quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Noite de lançamento do novo livro de Rosana Bond no RJ

Leitores compareceram ontem (22/9) à primeira noite do lançamento do livro de Rosana Bond

História do Caminho de Peabiru:

Descobertas e segredos da rota indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico



Hoje, 23 de setembro, o lançamento ocorrerá na Livraria Garamond - IFCS. Largo de São Francisco, 1, Centro - RJ, às 18 horas.


Informações através do fone (21) 2256 - 6303


Confira abaixo as fotos da primeira noite de lançamento na sede da Associação Brasileira de Imprensa - ABI.


A autora apresenta o Caminho de Peabiru na sede da ABI (22/9) Foto: AND



Rosana Bond é aplaudida pelo público após a apresentação de seu livro Foto: AND



Após o lançamento, a autora autografa os exemplares adquiridos pelos presentes Foto: AND

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lançamento do novo livro de Rosana Bond no Rio de Janeiro

A Editora Aimberê orgulhosamente o convida para o lançamento do mais novo livro de Rosana Bond:

História do Caminho de Peabiru:

Descobertas e segredos da rota indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico


O livro é o resultado de quatorze anos de pesquisas e oferece uma abordagem indígena, com informações inéditas da memória ancestral do povo Guarani.

O caminho milenar de Peabirú possuía cerca de quatro mil quilômetros e ligava o oceano Atlântico ao Pacífico.

Era uma rede de vias que, ao chegar na Bolívia, encontrava-se com as sofisticadas estradas incas e pré-incas.

É um evento imperdível para aqueles interessados na história dos povos originários do nosso continente.

Na ocasião, o leitor terá a oportunidade de adquirir a obra autografada pela autora.




História do Caminho de Peabirú, um livro de Rosana Bond


Lançamento


ABI - 7º andar

Rua Araújo Porto Alegre, 71 - Centro - RJ

22 de setembro às 18 hs

Livraria Garamond - IFCS

Largo de São Francisco, 1 - Centro

23 de setembro às 18 hs


Informações através do fone (21) 2256 - 6303


Apoio


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Editorial 57 - A 'crise do senado' e a crise do Estado

O processo de apodrecimento do velho Estado semifeudal e semicolonial brasileiro segue se aprofundando e se revelando nos inúmeros episódios de crimes contra o povo, entreguismo descarado e escândalos sucessivos de corrupção, que definitivamente escancaram para as massas a natureza anti-povo deste Estado reacionário e das sucessivas gerências de turno.

A chamada crise do Senado, nesse contexto, nada mais é que a ponta do iceberg – visível apenas pelas paspalhices dos dignos senadores – da renhida luta entre as frações da grande burguesia e do latifúndio e seus grupos de poder pelos despojos e privilégios de classe permitidos pelo imperialismo. Mesmo assim são pugnas que não escondem seu aspecto de conluio, como no recente pacto para salvar Sarney e Virgílio.

A imagem de um PT controlado pelo seu grupo mais fisiológico e preso à gerência do Estado, colocando no bolso as patéticas e tímidas dissonâncias de um Mercadante ou um Suplicy é um selo estampado à testa do oportunismo, que definitivamente declara estar do lado do que há de mais atrasado na sociedade brasileira ao se aliar a Sarney, Calheiros, Collor e cia. Aliás, esse é o destino de todo oportunismo e é o que AND vem denunciando em cada edição.

Mas não é essa a essência da crise, como querem fazer crer alguns. Nos bastidores dessa crise dentro da crise se encontra a manutenção da entrega das riquezas e da força-de-trabalho nativas ao imperialismo mais rapace, como é o caso das reservas de petróleo no pré-sal, que têm dado ensejo a uma série de encenações patrioteiras da “oposição”, como se ela também não fosse formada no mais escolado entreguismo.

De olho nas eleições de 2010 e preparando uma sucessão que lhe permita voltar triunfalmente em 2014, numa espécie de “novo queremismo”, Luiz Inácio manobra como poucos e coagula latifundiários e a cúpula oportunista do MST, transnacionais e as centrais sindicais pelegas, a repressão mais brutal e o mais reles assistencialismo, a máquina de contra-propaganda estatal e falsificação de índices de popularidade, tudo isso somado às mais solenes garantias de que tudo: solo, subsolo e espaço aéreo pertence ao imperialismo e não deve ser reclamado pelo povo brasileiro.

Pura ilusão, porque todos os esforços do velho Estado, auxiliado pelos oportunistas na sua gerência, não serão capazes de conter as revoltas populares que se avolumam e elevam sua consciência, apontando para a destruição do velho Estado, que só lhe reserva miséria e repressão.

Editorial 57 - Cresce a revolta, levantes se multiplicam

Em 1º de setembro a população de Heliópolis, a maior favela de São Paulo, deu mostras de grande combatividade ao enfrentar a polícia e controlar o bairro por mais de seis horas, erguendo barricadas, incendiando veículos, encurralando grupos de policiais e atirando pedras, paus e rojões na tropa de choque, atingindo na cabeça o oficial que comandava a tropa. Os protestos começaram no dia anterior, quando mais uma filha do povo, Ana Cristina Macedo, de 17, assassinada por um guarda municipal de São Caetano do Sul (portanto, fora de sua área de atuação), quando voltava da escola. Ana Cristina era mão de uma criança de 1 ano e 8 meses. Contra mais esse crime cometido pelo Estado e seus agentes, a população se revoltou.

Claro, novamente o monopólio dos meios de comunicação e a polícia tratou tudo como se fosse coisa de traficantes e outros bandidos, vândalos ensandecidos e estimulados por benefícios materiais. Transferem para o povo a sua própria moral degenerada...

O levante em Heliópolis foi o 9º este ano em São Paulo e revela um grande crescimento dos protestos que acabam se desdobrando em combates ferozes contra as forças da repressão. Lembremos apenas os casos de Paraisópolis, em fevereiro, e da favela do Jaçanã, de Tiquatira e outros, todos motivados por assassinatos de pessoas do povo ou contra crimes cometidos por agentes do Estado contra a população.

A escalada fascista combinada das gerências federal, estadual e municipal segue se desenvolvendo e as matanças continuam sendo praticadas pelas forças repressivas oficiais e auxiliares do Estado. Muros, perseguições, achaques, caçada a trabalhadores informais... As massas dão sinais de exaustão com tamanha exploração, miséria e repressão e se preparam também para grandes levantes.

Assim também em outras localidades explode a revolta das massas, como a que demoliu a delegacia de Cururupu, no Maranhão, no fim de agosto, apedrejou os policiais e libertou todos os presos. A população se voltou contra o órgão do Estado motivada pelo assassinato de um comerciante da cidade, cujo assassino estava preso na delegacia. O preso foi retirado de helicóptero enquanto a delegacia era destruída. Mesmo nesses casos as massas percebem que o culpado pela insegurança e pelos crimes bárbaros cometidos contra o povo, mesmo quando não são praticados por seus agentes, é o velho Estado.

A verdade é que as massas do Brasil todo estão fartas de tanta repressão e perseguição, do verdadeiro genocídio que está sendo perpetrado pelo Estado afundado na mais profunda crise de decomposição, quando os de cima não podem mais seguir governando como antes e ampliam a violência sobre o povo, principalmente o povo em luta por seus direitos.

E é justamente luta entre as frações das classes dominantes que possibilita a aparição de cada vez mais lutas do povo, abrindo brechas capazes de mostrar às massas a vulnerabilidade do velho Estado e que sua superioridade, hoje, é apenas relativa e que a tendência histórica é a vitória da revolução e a supressão do Estado fascista por outro de Nova Democracia.

Os sucessivos e ainda dispersos levantes denotam a infinita força das massas, que ainda carecem de uma direção revolucionária, capaz de dirigir seus golpes consequentemente contra seus inimigos de classe.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Revolta operária em Belém - PA - Combativa greve dos trabalhadores da construção

Os operários se rebelaram contra o arrocho salarial e se voltaram contra o patrimônio das grandes construtoras destruindo stands de venda de apartamentos de luxo.
Durante o protesto, forte aparato policial foi enviado pelos patrões para reprimir as manifestações, porém os grevistas não recuaram, enfrentando com combatividade os policiais.

O vídeo da globo (postado abaixo) narra os fatos, como era de se esperar, sob o ponto de vista dos grupos de construtoras, dizendo que os operários entraram em confronto com outros trabalhadores contrários à greve. Entretanto, o que é sabido já há muito tempo, é que os canteiros de obras, principalmente nos momentos de greves e mobilizações, são tomados de bate-paus das construtoras, policiais à paisana e todo tipo de provocadores. Esses dessa vez, foram varridos pela revolta operária, que ganhou repercussão nos telejornais do último 2 de setembro.




quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nova revolta popular em Heliópolis

Patrick Granja

Na noite de segunda-feira, 31 de agosto, agentes da Guarda Civil Metropolitana de São Caetano realizavam suposta perseguição a bandidos nos arredores da favela de Heliópolis, quando balearam no pescoço a adolescente Ana Cristina de Macedo, de 17 anos, que morreu na hora.

O episódio despertou a revolta dos moradores que organizaram um grande protesto exigindo justiça para os assassinos de Ana Cristina.

No dia seguinte, os moradores de Heliópolis compareceram em peso a um novo protesto na Avenida Almirante Delamare. Os manifestantes não se intimidaram com a chegada da PM que foi recebida com uma chuva de paus, pedras e coquetéis molotov.

Ao final do protesto, cerca de nove veículos, entre ônibus e carros, foram incendiados pela massa, um policial ficou ferido e 21 moradores acabaram presos. A palavra justiça foi escrita no chão pelos manifestantes ao lado de um ônibus incendiado. Ana Cristina tinha um filho de dois anos e voltava da escola quando foi assassinada.

Segundo nota publicada pela secretaria de segurança da prefeitura de São Caetano, os policiais assassinos ‘não tiveram culpa’, mas segundo testemunhas, o assassinato foi conseqüência de mais uma distribuição de tiros a esmo promovida pela PM, seguindo o protocolo do Estado e impondo o terror aos bairros pobres de São Paulo e de todo Brasil.

O GCM [guarda-civil municipal] começou a atirar. Foram cinco ou seis disparos. Ele veio em minha direção, perguntou o nome da rua, puxou o rádio, depois desceu nervoso, tremendo, com arma da mão, sabendo que tinha matado a menina — afirmou uma testemunha ao portal G1.

Em apenas três meses, esse é o quinto caso de violência policial em São Paulo incluindo a execução de moradores. Em todos os episódios houve protestos combativos como em Heliópolis essa semana.

Eu quero pedir justiça. Minha sobrinha é uma vítima, mãe de uma criança e era uma estudante — falou Maria Gorete Macedo, tia de Ana Cristina.

As greves de 1979 e o movimento sindical em debate no RJ

O Cebraspo (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos) realizou um debate, no auditório do SINDIPETRO-RJ, dia 01/9, com o tema 1979: o ano das greves – Significado histórico e a atualidade do movimento sindical no Brasil, tema abordado em AND n° 56.
O evento teve como debatedores Gerson Guedes Lima, dirigente da Liga, Fabíola Mônica do SINDIPETRO-RJ e Eilton Fonseca do GLP – Grupo de Luta dos Petroleiros.
Foram debatidos o histórico do movimento sindical brasileiro nesses últimos 30 anos, bem como as batalhas operárias de 1979 que abalaram o país tomando como foco as mobilizações do ABC paulista e as combativas greves da região industrial de Contagem, Betim e Belo Horizonte - MG, além de um balanço do atual quadro do sindicalismo no país.
Entre os presentes, militantes do movimento sindical e operário dos anos de 1979 e de hoje deram seus depoimentos e denúncias sobre os ataques desferidos pelo governo e oportunistas contra os trabalhadores e o papel nefasto das centrais governistas (CUT e Força Sindical).
De acordo com Gerson Guedes Lima, esse foi um de uma série de debates que a Liga Operária pretende promover no seio do movimento sindical classista e operário, visando “aprofundar o balanço histórico que marcou a cisão entre o sindicalismo de Estado e o sindicalismo classista, avançando assim para a elevação da consciência, politização e mobilização dos trabalhadores para resistir e lutar”.

Clique no link para acessar a matéria 1979: o ano das greves – Significado histórico e a atualidade do movimento sindical no Brasil publicada em AND n° 56.


*Foto: Combativa manifestação durante a "Rebelião dos Pedreiros". Greve dos operários da construção em Belo Horizonte, 1979. [Arquivo STIC-BH]