sábado, 16 de julho de 2011

Comerciantes de shopping popular enfrentam a GCM no Centro de São Paulo


 Na manhã de hoje (30), agentes da Guarda Civil Metropolitana foram até o shopping popular Mundo Oriental, na rua 25 de Março, Centro de São Paulo, para reprimir os trabalhadores. Muitos deles tiveram sua mercadoria roubada e seus estabelecimentos destruídos pela GCM. Segundo comerciantes, nas últimas semanas, as operações da guarda têm acontecido diariamente e os agentes sempre são violentos.
Cheguei para trabalhar e a GCM já estava na porta. Tive medo de entrar em minha loja por causa do bebê. Eles, quando chegam aqui, não querer saber se tem idoso, criança ou mulher grávida. Chegam batendo, jogando bomba — disse a comerciante Paula dos Santos, de 37 anos, grávida de 6 meses.
Anteontem [terça-feira] vieram para fechar duas lojas e fecharam tudo. Ontem aconteceu de novo. Eles têm que vistoriar quem está errado. Não é justo fechar tudo por causa deles — disse o comerciante Elon Gonçalves, representante dos vendedores do Shopping Mundo Oriental.
Revoltados, cerca de 400 comerciantes bloquearam a rua Rua Barão de Duprat e a Avenida Senador Queirós com caixas de papelão e latas de lixo em chamas. A Guarda Civil Metropolitana chegou ao local atirando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. O protesto era contra a restrição da entrada dos lojistas no shopping determinada pelo Gabinete de Segurança e pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana. Com isso, centenas de trabalhadores ficaram sem poder trabalhar. Não há notícias de presos ou feridos na manifestação.

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