quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ataques anônimos caluniam DCE da UNIR

Aos estudantes, professores e técnicos da Unir

O Diretório Central dos Estudantes (Gestão Dias de Luta) vem a público repudiar os ataques mentirosos e covardes que aparecem num panfleto apócrifo chamado “Alerta aos estudantes”, distribuído desde o dia 16 de outubro no Campus de Porto Velho.

Tentando esconder a verdade dos fatos o grupelho anônimo inicia assim suas tonitruantes linhas: “olha o que o DCE dias de luta tem feito por você acadêmico durante um ano de mandato:”, para logo em seguida atacar sem nenhuma prova dizendo que o “dinheiro das carteirinhas foi investido na LCP”. Desafiamos que provem tais acusações absurdas.

Reproduzindo as mesmas cantilenas que o governador Ivo Cassol, a polícia e os latifundiários do Estado usaram para atacar a Liga dos Camponeses Pobres na imprensa regional e nacional o “grupelho” recortou trechos de edições da reacionária revista Istoé, e jornais eletrônicos da policia para vomitar todo seu ódio de classe contra os camponeses pobres e sua justa luta por terra. O objetivo é atacar o apoio dos estudantes às lutas do povo e principalmente a luta dos camponeses de Rondônia.

A LCP hoje assume a primeira linha na luta contra o latifúndio em nosso país e por isso sofre ataques, perseguições, prisões e assassinatos constantes. Nós do DCE reafirmamos nosso apoio a toda e qualquer luta do povo pobre por seus direitos e seguiremos defendendo, apoiando e prestando toda solidariedade necessária aos camponeses pobres em luta.

O “grupelho anônimo” tenta com isso, esconder as verdadeiras realizações do DCE, que junto com os estudantes da Unir vanguardearam à luta contra o Reuni com as ocupações da reitoria, com greve e mobilizações, diversas atividades culturais e manifestações. Nunca na história da Unir o movimento estudantil pulsou com tanto vigor como neste último ano, basta ver o avanço da democracia como o grande número de pessoas que participam dos debates e das atividades como foi o caso da greve recente em que impedimos a aplicação do Reuni na Unir e que inclusive serviu de exemplo para a luta em outras universidades do país.

O “grupelho anônimo” morre de medo do confronto de idéias e do debate aberto, pois temem ser desmascarados. Temem mais ainda o fato dos estudantes estarem lutando organizados e avessos a direção oportunista da UNE. Estes senhores defendem a gerência oportunista (PT, PCdoB, PMDB) e suas reformas anti-povo e pro - imperialista como é o caso da Contra-Reforma Universitária, mas não tiveram coragem de assumir isso em seu panfleto, tamanho é o descrédito dos partidos eleitoreiros entre o povo.

São politiqueiros (e policiais) que sem nenhum trabalho com os estudantes, tentam emporcalhar o movimento estudantil com práticas imundas, como ataques sem fundamento, mentiras e enganações. Companheiras (os) é este monte de lixo que devemos varrer de nosso meio e enterrar bem fundo para que possa florescer com maior vigor o novo movimento estudantil!

Por último, quanto ao “alerta” do grupelho anônimo, que fiquem tranqüilos, pois os estudantes já foram despertados e estão rompendo os grilhões do oportunismo e trilhando o caminho da luta e não o da conciliação! Alertamos por último, que o DCE já acionou a justiça, para que estes covardes que distribuíram esta nota mentirosa e infundada possam ser processados judicialmente por calúnia e difamação.

Porto Velho, 20 de outubro de 2008

Diretório Central dos Estudantes – Gestão Dias de Luta

Vitória histórica no Espírito Santo: rumo a um sindicato comprometido com os interesses de classe dos trabalhadores

Madson Moura Batista


O texto intitulado A luta contra a administração petista e o oportunismo sindical publicado na edição de junho de 2008 de A Nova Democracia revelou toda a traição implementada pelo Partido dos Trabalhadores (no executivo e na direção do sindicato) e da CUT, contra o magistério de Vitória. No quarto parágrafo afirmamos “a greve serviu para desmascarar toda a pelegagem petista que, em Vitória, se encontra entranhada em todo o tecido social. Fato evidenciado na X Assembléia, onde aprovamos duas notas de repúdio ao PT e a CUT, bem como o impedimento de qualquer informe que atenda aos interesses desta entidade sindical traidora. Quem sabe um primeiro passo para a desfiliação do nosso sindicato desta pseudo-entidade”.


Aquilo que era uma projeção, obviamente, embasada materialmente (produto das interferências, da disciplina e da organização opositora), se efetivou dois meses depois, no XXI Congresso do Sindiupes (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Espírito Santo) e XI Congresso Estatutário, realizado em Vitória/ES, de 10 a 13 de setembro de 2008. O maior sindicato do Espírito Santo, com mais de vinte mil filiados e com mais de três mil e cem delegados presentes ao congresso, desfiliou-se da CUT, ratificando a tese A desfiliação da CUT: uma necessidade histórica dos trabalhadores brasileiros.


Além desta grande conquista, para terminar de implementar a maior derrota do PT/CUT no ES, os delegados também exoneraram da direção seis membros da ARTSIND/PT (o lado de maior putrefação neotucana petista) por atos fraudulentos, desobediência às decisões da assembléia e pelegagem.


Vale ressaltar, que o jornal A Nova Democracia foi muito bem recebido pelos delegados.

Agradeço o apoio e a cortesia dos exemplares. A publicação deste relato socializa este momento histórico, simbólico e fundamental para a classe trabalhadora do ES e do Brasil. E ainda serve de exemplo para que mais sindicatos se livrem desta entidade que visa, sobretudo, impedir o acirramento da luta de classes neste país.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

E por falar em crise

Em fevereiro deste ano A Nova Democracia já anunciava que a crise do imperialismo teria proporções gigantescas e que cedo ou tarde ela chegaria a todos os países do mundo, provocando recessão, desemprego, miséria, etc.

Veja abaixo num trecho do editorial da edição 40 de A Nova Democracia.

Editorial 40 - A real dimensão da crise

Estima-se que 20 trilhões de dólares (ou quase um terço do PIB mundial, de aproximadamente 66 trilhões, em 2006, segundo o FMI) serão torrados nessa crise do imperialismo. Dinheiro sem lastro, fictício e especulativo que só serve para arrancar às colônias e semicolônias o sangue de seus trabalhadores.

Os analistas burgueses, na tarefa de encobrir a realidade, insistem em atribuir às crises do capital causas externas. Para tal, chegam mesmo a utilizar escândalos financeiros, como o recente caso do banco francês Societé Générale, anunciado como operação fraudulenta de um executivo. Na verdade, são manobras contábeis utilizadas para encobrir a alta jogatina do sistema financeiro mundial e a crise que engendra. As causas dessas crises, porém, estão determinadas pelas contradições internas do capital, que, sendo insolúveis nos seus próprios marcos, só podem ser empurradas adiante.

De um momento para outro os "investimentos" se esfumam e o "crescimento" e o "desenvolvimento" cacarejado e alentado principalmente pelos oportunistas se revelam aos olhos das massas como uma grande fantasia.

De nada adianta os porta-vozes do capital financeiro no Brasil, repetidos por seus "comentaristas de economia" do monopólio dos meios de comunicação, dizerem todos os dias que "a crise da economia ianque não atingirá o Brasil, que tem fundamentos sólidos". Mais uma falácia para enganar as massas, que assistem diariamente aos noticiários revelando a queda das bolsas e o "nervosismo do mercado".

Sendo o maior importador do mundo, é evidente que uma crise no USA afetará as economias de todos os países que fazem comércio com a metrópole. E mais, sendo esta uma crise de todo sistema imperialista (países capitalistas desenvolvidos e colônias e semicolônias), é impossível imaginar que este ou aquele país dominado não será afetado por ela. As agências do sistema financeiro já se apressam em revisar os índices de "crescimento" dos grupos de países na tentativa de reorientar o fluxo de capitais e minimizar suas perdas.

O déficit na balança comercial ianque é tão gigantesco que não admira que os próprios financistas daquele país não tenham recursos para tirar seus bancos da tal crise das hipotecas — que é apenas a ponta do iceberg da crise do imperialismo. Os maiores bancos do USA e da Europa recebem socorro dos capitais de seus principais credores: Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes, Singapura, Coréia do Sul, China... capitais profundamente interessados em que o sistema financeiro imperialista não se desmorone, arrastando junto todas as frações das burguesias nativas serviçais do imperialismo nas semicolônias.

E o que disso tudo corresponde às massas?

As massas receberão, como sempre, os mais pesados fardos, as mais pioradas condições de existência, a miséria, a fome. Assim foi nas últimas crises e assim será enquanto o imperialismo reinar sobre os povos.

Acossadas e ameaçadas, as potências aumentarão o saque sobre as nações oprimidas, suas classes dominantes aprofundarão a exploração sobre os trabalhadores do campo e da cidade, para salvar o sistema e a si próprias. Inevitavelmente incrementarão ainda mais a repressão sobre as massas em vias de se rebelar nos quatro cantos do planeta e empurradas para a rebelião pela própria crise de superprodução relativa, quando abundam as mercadorias, enquanto milhões morrem de fome e, agora, até de sede.

Mas brilhantes são as perspectivas para as massas. Os planos imperialistas fracassam invariavelmente; derrotas são infligidas diariamente ao seu poderio militar pela heróica resistência iraquiana, que impede o domínio sobre importantes fontes de petróleo, vital para a sustentação do imperialismo atualmente. A mesma crise que esmaga os trabalhadores atiça e potencializa a resistência popular.