segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estudantes rebelam-se contra o aumento da tarifa e pulam as catracas!

Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo


[nggallery id=15]   Nas últimas semanas de janeiro mais de 20 estudantes universitários e secundaristas , organizados de forma independente, começaram a pular as catracas dos ônibus em protesto contra o aumento da tarifa do transporte público de Porto Velho. Pularam a catraca de cerca de 50 ônibus num ato de repudio ao aumento da tarifa de ônibus de R$2,30 para R$2,60, realizado pelo prefeito Roberto Sobrinho (PT) e empresários, que segundo eles, passa a ser a segunda tarifa mais cara entre as capitais do país.

Os estudantes entravam nos ônibus, pulavam as catracas, distribuíam panfletos e pediam a atenção das pessoas presentes nos coletivos para denunciarem a situação do transporte público da cidade e chamar a população para a luta. Denunciavam a superlotação dos ônibus, a frota sem acessibilidade e sucateada, os atrasos constantes e as promessas que nunca foram cumpridas pelos empresários e prefeitura, referentes ao terminal de integração, renovação da frota e instalação de aparelhos de ar-condicionado.

Enquanto os salários dos parlamentares aumentam em 61,7% , o salário mínimo aumenta em míseros R$30,00. No transporte público é a mesma coisa, o empresário , em conluio com o prefeito Roberto Sobrinho (PT), aumenta seu lucro cada vez mais e o trabalhador recebe cada vez menos para sobreviver, isso é um absurdo, não podemos aceitar”, denunciam. A ação foi bem vista pelos usuários do transporte coletivo, que apoiaram, aplaudiram e até mesmo pularam a catraca junto com os estudantes, reconhecendo que apenas através de ações ousadas e rebeldes se pode alcançar o que se deseja.

Os estudantes que compõem o Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo – CLDP com o movimento PORRADA NO BUSÃO buscam melhorias na qualidade do serviço de transporte coletivo de Porto Velho, inclusive a redução imediata da tarifa, e principalmente o passe livre para estudantes e desempregados. O movimento diz que vai continuar pulando a catraca dos ônibus e promete fazer uma grande manifestação para o Dia 17 de fevereiro no centro da cidade de Porto Velho. Convocam desde já, todos os estudantes, operários, vendedores ambulantes e trabalhadores em geral para pular a catraca e construir a manifestação.

TRANSPORTE DE QUALIDADE JÁ!

R$2,60 NÃO ! PORRADA NO BUSÃO!

REBELAR-SE É JUSTO!

CLDP - Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo

comandodelutasdopovo.blogspot.com

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prefeituta prepara novo ataque às famílias que ocupam terrenos em Nova Sepetiba, RJ

Patrick Granja




Nesse momento, a tropa de choque da PM, juntamente com policiais do 27° BPM está indo em direção ao bairro Nova Sepetiba, onde alguns terrenos estão ocupados por milhares de famílias. O objetivo da PM é usar a força para retirá-las do local, já que as ameaças feitas pelo velho Estado não foram suficientes para intimidar os moradores da ocupação. É necessária a presença de todos os movimentos que lutam pelos direitos do povo, advogados, veículos de comunicação comprometidos com a defesa dos direitos do povo e intelectuais progressistas para evitar mais esse ataque das tropas do Estado fascista contra esses trabalhadores, principais vítimas da inexistência de uma política de habitação que garanta ao povo o direito de morar.





Mais informações com Marcelo (Pres. da Associação de Moradores da Serra do Sol) 93891243 (ID# 112*4230), ou Santos (Pres. da Associação de Moradores da Nova Sepetiba) 78816168.

Palestinos protestam contra conciliação

Rafael Gomes




Milhares de palestinos realizaram um protesto nesta quarta-feira, 26, na Faixa de Gaza e no campo de refugiados de Khan Yunis, contra o presidente da conciliadora Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

O motivo do protesto foi uma reportagem exibida pela emissora de televisão Al-Jazeera, do Catar, mostrando documentos diplomáticos do USA vazados na internet, divulgados pelo site WikiLeaks, sobre as negociações entre os árabes e os israelenses. Nos documentos, Mahmoud Abbas demonstra estar disposto a fazer generosas concessões ao Estado sionista Israel e dar informações sobre o destino de milhões de palestinos refugiados.

O Hamas, organização que lidera a resistência palestina, acusou Abbas de vender os direitos dos palestinos. Durante as manifestações, foram exibidas fotografias de Abbas e de negociadores palestinos da “Autoridade”, ao lado de bandeiras de Israel. Enfurecida, a população gritava "vão para casa, traidores!".

Dois dias antes, 24/1, um grupo de manifestantes palestinos invadiram um escritório da emissora Al-Jazeera, na cidade de Ramala, na Cisjordânia. O “negociador-chefe” palestino, Saeb Erekat, disse que teme ser executado pelo vazamento de documentos secretos que dizem respeito às conciliações com Israel.

Mais um crime sionista

Sionistas residentes da colônia israelense de Yitzhar, Norte da Cisjordânia ocupada, dispararam e mataram nesta quinta-feira, 27 de janeiro, um palestino de 19 anos. O jovem foi transferido para um hospital de Nablus, onde os médicos certificaram sua morte.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Protesto de rodoviários em Porto Alegre

Por volta das 4h às 9h desta quarta-feira, 26 de janeiro, cerca de 300 funcionários da Viação Alto Petrópolis (VAP), motoristas e cobradores, paralisaram os serviços e se reuniram em frente à sede da empresa, no bairro Santana, em Porto Alegre, bloqueando os portões da garagem.

A categoria negou o reajuste de 7,5% mais R$ 1,00 no vale alimentação oferecido pelas empresas de transporte rodoviário da capital gaúcha, e exige aumento de 10%. Os trabalhadores ainda exigem o fim do banco de horas, um reajuste decente do vale alimentação e a criação de um prêmio motivacional para os funcionários. Caso não forem atendidos, ameaçam entrar em greve no dia 1° de fevereiro.

Como em todo o país, a profissão de rodoviário é uma das mais estressantes e pesadas, e a categoria é uma das que mais sofre com a exploração patronal.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Dia de ira" no Egito

Centenas de egípcios foram às ruas da capital Cairo, nesta terça-feira, 25/1, em manifestação contra o governo de Hosni Mubarak. O protesto, inspirado nas rebeliões populares que ocorrem na Tunísia, foi apelidado pelos manifestantes de "Dia da Ira".

Nos confrontos, a polícia egípcia utilizou canhões d'água contra a população, que respondeu com pedras. O estado de alerta foi decretado em diversos pontos de Cairo e em outras áreas do Egito, para evitar que os protestos se propagassem. O Estado fascista do Egito, amedrontado com as rebeliões populares que acontecem nos países vizinhos, teme que as manifestações ganhem apoio popular e tomem maiores dimensões.

Os protestos que ocorreram hoje no Egito se somam aos massivos levantes que há semanas vêm ocorrendo na Tunísia e na Argélia, fazendo estremecer o Norte da África.

Tunísia: População desafia toque de recolher e protestos continuam




Rafael Gomes





Nesta segunda-feira, 24/1, milhares de manifestantes desafiaram o toque de recolher imposto pelo velho Estado tunisiano devido aos massivos e violentos protestos que se iniciaram no país há mais de um mês, quando a juventude iniciou combativos protestos contra os altos índices de desemprego e o aumento de produtos básicos. Desde então, as manifestações rapidamente obtiveram largo apoio popular e adquiriram uma conotação política [ver postagem do dia 13 de janeiro, Rebelião Popular na Tunísia].

Em desesperados pedidos de calma à população, a gerência fascista de Ben Ali se viu obrigada a ordenar o fechamento de escolas e universidades e escolas, e a mandar, cotidianamente, o exército às ruas para conter a fúria popular. Mais de 70 manifestantes já morreram em confrontos com a polícia.

Todas as medidas fascistas tomadas contra a população pelo regime não foram suficientes, e Ben Ali foi obrigado a deixar a Tunísia no dia 14 de janeiro, passando o controle do país para o exército e o comando interino do governo para o primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi.

Na segunda-feira da semana passada, 17 de janeiro, o comando interino tunisiano convocou a formação de um governo para funcionar durante o período transitório até as próximas eleições, convocadas para dentro de seis meses.

Na noite de ontem, a população se manteve concentrada diante do Palácio de Governo, na capital Tunís, exigindo a saída de todos os ministros do regime anterior que permanecem no atual Executivo de transição.

Alagoas: Polícia fascista tenta matar camponês


Retirado do blog Boca de Caêra


http://bocadecaera1.blogspot.com/



[nggallery id=14]    Na tarde desta segunda-feira, 24 de janeiro, após uma ação de despejo truculenta comandada pela Polícia Militar alagoana, com tropa de choque e cavalaria, no Assentamento Cavaleiros, na cidade de Murici – AL, um policial do BOPE realizou 3 disparos de pistola em direção a massa, e um deles atingiu o camponês José Vicente Pereira, que foi atendo no Hospital Dagoberto Omena, na cidade de Murici.

O assentamento Cavaleiros é uma área que a cerca de 10 anos é povoada por camponeses integrantes do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade – MTL. Depois de todos estes anos, o Estado criminoso de Alagoas vêm tomar o que já é legitimamente do povo.

Este é o “ O caminho do bem”, cacarejado pelo governador Teotônio Vilela, este é o sistema que obriga o povo a votar e acreditar que vivemos uma democracia, é democracia para os ricos e repressão para os pobres. As massas do campo e da cidade precisam unir forças para combater esta opressão contra os trabalhadores em nosso estado.

Goiás: Manifestantes bloqueiam rodovia e enfrentam a polícia


Rafael Gomes


[nggallery id=12]    Na manhã desta segunda-feira, 24/1, cerca de 2 mil moradores da cidade de Santo Antônio do Descoberto, no interior de Goiás, entraram em confronto com a tropa de choque da polícia, bloqueando uma rodovia que liga o município ao Distrito Federal, contra a péssima qualidade e o preço do transporte público na região. Durante a manifestação, que começou por volta das 5h30, a população ateou fogo num ônibus, apedrejou a prefeitura e outros prédios públicos da cidade, ergueu e ateou fogo em barricadas na rodovia, e respondeu com paus e pedras as bombas de efeito moral e as balas de borracha da PM. O comércio foi fechado e muitas pessoas não saíram de casa para trabalhar.

Além da precariedade dos transportes públicos, os moradores também protestavam contra as vias esburacadas da cidade e a péssima qualidade dos serviços públicos oferecidos a população de Santo Antônio do Descoberto.

Tamanha a truculência da Polícia Militar, que um cinegrafista registrou o momento em que um soldado da tropa de choque agrediu um deficiente físico com um soco no rosto. Ao ser questionado pela covardia, o policial tentou se esconder. Outro morador que pedia calma para a polícia foi atingido a queima roupa por uma bala de borracha. Oito pessoas foram detidas e cinco foram levadas para o hospital.

Paes, Cabral e UNE dividem o palco em Bienal


Nota de Gustavo Almeida, militante do Movimento Estudantil Popular Revolucionário,


enviada por e-mail a redação de AND




O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral estiveram presentes na abertura na 7° Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) realizada no dia 18 de Janeiro, na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Não era de se esperar nada diferente.

A UNE, entidade governista que há mais de década não promove qualquer debate político e mobilização em prol dos direitos dos estudantes brasileiros, até porque esse não é o seu propósito, não apresentou nada de novo convidando reacionários para participar de sua Bienal. Desde a eleição do operário-padrão do imperialismo Luiz Inácio, a UNE, que já cumpria seu papel de camisa de força no movimento estudantil, passou a ser porta-bandeira das políticas antipovo contra os estudantes e a educação. Nada melhor para eles convidar aliados do gerenciamento oportunista, reacionários de plantão, para participar de sua Bienal.

Eduardo Paes, o prefeito das covardes remoções arbitrárias de favelas e do “choque de ordem” que impõe terror a milhares de trabalhadores informais cariocas, e Sérgio Cabral, o governador mandante da política de extermínio levada a cabo contra a população pobre do estado do Rio.

Moradores de Campinas resistem a reintegração e enfrentam a repressão policial

Com informações do blog Protesto Popular


http://protestopopularsp.blogspot.com/


[nggallery id=11] Cerca de 500 famílias moradoras do bairro Parque Shangai em Campinas (SP) receberam a notícia de reintegração de posse de suas casas, compradas por uma empresa de habitação que faliu (Haspa Habitação) há 7 anos, e os moradores estão sendo obrigados a pagar novamente um preço abusivo ou teriam que entregar o imóvel. Mas esse golpe não passou batido, houve muita resistência e fortes protestos que desde 15 dezembro do ano passado os moradores vem se organizando em brigadas, peitando a Polícia Militar e impedindo a entrada dos oficiais de justiça, sendo também reprimidos pelos PMs de forma truculenta jogando sobre as famílias bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha.
O histórico de luta desses moradores começa ainda nos anos 80 em que houveram muitas tentativas de retirada dos moradores inadimplentes.
A prefeitura se coloca a favor da retirada dos moradores alegando que podem aderir a um programa de casa popular do governo federal, o que é uma farsa que já conhecemos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Greve de garis em Porto Alegre

Cerca de 150 funcionários da empresa terceirizada Sustentare, responsável pela coleta de lixo em Porto Alegre, entraram em greve na manhã desta sexta-feira, 21/1, contra a carga horária excessiva, os descontos no contracheque, da precariedade do plano de saúde e da péssima conservação da frota de caminhões de lixo: dos 42 veículos, 1/3 está danificado e não pode nem sair da garagem.

A categoria paralisou a saída de caminhões na sede da empresa na zona Norte de Porto Alegre por cerca de três horas, exigindo seus direitos. A profissão de gari é uma das mais pesadas e as condições oferecidas pelas empresas aos trabalhadores, não só no Rio Grande do Sul como em todo o país, não são suficientes para manterem a saúde preservada.

SP: Milhares de pessoas nas ruas contra aumento criminoso das passagens de ônibus

Rafael Gomes




Cerca de 4 mil manifestantes foram às ruas da capital paulista, nesta quinta-feira, 20 de janeiro, em protesto ao aumento da tarifa dos ônibus municipais, que a partir do dia 5 passou a custar R$ 3,00, a tarifa mais cara do país.

Após a truculência da PM na manifestação do dia 13/1 (confira o vídeo do cartunista Latuff postado neste blog), o Movimento Passe Livre - MPL de São Paulo organizou essa nova manifestação na Av. Paulista, que contou com a participação massiva de estudantes e trabalhadores.

A passeata teve concentração próxima a rua da Consolação, na Praça do Ciclista, às 18h, e percorreu toda a Av. Paulista tendo término na Praça Oswaldo Cruz. Esse foi um dos maiores protestos contra o aumento das tarifas realizados nos últimos anos. Uma nova manifestação foi convocada para o dia 27, quinta-feira.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pentecoste, CE: Remoção de acampamento em luta por moradia.

Com informações do Blog Danúsio Almeida


http://professordanusioalmeida.blogspot.com/





Ontem, dia 19 de janeiro, um acampamento localizado entre o campo de aviação e a comunidade de Santa Inês, no município de Pentecoste, no Ceará, foi atacado pela prefeitura e a Polícia Militar de forma truculenta e ilegal.

Os acampados lutavam para construir suas casas e dar uma vida mais digna a suas famílias quando foram surpreendidos pela PM do Ceará e pelo trator da Prefeitura que derrubou as seis casa que estavam sendo construídas, sem nem ao menos apresentar um documento oficial que ordenasse a reintegração de posse. Agrava ainda a situação o fato de o prefeito, segundo depoimento da líder da tomada de terra Márcia, ter dado uma parte do terreno para os ocupantes e depois ter enviado a polícia e o trator.

Tais fatos só ilustram o profundo descaso com que nosso povo é tratado e a política do Estado Brasileiro de tratar pobre como criminoso.

Veja também uma postagem sobre a acçaõ policial em Pentecoste no "Blog do Júnior"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Blog do Comitê de apoio ao AND - Rio de Janeiro

Comitê de apoio ao jornal A Nova Democracia – Rio de Janeiro




Os apoiadores do jornal A Nova Democracia do Rio de Janeiro tomaram a iniciativa de criar um blog para divulgar todas as atividades de divulgação da imprensa popular na capital fluminense e região metropolitana.

O Comitê de apoio ao AND é um grupo de militantes da imprensa popular que se dedica ao trabalho de levar as ideias do A Nova Democracia às amplas massas de operários, estudantes, camelôs e trabalhadores em geral. Somos mais um grupo voltado a esse importante trabalho e nos somamos aos mais de 20 comitês de apoio que hoje o jornal tem de norte a sul do país.

No blog serão divulgados os calendários das atividades e fotos das brigadas de divulgação e venda do jornal em praças públicas, nos trens da Central do Brasil, debates, rodas de leitura, etc.

O endereço do blog é http://comite-anovademocracia.blogspot.com

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

São Paulo: Estudantes enfrentam a polícia e exigem seus direitos

Rafael Gomes




Centenas de estudantes foram às ruas do Centro da capital paulista na última quinta-feira, 13/1, contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus, que desde o dia 5 passou de R$ 2,70 para R$ 3. Ao chegarem nas proximidades da Praça da República, os manifestantes foram atacados com balas de borracha e bombas de efeito moral pela PM paulista. Os estudantes denunciaram que a manifestação se desenvolvia pacificamente e não houve motivo para a covarde reação da Polícia Militar.

Segundo Lucas Monteiro, representante do Movimento Passe Livre (MPL), organização que está agitando a luta contra o aumento das tarifas e a denúncia contra a máfia dos transportes em São Paulo, "O movimento sabe que é uma luta longa e vamos continuar com as manifestações até a volta às aulas, até que mais estudantes venham para as ruas".

Após mais um ato de violência e covardia da polícia durante essa manifestação, cerca de 30 pessoas foram presas e encaminhadas ao 3º DP, na região central e cerca de 5 manifestantes ficaram feridos.

Confira o vídeo feito pelo cartunista  Latuff.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Rebelião popular na Tunísia

Rafael Gomes


[nggallery id=8]

Depois de vários dias de violentos confrontos entre manifestantes e as forças de repressão na Argélia, também na Tunísia, país localizado no Norte da África, a população vai às ruas contra a corrupção, o aumento abusivo de produtos básicos e o desemprego.

Na madrugada de quarta para quinta-feira, 13/1, ao menos oito manifestantes morreram em violentos confrontos com a polícia na capital Tunís. Três dias antes, no dia 10/1, no mais violento protesto dos que se arrastam há quase um mês, 14 manifestantes morreram. Nesse dia, os protestos começaram no funeral das vítimas da violência em manifestações ocorridas na véspera.

Também nas cidades suburbanas de Ettadhamen e Intikaka, a 15 quilômetros de Tunís, foram registados confrontos violentos. Apesar do toque de recolher decretado pelo governo de Zine Al Abidine, a população da Tunísia continua firme em sua luta e, em cada vez mais massivos levantes, enfrenta as forças policiais do Estado fascista tunisino.

Ao todo, durante o mês de protestos, 66 mortes já foram registradas. Os levantes contra o desemprego e a corrupção na Tunísia tiveram início depois que se espalhou a notícia de que o jovem Mohammed Bouazidi Samir teria se suicidado. Samir, que tinha diploma universitário, não encontrava trabalho e vendia legumes e frutas pelas ruas de Sidi Bouzaine, sem licença para tal. A polícia confiscou a mercadoria e, no dia 17/12, Samir ateou fogo a si próprio. No país, em um curtoperíodo de tempo, suicídios semelhantes já foram feitos por cinco jovens.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Famílias são violentamente expulsas de terreno em Nova Sepetiba


No último domingo, cerca de 700 famílias ocuparam um terreno baldio no Conjunto Habitacional Nova Sepetiba, no bairro de mesmo nome. Depois que vários barracos já haviam sido levantados, segundo moradores, policiais militares chegaram ao local e, sem qualquer respaldo legal, agrediram moradores, atiraram balas de borracha a esmo em mulheres e crianças e atearam fogo nos barracos com pessoas dentro. Uma moradora teria ficado ferida pelas chamas.



Ainda segundo moradores, o subprefeito de Santa Cruz, Edimar Teixeira, teria ido ao local e chamado os trabalhadores de “vagabundos” e “maconheiros” e que todos seriam tirados na marra do local. Durante a noite, PMs teriam passado de carro em frente a um forró que acontecia na favela e disparado tiros de munição real para o alto, assustando os clientes. Por sorte, ninguém se feriu. Moradores da Cohab denunciam que, após a ocupação do terreno pelas famílias de sem-tetos, a polícia está levando a cabo um regime de terror no local.



As famílias estão organizadas por um novo movimento popular que está surgindo na zona oeste da cidade, o Movimento Unidos Venceremos, que amanhã fará um protesto a partir das 14h, partindo da Cohab Nova Sepetiba em direção à antiga sede da subprefeitura de Santa Cruz, no Centro do bairro, onde o protesto irá continuar a partir das 15h. As famílias exigem uma alternativa habitacional e, na primeira noite após o violento despejo, vária pessoas, entre elas, mulheres, crianças e idosos, sem outra opção, dormiram ao relento às margens do terreno de onde foram expulsas.



Mais informações com Marcelo (Pres. da Associação de Moradores da Serra do Sol) 93891243 (ID# 112*4230), ou Santos (Pres. da Associação de Moradores da Nova Sepetiba) 78816168. Patrick (Jornal A Nova Democracia) - 96324723

sábado, 8 de janeiro de 2011

Juventude argelina toma as ruas contra o aumento de produtos básicos

Rafael Gomes


[nggallery id=7] A cidade de Argel, capital da Argélia, no Norte da África, amanheceu sob massivos protestos nesta quinta-feira (06/1), depois de uma noite de intensos enfrentamentos entre jovens e as forças policiais que deixou dezenas de manifestantes feridos em bairros proletários.

Os confrontos mais violentos ocorreram no bairro de Bab el-Oued, próximo ao centro da capital. No início da noite de ontem, centenas de jovens cercaram e invadiram uma delegacia para protestar contra a inflação e o aumento de preços de produtos básicos, como açúcar e óleo. Uma concessionária da Renault foi incendiada e uma dezena de automóveis foi destruída pelos jovens.

A polícia não conseguiu deter a fúria da juventude argelina. Os manifestantes enfrentaram, com pedras, barras de ferro e armas brancas, as tropas do Estado argelino que, na inútil tentativa de dispersar os manifestantes, usou bombas de efeito moral e balas de borracha.

Alguns manifestantes atiravam pedaços de ossos de animais contra os prédios do governo dizendo que era "porque o governo não deixou nada para nós, exceto os ossos".

Segundo a agência de notícias Associated Press, os tumultos em Argel começaram em solidariedade às vítimas da repressão desencadeada pela polícia em protestos semelhantes nas cidades de Oran e Esharaqa, também contra ao aumento abusivo dos preços do açúcar, leite e farinha de trigo.

Na província de Tibaza, 32 manifestantes foram presos após violentos protestos. Em Oran, a segunda maior cidade da Argélia, centenas de jovens também fecharam ruas e enfrentaram a repressão.

Tamanha a justa revolta da juventude, que as “autoridades” argelinas decretaram alerta máximo. Uma das ruas que ligam os bairros em Argel foi fechada. E, na manhã dessa quinta, a tropa de choque cercou o bairro de Bab el-Oued. Um helicóptero da polícia foi acionado para vasculhar a região.

Cai mais uma favela da zona oeste do Rio após meses de resistência



No dia 17 de dezembro, foi a vez da Favela da Restinga — também no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro — ser atacada pela prefeitura. A operação aconteceu um dia após o ataque à favela Vila Harmonia, que fica em frente à Restinga. A favela estava protegida por uma liminar perpetrada pelo Núcleo de Terras da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, mas a blindagem foi derrocada pela prefeitura no dia anterior, o que levou dezenas de PMs, policiais civis e guardas municipais à Restinga logo pela manhã.
Os agentes de repressão do Estado, como presenciou nossa equipe de reportagem, agiram com muita truculência agredindo e imobilizando os moradores que se negavam a sair das casas. Muitos sofreram agressões na frente da família. Uma mulher, indignada com a possível destruição de sua moradia, acorrentou-se a um pilar da casa e só resolveu sair depois de seguidas ameaças dos cães de guarda da prefeitura. A defensora pública Marília Farias foi arbitrariamente impedida de adentrar os locais de demolição e conversar com a senhora que passou horas amarrada a sua casa.
Segundo o morador Altair Montanha, de 47 anos, como mostra o vídeo abaixo, sua casa fora invadida pela manhã por PMs que arrombaram o portão da serralheria que fica abaixo de sua residência e o retiraram a força de casas, assim como sua família. Indignado o serralheiro disse à nossa equipe de reportagem ter vergonha de ser brasileiro.
Isso é pior que a ditadura — protestou o trabalhador

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tal como prevíamos

Há mais de um ano, AND antecipou qual seria a decisão de Luiz Inácio no caso da extradição ou concessão de asilo político do italiano Cesare Battisti, bem como as razões pelas quais ele optaria pela concessão do asilo.
Veja no editorial da edição 60 de AND, de dezembro de 2009. (Colocar este link http://www.anovademocracia.com.br/no-60/2565-editorial-a-qpolitica-externaq-de-um-gerente-de-turno-semostrador )

Mesmo diante da indigesta questão da extradição do italiano Cesare Battisti para a Itália, Luiz Inácio não perde a pose olímpica. Battisti, que foi condenado à prisão perpétua, acusado por quatro mortes na década de 1970, quando fazia parte da organização Proletários Armados pelo Comunismo, há muito tempo renegou a luta armada revolucionária e se encontra há quase um ano preso no Brasil. Ele aguarda na penitenciária da Papuda, em Brasília, um pronunciamento do gerente de turno sobre sua extradição para a Itália ou manutenção da concessão de asilo político. No Brasil, Battisti teria cometido o crime de falsidade ideológica, por ter usado documentos falsos quando da fuga da França para cá. Seu inquérito, no entanto, já está concluído há meses.
Interessante mesmo nesse candente tema de relações internacionais é o silêncio covarde dos ocupantes do Planalto frente à situação de outro estrangeiro preso no Brasil. Maurício Norambuena, que igualmente foi condenado a prisão perpétua no Chile por crimes políticos, inclusive um atentado contra Pinochet, e que foi condenado no Brasil pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2002, encontra-se ilegalmente encarcerado no draconiano Regime Disciplinar Diferenciado há quase 8 anos. O RDD é um regime de uma crueldade sádica de isolamento absurdo que sequer com o carcereiro pode haver comunicação do condenado e prevê o tempo de suplício por 360 dias, podendo se repetir por nova falta grave da mesma espécie até o limite de um sexto da pena aplicada. O que no caso de Norabuena seria de cinco anos.
O Estado chileno igualmente solicitou a extradição e o Supremo Tribunal Federal a autorizou, desde que Norambuena cumpra até 30 anos de prisão, que é o máximo previsto na legislação brasileira.
No caso Battisti, depois de dez meses de vai-vens no Supremo Tribunal Federal, novamente a bomba cai no colo do "executivo", cabendo a Luiz Inácio, em sua prerrogativa de presidente do país, decidir o destino do italiano. No seu incontido afã de poder pessoal, o personalista gerente de turno deve escolher entre cumprir as ordens do imperialismo — como faz em relação ao que é fundamental da economia e política do país — e a decisão pela manutenção da concessão do asilo. E será esta última sua posição. E a tomará não por questões humanitárias, de justiça ou qualquer convicção política progressista — se lixa para tudo isso —, mas exclusivamente pela conveniência de vender a imagem de estadista independente, de olho gordo no futuro.

Identificação, cidadania e controle

Enrique F. Chiappa
(AND 59, novembro de 2009)
Jornalistas noticiaram alegremente a sanção presidencial da lei que cria o RIC, documento que em uma única numeração engloba identidade, CPF, carteira de habilitação, título de eleitor, etc. Omitiram que legislações semelhantes foram barradas no USA, Canadá e Austrália. A constituição portuguesa veda expressamente no art. 35: "É proibida a atribuição de um número nacional único aos cidadãos".

Mais uma vez o monopólio dos meios de comunicação desinforma, monta matérias simplórias e se esforça em criar consenso. Evita uma análise séria. No simpósio Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina, ocorrido no mês de março na PUC de Curitiba, o professor Danilo Donela apresentou um estudo que sinaliza os perigos do novo sistema de identificação.

Anunciado basicamente como um novo modelo de cédula de identidade, que reuniria diversos atributos que lhe proporcionam maior segurança contra eventuais fraudes, o novo documento é apenas a parte mais visível. O que vem por trás é um gigantesco banco de dados acarretando riscos de acesso indevido, roubo de informações, alterações fraudulentas... Um dos argumentos mais fortes para a rejeição no USA foi a impossibilidade de garantir a segurança na inviolabilidade do sistema. A existência de vários cadastros significa menores possibilidades de que o indivíduo terá sua vida devassada na medida em que dificulta o cruzamento de tantas informações complexas. Esta é a principal razão pela qual a instituição de um certificado único foi rechaçada pelos países europeus.

Mesmo sem fraudes a vulnerabilidade do cidadão aumenta no Brasil, porque ao contrário de outros países, não existe legislação que penalize a priori a utilização de dados pessoais para finalidades diversas daquela para a qual foram coletados.

Em vários países as sociedades não aceitam a identificação datiloscópica porque para elas a tomada de impressões digitais implica na existência de algum motivo fundado para que a presunção de inocência seja questionada, e não em uma medida genérica e universal para todos os cidadãos. Acompanhando o novo documento, uma nova identificação datiloscópica digitalizada passará a fazer parte do poderoso sistema computadorizado AFIS, cadastro que atualmente se limita a infratores, e será estendido a todos os cidadãos documentados. Dados como cor, altura, peso, informações trabalhistas, previdenciárias, criminais e outras serão gravadas em um chip e circularão pelo sistema.

Na medida em que sistemas informatizados facilitam a obtenção de dados sobre uma determinada pessoa, esta pessoa torna-se mais suscetível a ser classificada apenas em função de seus dados. Seus dados podem, além disso, ser eventualmente desviados ou utilizados abusivamente, proporcionando desde prejuízos à sua identificação como o próprio "roubo de identidade". Eles podem estar eventualmente, errados, fazendo com que uma pessoa seja tratada de forma indevida.

Longe de proporcionar cidadania, o maior beneficio de qualquer banco de dados é para aquele que o controla e se utiliza dele.

A versão tupiniquim do novo "Grande Irmão" da novela de Orwell "1984", cria as condições para o aprofundamento de um Estado de vigilância e controle, e abre a possibilidade de que, no futuro, corporações monitorem aonde vamos, o que lemos, a nossa saúde etc., ajudando-os a planejar seus grandes negócios e ações repressivas.

Declaração do Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoista


Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoista)


Comunicado à imprensa


24 de dezembro de 2010


Servir ao povo não é conspirar!

Apoiar a luta do povo nunca pode ser sedição!!

Os caloteiros que acumulam fortunas de bilhões de rúpias são os autênticos conspiradores!!

Os gângsters que estão vendendo nosso país aos imperialistas são os autênticos traidores!!

Participar dos protestos organizados de 2 a 8 de janeiro de 2011 contra as sentenças do tribunal do governo fascista de Chhattisgarh que condenaram o ativista pro-direitos civis Dr. Binayak Sen, o dirigente maoísta Narayana Sanyal e o comerciante Piyush Guha a prisão perpétua, acusados de sedição, e o redator de imprensa Asit Sengupta a oito anos de cárcere!

Em 24 de dezembro o tribunal do distrito de Raipur condenou a prisão perpétua o ativista pro-direitos civis, Dr Binayak sem, o membro do Birô Político de nosso Partido, camarada Narayan Sanyal e o comerciante Piush Guha, aplicando do Código Penal indiano, a Lei Especial de Ordem Pública de Chhattisgrarh e a Lei para Prevenção de Atividades Ilegais (IPC, CSPCA e UAPA, respectivamente em suas siglas em inglês), implicando-lhes em causas falsas. As prisões perpétuas foram ditadas por B.P. Verna em aplicação das seções 124 do IPC (sedição) e 120B (conspiração). As condenações foram ditadas também pela aplicação de diversas seções da CSPCA e UAPA. O encarceramento de oito anos imposto a Asit Sengupta foi ditado no mesmo dia por O.P. Gupta. Ambos juízos são os últimos aportes ao enorme arsenal de medidas repressivas, antipopulares e fascistas das classes dominantes indianas.

Condenar a prisão perpétua o membro do Birô Político de nosso Partido, camarada Narayan Sanual, a Binayak Sen, médico que dedicou sua vida, como médico, a servir desinteressadamente ao povo pobre, além do proeminente ativista pró-direitos civis e vice-presidente da União Popular pelas Liberdades Civís (PUCL, sigla em inglês) e a Piyush Guha, comerciante de Kolkata, é o mais vergonhoso que podiam fazer estes governantes por muito que alardeiem que esta é a maior democracia do mundo. Opor-se às políticas repressivas do governo, aos fascistas Salwa Judum (paramilitares organizados pelas classes dominantes indianas), levantar a voz em defesa da revogação da sinistra CSPSA e apoiar as justas iniciativas do povo são “os delitos” cometidos pelo Dr. Binayak Sen em virtude dos quais foi castigado com a prisão perpétua. Quando foi detido em maio de 2007 e encarcerado durante dois anos, se organizaram imensos protestos e fizeram públicas duras condenações por parte de setores democráticos, a comunidade médica, ganhadores do Prêmio Nobel e muitas outras pessoas da Índia e do exterior. Pronunciar esta sentença, que passa por cima de tudo isto, só pode significar que os fascistas que governam carecem de escrúpulos ou de vergonha ao lançar uma ameaça a todos os setores democráticos, progressistas e patrióticos de nosso país. Se responder positivamente às demandas do povo, de maneira legal e democrática, se servir ao povo sinceramente e criticar as políticas antipopulares do governo é “sedição”, então alguém não pode imaginar que tipo de “democracia” se pratica neste país e quanto perigosa é para o povo.

A condenação a oito anos de cárcere ditada contra Asit Sengupta, redator da versão em hindi de “Um Mundo a Ganhar”, que é publicado em várias línguas de todo o mundo, que se consome no cárcere há três anos sob a falsa acusação de participação em atividades maoístas, não é mais que asfixiar a liberdade de imprensa. Recentemente, os bandidos Raman Singh, Primeiro Ministro de Chhattisgarh, Viswaranjan, Diretor Geral de Polícia, Longkumer, Inspetor Geral de Bastar, e Kalluri, Superintendente de Polícia de Dantewada, publicaram folhetos com o nome “Maa Danteswari Adivasi Swabhimani Manch” e declararam abertamente que matariam os jornalistas SRK Pllai, Anil Sharma e Yaswat Rai junto com os democratas Himanshu Kumar e Arundhati Roy, E tiveram o atrevimento de declarar que, de fato, é obra sua.

Este é o “Estado de direito” com que nos esmagam dia após dia nossos governantes!

O Camarada Narayan Sanyal, um veterano comunista de 73 anos, que começou sua vida revolucionária em 1968 e dedicou mais de quatro decênios de sua vida a libertação dos oprimidos, está enfermo, com vários problemas de saúde e se consome nos tenebrosos calabouços do governo fascista de Chhattisgarh já há cinco anos. O bando terrorista de Sonia-Manmohan-Chidambaran-Raman Sigh assassina dirigentes maoístas em falsos enfrentamentos e condena muitos deles a duríssimos castigos em aplicação de leis sinistras. Estão submetidos a tortura física e psicológica nas condições inumanas que imperam no cárcere.

Em julho de 2010, o militante de nosso Partido, camarada Malati Santi Priya e o operário Surenda Kosaria foram condenados a dez anos de cárcere, acusados de enviar cds de propaganda maoísta a membros da Assembleia Legislativa. A sentença se baseou nas declarações de testemunhas falsas. Amitabh Bagchi, membro do Birô Político de nosso Partido, e o camarada Kartik, membro do comitê estadual de Bengala Ocidental, encarcerados na prisão Ranchi, também foram condenados a prisão perpétua em um julgamento rápido em Panduranga Rddy, e outras três pessoas a uma pena de quatro anos de cárcere pelo caso Alipiri (atentado contra o ex-Primeiro Ministro Candrababu), baseando-se em declarações de falsas testemunhas. Muitos outros militantes revolucionários e gente do povo pobre estão sendo condenados a penas duríssimas, incluindo-se a pena de morte pelos tribunais reacionários a serviço das classes dominantes e exploradoras. Os camaradas Sushil Roy e Kobad Gandhi, veteranos dirigentes, padecem por diversos problemas de saúde e dos próprios derivados de sua idade, aos camaradas Shobha, Patitpavam Haldar, Pramod Mishra, Vijay, Asoutsh, Balaraj, Chitan, Biman, Bidhan, Chandi Sarkar, Balganesh e Jeetan Marandi de Abhen Jharkhand e a milhares de outros camaradas é negada a possibilidade de liberdade sob fiança ao implicar-lhes, uma atrás da outra, em acusações falsas os obrigando a consumir-se nos cárceres durante anos e anos. Em Bengala Ocidental, ao camarada Swapan Das, preso sob o amparo da UAPA, foi negada a assistência médica na prisão, convertendo-o no primeiro mártir desta lei draconiana.

O governo da Aliança Progressista Unida (UPA, sigla em inglês), decidiu vender nossos recursos naturais e humanos ao imperialismo como Vedanta e a burguesia compradora como Tata, Essar, Jindal, Mittal, etc., declarou que o PCI (maoísta) é a maior ameaça à segurança interna, por haver enveredado em um caminho de oferecer uma tenaz resistência a esta pilhagem ilimitada. Como parte deste processo de saque, o governo difunde uma propaganda repugnante e mal intencionada, graças a sua máquina propagandística. Desde agosto de 2009, em nome da Operação Caçada Verde, os governos da União e estaduais recorrem a ataques brutais contra o movimento revolucionário, em especial estão massacrando os adivasis ao lançar milhões de policiais e paramilitares em Chhattisgarh, Orisha, Bihar, Jharkland, Andra Pradesh, Bengala Ocidental e outros estados. Esta ofensiva é levada a cabo sob a direção e pleno apoio dos imperialistas, especialmente os imperialistas ianques. Os governantes exploradores empregam todos os meios a seu alcance para apresentar o nosso Partido (que luta com o nobre objetivo de estabelecer um governo popular das classes democráticas, baseando-se na unidade dos operários e camponeses, uma vez derrotados os imperialistas, a burguesia compradora burocrática e as classes feudais) como “terrorista” e “traidor”. Por que não se ficham sob a acusação de SEDIÇÃO os ministros, os dirigentes políticos e grandes burgueses e seus agentes da bolsa, os autênticos traidores que estão acumulando milhões de rúpias em fraudes e colocando-os em bancos suíços, a todos esses que sem a menor vergonha passeiam pelos cenários do poder? Por que não se chama de CONSPIRADORES a todos esses criminosos que perpetraram e fizeram possível a tragédia do escapamento de gaz de Bhopal? Como pode ser SEDIÇÃO lutar denodadamente pela libertação das massas trabalhadoras? Como se pode chamar de CONSPIRADORES aos democratas que alçaram sua voz e sua pena em apoio aos movimentos populares?

Estas sentenças são apenas uma parte da mais ampla conspiração das classes dirigentes para eliminar todo tipo de barreiras políticas econômicas neoliberais, antipopulares, antipatrióticas e imorais. É um sinal de alarme que indica que a repressão fascista se intensificará ainda mais no futuro próximo. Estes juízos são uma revelação para todos aqueles que creem e quem se engana inocentemente que existe todavia alguma aparência de democracia neste país. Ainda em suas declarações explícitas o bando governante afirma que o movimento maoísta é seu objetivo principal, o que está sucedendo na realidade é um violento ataque fascista às forças progressistas e democráticas que desejam o bem estar do povo e aspiram proteger os interesses do nosso país frente aos imperialistas. Nosso Partido chama o povo a levantar-se unido contra esta ofensiva, para derrotá-la em resoluta luta.

Os governos compradores recorrem à eliminação dos movimentos populares e das lutas de libertação nacional mediante o emprego de leis sinistras como a UAPA, a CSPCA, a Lei de Poderes Especiais das Forças Armadas (AFSPA – sigla em inglês) seguindo os passos do governo ianque que promulgou leis sinistras como a Lei de Segurança Nacional (Homeland Security Act – em inglês). O sistema legal reacionário que nunca tomou o desconforto de perseguir ou condenar aos terroristas de extrema direita que assassinaram muitos inocentes nos atentados à bomba da mesquita A Meca de Hyderabed, Malegaon e Ajmer Sarif ou a todos os escroques e gânsters políticos implicados em fraudes como o 2G Espectrum (pelo valor de 10,76 milhões de rúpias), os jogos da Commonwealth, a Sociedade Imobiliária Adarsh, as terras de Karnataka e dezenas e dezenas de fraudes mais, condena com veemência os revolucionários, os dirigentes populares, os democratas e militantes do movimento de libertação da Caxemira e do Nordeste.

O Comitê Central do PCI (Maoísta) faz um chamamento a todas as forças democráticas e patrióticas, aos militantes das lutas de libertação nacional e a todos os ativistas pró-direitos civis, organizações, estudantes, intelectuais, professores, escritores, artistas, doutores, advogados, amigos dos meios de imprensa, operários e camponeses para que saiam às ruas para condenar e opor-se a estas sentenças ditadas em virtude do sistema legal reacionário pelo conluio do governo da UPA, da União e do governo do Bharatiya Janata Party (Partido do Povo Indiano- BJP- sigla em inglês) de Chhattisgarh. Chamamos a todos a organizar protestos unidos e militantes exigindo a revogação imediata da UAPA, da CSPCA, da MOCCA e da AFSPA. Fazemos um chamamento a todas as organizações, coletivos e pessoas progressistas, democratas e revolucionários de distintos países para que condenem com dureza este ato criminal das classes dirigentes indianas e expressem seu veemente protesto através dos diversos meios democráticos de luta. No passado a comunidade internacional se alçou com toda sua poderosa solidariedade do lado dos movimentos populares indianos, condenou a detenção de Binayak Sen – e exigiu sua libertação imediata. Agora chegou o momento de desempenhar este papel com maior firmeza.

Nosso Partido chama o povo a protestar contra estas condenações e de norte a sul, de leste a oeste de todo o país durante a semana de 2 à 8 de janeiro, participando criativamente em diversas atividades de rechaço como entrevistas coletivas, declarações dharnas (sentadas em hindi), rasta rokos (bloqueios de rodovias em hindi), encontros, reuniões de protesto, passeatas, campanhas de recolhimento de assinaturas, vestindo roupas com insígnias negras, desfraldando bandeiras negras, queimando efígies etc. E tomar parte nas batalhas legais de condenação inequívoca das políticas antipopulares, traidoras e fascistas das classes dirigentes.

Nosso Partido faz um chamamento a todos os membros de nossas fileiras, às forças do EGPL e às organizações de massas revolucionárias para que adotem diversas formas de protestos nesta ocasião mediante mobilização de amplas massas.

Nosso Comitê Central deixa bem claro que não há um chamamento ao bandh (greve) como parte desta semana de protestos e solicita ao povo e aos meios que não caiam na propaganda deliberada da polícia que pretendia fazer passar estes protestos como um chamamento ao bandh.

(Abhay) porta-voz,

Comitê Central do PCI (Maoista).