Após três semanas de covardes bombardeios contra o povo palestino concentrado na Faixa de Gaza, o Estado fascista de Israel já assassinou mais de 1.150 pessoas, ferindo vários milhares e destruindo grande parte da infra-estrutura ali construída.
Esses números são oficiais, mas relatos de testemunhas oculares dão conta de que o número de mortos e feridos é muito maior. É o que diz, por exemplo, a carta de Miguel, um médico Palestino, a sua irmã no Brasil, que pode ser lida na página da Liga Operária.
Enquanto o plano de Israel segue sendo executado, a “comunidade internacional” discute arranjos e acordos para impor uma paz humilhante aos palestinos confinados na Faixa de Gaza. Declarações de representantes da União Européia, USA, Israel e a títere Autoridade Palestina prevêem um “cessar-fogo unilateral” por parte de Israel possivelmente a partir de hoje. O que alguns podem saudar como um passo para a paz, entretanto, representa duríssimas condições de existência para os moradores que ainda resistem em Gaza.
Essa “paz” daria direito a que as tropas sionistas permanecessem no território palestino e continuassem bloqueando as fronteiras, ou seja, Além de prosseguir o embargo assassino, o Estado sionista acabou arrebatando mais uma grande parte do território palestino, ampliando seu controle, porque a Faixa de Gaza está praticamente dividida, conforme publicado no post abaixo. Além disso, “acordo” assinado ontem (16/01), entre as ministras Condoleeza Rice e Tzipi Livni estabelece a “ajuda” do USA no controle da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, para “evitar que o Hamas contrabandeie armas por túneis”.
O imperialismo pretende ainda que com o cessar-fogo a atenção do mundo seja desviada para que os crimes de guerra do fascista Estado de Israel sejam esquecidos, ou seja, que perante o mundo Israel ainda pose de benemérito.
Entretanto, engana-se que o bravo palestino se entregará passivamente a mais esse engendro imperialista. O Hamas já declarou que não deporá as armas e que seguirá combatendo para expulsar os sionistas da Faixa de Gaza e de toda Palestina. Desde o início dos ataques de Israel, essa brava atitude do Hamas tem atraído para seu lado vários setores, inclusive de parte do Fatah, que discorda da pusilânime conduta de seus membros que chefiam a Autoridade Palestina.