania de quem quer que seja, assassinar pretensos militantes hostis.

Desde a morte de Bin Laden, que foi um claro desrespeito a soberania paquistanesa, o USA lançou três ataques com aviões-robôs em território paquistanês contra supostos militantes islâmicos. Hoje (12/05) assassinou oito deles.

Os ataques provocam a ira dos paquistaneses, mas o governo títere se limita a protestar formalmente e embolsar o dinheiro que o USA lhes dá pela ajuda na luta contra o terror. Foram 4,4 bilões de dólares desde 2001 e são esperados mais 300 milhões.

Pese toda a geringonça tecnológica, o USA está empantanado no Iraque e no Afeganistão e não consegue progredir em sua guerra de rapina contra os povos. A crise do imperialismo não para de se avolumar e cada vez mais povos se levantam em luta.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Família de floristas é atacada pelo choque de ordem na Praça Saens Pena

Por Patrick Granja.


Há duas semanas, o prefeito Eduardo Paes implementou o choque de ordem permanente na Tijuca. A medida inclui a presença ostensiva de guardas municipais no entorno da tradicional Praça Saen Pena, na zona norte da cidade. No dia 2 de maio, o quiosque da mais antiga floricultura de rua da Saens Pena foi atacado por agentes de repressão do velho Estado. Os filhos de dona Elzi, proprietaria do quiosque foram agredidos pelos guardas que tentavam roubar sua mercadoria. Segundo a GM, dona Elzi não teria apresentado a documentação necessária para expor suas flores do lado de fora do quiosque.

Como forma de protesto, os filhos de dona Elzi iniciaram um abaixo assinado para repudiar a violenta ação dos guardas municipais. Quando nossa equipe de reportagem esteve no local, o documento já possuia mais de mil assinaturas. As pessoas que quiserem assinar devem comparecer ao quiosque de dona Elzi, na ru Soares da Costa, esquina com a praça Saens Pena, ou entrar em contato com Débora, filha de dona Elzi (93578744 / deboramsoares@hotmail.com)



To buy the raw footage from the video above, please contact us by phone: (0xx21) 2256-6303, or by email: agenciadenoticiasand@gmail.com. Our videos are filmed by qualified professionals, well known in popular movements, from the slums to the universities. Help the democratic and popular press, help AND.
Para comprar as imagens não editadas do vídeo acima, entre em contato conosco pelo telefone (0xx21) 2256-6303 ou pelo email agenciadenoticiasand@gmail.com. Nossos vídeos são filmados por profissionais qualificados e notórios nos movimentos populares, das favelas às universidades. Apóie a imprensa democrática e popular. Apóie AND.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A condecoração de um dedo duro

José Genoino, conhecido por sua longa carreira de traições ao povo brasileiro, que se inicia ao entregar os militantes do Partido Comunista do Brasil no Araguaia e se extende até hoje, acaba de ser condecorado pelas mesmas forças armadas reacionárias que o capturaram em 1972 e diante das quais ele capitulou vergonhosamente.

Seu depoimento na época tinha a riqueza de detalhes, não de informações esparsas retiradas sob tortura, mas de um relatório bem elaborado. Ali constavam os armamentos de cada destacamento guerrilheiro, seus componentes, estrutura de comando e de como o traidor conheceu cada um deles.

Nada mais justo o reconhecimento das forças armadas reacionárias encoberto sob que álibi for. Afinal, o serviço prestado por esse dedo duro foi essencial para o gerenciamento militar. Junto a ele recebem condecorações toda uma renca de oportunistas.

Lamentável é apenas o fato da medalha da vitória ser comemorativa à vitória dos aliados sobre o nazifascismo e sirva para afagar o ego de tal escória.

Moradores do Morro da Providência ameaçados de remoção pela Prefeitura

Por Patrick Granja.



O morro da providência, no Centro do Rio de Janeiro, é um dos mais antigos da cidade e depois do início da militarização moradores não estão tendo sossego. Além das denúncias de abusos por parte dos militares, a população do lendário morro da favella está sendo atacada pela prefeitura, que ameaça remover centenas de famílias do local. O motivo das remoções são inúmeros, entre eles, obras de maquiagem do projeto Morar Carioca e a existência de supostas áreas de risco.
O projeto Morar Carioca pode ser considerado uma das maiores obras de maquiagem já anunciadas pelos gerenciamentos municipais. Mesmo sem escolas, hospitais, moradias dignas e saneamento, moradores do morro da Providência estão sendo removidos para dar lugar a parques, praças, árvores e um teleférico.
Dona Sônia e sua família vivem a 42 anos na favela. Segundo a prefeitura, a construção de uma praça na localidade conhecida como 60, onde dona Sônia mora, prevê a remoção de sua casa, mas a aposentada e sua família não gostaram nada da idéia. Filho de dona Sônia, o cavaquinista Sidney Ferreira é deficiente visual e também está com a sua casa marcada para ser removida. A proposta da prefeitura para os moradores que estão ameaçados de remoção é uma casa em Cosmos, a 60 quilômetros do local, ou o famigerado aluguel social.

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Vídeo do 1º de Maio Classista e Internacionalista em São Paulo (2011)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tortura sai dos porões – sinal dos tempos

Luiz Carcerelli


Que o USA sempre usou, estimulou e ensinou a tortura não é novidade. O que não é exatamente novo, mas incomum, é assumi-la publicamente e justificá-la. É o que mostra uma matéria publicada hoje no Estado de São Paulo sob o título “Falcões voltam a defender uso de 'tortura'”. Abaixo reproduzimos alguns trechos.

"Os EUA não torturam", afirmou Obama, um dia após ser eleito, na cerimônia em que assinou a proibição do uso dos "métodos reforçados de interrogatório."

E mais abaixo,

"Claro que valiosas informações foram obtidas nesses tipos de interrogatório", disse Leon Panetta, diretor da CIA em entrevista à CBS, falando das “confissões” obtidas de prisioneiros brutalmente torturados de Guantânanamo e outras câmaras clandestinas ianques espalhadas pelo mundo. "Acho que a questão que todo mundo sempre debate é se esse procedimento deve ou não ser usado para extrair informações. Francamente, é uma questão em aberto."

Ideólogo da tortura no governo Bush e professor de Direito da Universidade da Califórnia, John Yoo voltou a justificar a prática, dizendo que ela foi "fundamental" para rastrear Bin Laden. "Obama pode levar o crédito, corretamente, pelo sucesso da operação. Mas isso foi graças às duras decisões tomadas pelo governo Bush", escreveu Yoo à revista National Review. "Os democratas criticaram Bush por ter excedido seus poderes e violado a Carta de Direitos."

Setores militares dos EUA igualmente defendem a tortura, mesmo que a prática ilegal poupe as vítimas de serem processadas. Foi o que aconteceu ao saudita Maad Al-Qahtani, suspeito de ter sido o 20º sequestrador dos aviões usados no 11 de Setembro, ao mauritano Mohamed Ould Salahi e a boa parte dos 170 prisioneiros de Guantánamo” (o grifo é nosso).

Sinal dos tempos


Sabedores de que a crise se aprofunda, de que os povos se levantam e que sua posição se torna cada vez mais insustentável, os imperialistas passam a divulgar essas práticas hediondas como senha para os gerenciamentos títeres espalhados pelo mundo, afinal, o que é bom para o USA é bom para a Índia, para a Colômbia, para o Peru, para a Síria e para Brasil...

Membros do Partido Comnista da Índia (maoísta) presos ilegalmente

É escandalosa a forma como a própria legislação burguesa é esquecida e atropelada quando se trata de combater os que se levantam contra a ordem estabelecida. Quando o povo faz uma passeata não autorizada, monta uma banquinha de ambulante ou toma um pedaço de terra para plantar, os brados sobre ilegalidade, justiça e ação firme da polícia são logo ouvidos e os homens de toga preta logo aparecem, com seus dedos em riste e seus livros de direito, dizendo 'isso não pode'.

Por outro lado quando se trata do tratamento de presos políticos, o símbolo da justiça se faz presente e a moça cega olha para o outro lado.

É o que mostra o Comitê para Libertação dos Presos Políticos (CLPP) em comunicado datado de 30/04 em Nova Delhi. A nota condena a prisão ilegal de três membros do Comitê Central do PCI (m), juntamente com tês aldeões.

Vijay Kumar (Jaspal), Varanasi Subramaniam (Saroj) e Jhantu Mukherjee - junto com os três moradores Shyam Rishi, Aniruddha Rishidev e Mohammad, foram levados sob custódia depois de uma operação conjunta da Força Especial Federal (STF) da Polícia de Bihar, Andhra Pradesh SIB e das agências de inteligência centrais em 29 de Abril de 2009, em Basalgaon, distrito Katihar.

A polícia de Bihar, pesem as várias consultas feitas por ativistas dos direitos humanos, recusou-se a reconhecer as prisões. Segundo a lei indiana qualquer pessoa presa deve ser apresentada perante um tribunal de direito em no máximo 24 horas.

O CLPP acredita que a vida dos seis combatentes está em perigo, dado o histórico notório da polícia de Bihar SIB AP e as agências centrais de inteligência no tratamento de presos políticos sob sua custódia. Há relatos de que os detidos e presos são rotineiramente submetidos a torturas e brutalidades em nome do "interrogatório" por parte dos policiais e das agências de inteligência, chegando ao ponto de cometer falsos encontros e assassinatos.

A ação do Estado indiano é completamente ilegal e o CLPP a condena veementemente e exige a imediata apresentação dos prisioneiros perante um tribunal.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

1° de maio classista nas ruas de São Paulo

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Centenas de camponeses, operários e estudantes de diversas regiões do país foram às ruas do Centro de São Paulo para celebrar o 1° de maio classista convocado pela Liga Operária e a Liga dos Camponeses Pobres. A reportagem do AND esteve presente, registrando a combatividade da manifestação.

A Liga Operária, a LCP e o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) haviam acertado o dia 2 de maio, segunda-feira, e não o 1º de maio, um domingo, para se reunirem após os seus respectivos encontros e realizarem uma combativa e classista manifestação na capital paulista.

Também atenderam à convocação do 1º de maio classista a Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), o Movimento Feminino Popular (MFP), o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo), a Liga Internacional de Luta dos Povos (ILPS), a Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo), entre outras organizações classistas.

Na Avenida Paulista, a manifestação se deteve diante do consulado da Índia. Um representante da Abrapo leu um documento condenando o velho Estado indiano pelas atrocidades cometidas contra os camponeses e povos tribais daquele país. O documento explicava a luta dos povos adivasi, camponeses e dos naxalitas, como são conhecidos os militantes do Partido Comunista da Índia (maoísta), que dirige a guerra popular naquele país.

O 1º de maio classista e internacionalista organizado pela Liga Operária em São Paulo também desmascarou as centrais oportunistas e governistas (CUT, CTB, Força Sindical, etc) que, como de praxe, promoveram mega-shows, sorteios de brindes e seu festival de bajulação às classes dominantes, esbanjando degeneração e colaboração de classe.

Veja reportagem completa sobre o 1º de maio classista na edição 77 de AND