terça-feira, 9 de agosto de 2011

O governo fascista e vende-pátria de Evo Morales mostra seu verdadeiro rosto

[Texto de autoria de um boliviano que se corresponde com o blog odiodeclase.blogspot.com , onde foi publicado originalmente. Tradução de A Nova Democracia.]

Jacinto

No dia 1° de agosto, segunda-feira, utilizando os métodos próprios de qualquer regime fascista para calar as vozes dissidentes, o chamado “governo de mudança” montou um operativo circense prendeu quatro ativistas e um menor de idade. Logo, ao não encontrar argumentos válidos para sustentar tal detenção, o ministro (autodenominado paladino dos direitos humanos) Sacha Llorenti, conjugando descaradamente toda sua xenofobia, tentou relacioná-los com casos de terrorismo e narcotráfico.

Em 3 de agosto, quarta-feira, em uma audiência por demais irregular na cidade de El Alto, o governo ordenou que a juíza designada para o caso fosse recusada sem justificativa alguma, pois como não existem provas contra os acusados, eles sairiam em liberdade se não fosse pela intervenção do governamental.

Com eles foram encontradas armas, entorpecentes ou material para elaborar algum tipo de droga?

O governo e toda a imprensa burguesa reconhecem que não. O governo os acusa de “recrutar gente” e “doutrinar”, mas no lugar onde foram presos só foram encontrados livros de matemática e física elementar, pois os detidos sobreviviam dando aulas de nivelamento a universitários. Mesmo assim, o governo apresenta à imprensa burguesa esse material como “evidência”.

Então, qual foi seu verdadeiro delito?

O delito foi dizer a verdade. Pois, os detidos, como membros da equipe de investigadores do CEP, constantemente vinham denunciando o caráter antidemocrático e antipopular do governo e em um dos mais recentes artigos que publicaram desvendam a corrupção na polícia boliviana*. Esse foi o delito, dizer o que todos na Bolívia já sabemos e constatamos cotidianamente.

É evidente que o governo fascista e vendepátria de Evo Morales agora busca qualquer pretexto para calar a voz do povo, como faz como os indígenas do TIPNIS que se opõem a abertura de uma estrada que só beneficiará ao narcotráfico, aos latifundiários e às transnacionais que saqueiam os recursos naturais; assim como também reprime os que denunciam o embuste de eleição de magistrados, pois, como o mais fiel agente do imperialismo, o governo reprime o protesto popular e a todos os setores democráticos que não comungam com sua política de servilismo.

Ademais, depois de sair desgastado do gazolinaço de dezembro de 2010, e depois de reprimir as justas lutas dos trabalhadores por incremento salarial deste ano, a imagem do “governo de mudança” de “defensor da pachamana” agora está no chão, pois o povo tem desmascarado sem reparos a demagogia folclorista de Evo Morales, porque o povo não se alimenta de discursos, porque o povo hoje se dá conta que Evo é o grande sócio do imperialismo, que Evo é o grande sócio do setor latifundiário e financeiro, aos quais trata com tanto respeito, pois os fatos falam, o povo não esquece a farsa de nacionalização de hidrocarbonetos e assembleia constituinte, tampouco que a repressão política nestes anos de suposta “revolução democrática cultural” já cobrou a vida de dezenas de seus filhos, nem que suas condições materiais de vida não mudaram em nada, e sim têm piorado. Em resumo, o povo já identificou seus verdadeiros inimigos: a grande burguesia, os latifundiários, o imperialismo e todos os seus lacaios, ratos revisionistas, supostos “revolucionários” de salão (miseráveis cujos nomes causam verdadeiro asco mencionar) que atualmente parasitam na burocracia do velho e apodrecido Estado boliviano e que estão encabeçados por Evo Morales.

Então, ante esse panorama, o fascista Evo Morales não pode fazer nada para “melhorar sua imagem”, o “grande revolucionário”, o “defensor dos direitos humanos”, “candidato ao prêmio Nobel da paz”, etc.. Vai entregar esses ativistas às mãos do genocida capitão Carlos*? Sem dúvida alguma que não lhe importa pisotear os mais elementares direitos dessas pessoas. Para conter o crescente protesto popular, vão mandar prender as 10 milhões de vozes rebeldes de bolivianos que vivem em situação de miséria, exploração e que já se não tragam com o canto do “processo de mudança”? Pois que saibam os ratos de toda laia que o povo e sua vanguarda estão de pé, e não vão poder deter a luta popular revolucionária de nenhuma maneira, pois o desmoronamento dos miseráveis que têm traficado com a luta dos operários e camponeses na Bolívia é inevitável.

Liberdade para os ativistas detidos injustamente!

*Refere-se a Ollanta Umala, novo “presidente” do Peru, tido como nacionalista e de “esquerda” pelos oportunistas e o monopólio da imprensa. Umala era oficial do exército peruano, conhecido como “capitão Carlos”, comandou atrocidades e torturou camponeses na selva peruana.

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