sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Índios Tekoá Marangatu interditam ponte que une o Brasil ao Parguai

O total descaso do Estado com o povo pobre recai duramente sobre as minorias nacionais. Ontem, dia 29 de outubro, os índios Tekoé Marangatu, do Paraná, protestaram contra a falta de atendimento médico, por melhoria nas condições de higiene, alimentação e educação. Exigiram ainda ajuda na reconstrução de moradias destruídas pelas últimas chuvas na região.
Ocuparam o posto da Receita Federal na aduana de Porto Sete Quedas, em Guaíra (PR), na manhã desta quinta-feira (29). Se formaram congestionamentos nos dois lados do Rio Paraguai.
(Foto: Divulgação/PF)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Menino de 16 anos morre baleado por PMs

Patrick Granja

Na manhã de ontem (27/10), policiais do batalhão de Operações Especiais da PM invadiram a favela Mandela III, no complexo de Manguinhos e, segundo denúncias dos moradores, balearam o jovem Rafael Rocha Ribeiro, de 16 anos. O rapaz havia saído de casa para comprar pão e deixar seu irmão mais novo na creche. Na volta para casa, foi surpreendido por tiros disparados de um terreno ao lado da Refinaria de Manguinhos, que fora ocupado por policiais do BOPE. Ainda segundo denúncias, os PMs atiravam do local para dentro da favela, indiscriminadamente, vindo a acertar Rafael, que chegou a ser levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas morreu ainda no caminho.
— Rafael era um bom menino. Cursava a 5ª série na Escola Municipal Oswaldo Cruz, na avenida dos Democráticos. Tinha levado o irmão na creche, passou na padaria e nesse meio tempo começou o tiroteio. Ele se abrigou em um beco e saiu quando os tiros pararam. Acho que a polícia deve ter visto ele saindo de um beco, com um saco de pão na mão, e o confundiram com bandido. Ele trabalhava desde os sete anos e este ano fazia curso preparatório. Seu sonho era ingressar na Marinha — conta o tio, Douglas Gomes da Rocha.
Horas depois, mais de cem moradores bloquearam a Avenida Leopoldo Bulhões para protestar e foram reprimidos por policiais militares. Blocos de concreto e entulho foram atirados na pista que ficou bloqueada por mais de uma hora.
Rafael foi mais uma vítima da nova onda de ataques da polícia de Cabral às favelas da cidade, inaugurada com o falso pretexto de reprimir a quadrilha que comandou a invasão ao morro dos Macacos, na qual um dos helicópteros da PM foi derrubado pelos traficantes. Desde então, trabalhadores em bairros pobres do Rio vivem o inferno nas mãos das fileiras corruptas e sanguinárias comandadas pelos gerenciamentos de turno (Leia reportagem completa em AND 59. Breve nas bancas).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Equatorianos vão às ruas em defesa da autonomia universitária


No dia 21 de outubro, em resposta a um projeto de lei que atenta contra a autonomia universitária, milhares de equatorianos foram às ruas de Quito e Guayaquil. Entre eles, estudantes professores e reitores de diversas Universidades. Gustavo Vega, presidente do Conselho Nacional de Educação Superior (Conesup), declara que a lei "menospreza, agride e vulnera a autonomia universitária e do sistema".
A manifestação só não foi maior porque o governo impediu a partida de vários ônibus que viriam de diferentes cidades. Os manifestantes desejavam ser recebidos pelo governo, mas este respondeu com repressão e mandou seus cães de guarda dispersarem a passeata

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nem a tortura cala os sapatos

Muntazer Al Zaidi, o jornalista iraquiano que jogou sapatos em Bush filho, no dia 14 de setembro de 2008, em sua última visita a Bagdá, foi preso e torturado pelo governo títere daquele país. Mas nada será capaz de apagar o ato de coragem daquela homem.

Jogar sapatos em outra pessoa é um ato de profundo desprezo na cultura árabe e islâmica. Jogou os sapatos gritando: “este é o seu beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro", "Isto é pelas viúvas e órfãos e todos os mortos no Iraque".

Na confusão que se sucedeu, a assessora da Casa Branca Dana Perino, que foi atingida por um microfone, declarou que "um homem atirando seus sapatos não representa o povo iraquiano como todo". Apesar de que no dia seguinte milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a libertação de Zaidi, em uma coisa a lambebotas de Bush tem razão. O povo iraquiano como um todo não está jogando sapatos nos ianques, mas balas e bombas, e se não o fizeram no gerente do império foi por mera falta de oportunidade. Mas, como ato simbólico, os sapatos até que cumpriram seu papel.

Após seu ato de bravura o jornalista ficou nove meses preso sendo barbaramente torturado pelos sabujos do governo títere. Libertado no dia 15 de setembro, Muntazer Al Zaidi pede o indiciamento de Bush por crimes de guerra.

Na segunda feira, 19 de outubro, O Estado de São Paulo publicou uma entrevista com Zaidi, que reproduzimos abaixo. Como não poderia deixar de ser, o veneno escorre pelos cantos da boca na chamada da entrevista: “Com um terno impecável e relógio de luxo, ele...”, como se isso fosse crime. E mais à frente “Mas sua viagem é permeada de mistérios. Ele não diz quem o financia, qual seu programa na Europa...”. Quanto às torturas que sofreu não há mistério nenhum quanto a quem financiou.

Segue a entrevista:



O senhor imaginava que sua ação contra Bush teria tal repercussão?

De jeito nenhum. Sabia que iria ser difundido pelo mundo. Mas não dessa forma. O que eu fiz não foi como jornalista, foi como cidadão iraquiano indignado por tudo o que vivemos. Estamos com invasores há sete anos. A guerra já somou um milhão de mortos, um milhão de viúvas e 5 milhões de órfãos. Eu não sou e nem quero ser visto como herói. Fiz como um grito de indignação.

O que ocorreu com o senhor após sua prisão naquela sala de imprensa?

Nos três dias seguintes a minha prisão sofri o pior que alguém possa imaginar. A tortura chegou a níveis sem explicação. Fui duramente atingido por barras de ferro, cabos elétricos e tive minha cabeça colocada em um balde de água. Não queriam nada. Não pediam nada. Só me torturavam. Perdi vários dentes, tenho problemas sérios nas costas e claro, tenho medo de que haja uma vingança contra minha família que ainda está no Iraque.

Quem o torturava?

A tortura era realizada por iraquianos mesmo. Mas sob ordens dos americanos. Eles não tinham pena nenhuma.

O que deve ser feito a partir de agora que Bush não está no poder?

Ele e todos os responsáveis pela guerra precisam ser julgados por crime de guerra. Além disso, precisa haver um mecanismo para indenizar o povo do Iraque pelo sofrimento e destruição. Na guerra entre Iraque e Kuwait, a ONU criou uma comissão de compensações para dar dinheiro de forma muito correta ao povo do Kuwait que sofreu com a invasão de Saddam Hussein. Agora, o mesmo deve ser criado para o Iraque. Sofremos abusos e violações graves de direitos humanos.

Mas essas violações não existiam sob o regime de Saddam Hussein?

Claro que sim. Não estou defendendo Saddam nem nada do estilo. O que ocorreu foi uma ditadura impressionante que matou muita gente. Mas o que não esperávamos é que os supostos libertadores cometeriam crimes também.

Qual sua opinião sobre Barack Obama?

Depois de ele tirar os soldados americanos do Iraque eu direi.

E sobre o Iraque?

O país está sem rumo. A guerra não gerou ganhadores. Só perdedores.

O senhor está lançando uma fundação. Para que servirá a entidade?

Meu objetivo é coletar recursos para ajudar os mais indefesos no Iraque. Esses são os órfãos, viuvas e deficientes. Parte do meu trabalho ainda será para garantir proteção aos jornalistas.

Após seu ato contra Bush, governos árabes deixaram claro que estavam dispostos a lhe recompensar. Quanto o senhor recebeu após aquela conferência?

De fato tive ofertas de muitos presentes. Mas não aceitei nenhum.

Onde está o sapato que o senhor atirou em Bush?

Tentei saber, mas o governo deve ter destruído. Minha idéia era de colocar a leilão e, com o dinheiro, ajudar famílias de vítimas.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gerdau fecha fábrica na Colômbia

Alguns meses depois de fechar as portas de uma de suas subsidiárias na Colômbia a transnacional Gerdau, atenta novamente contra o direito ao trabalho. No dia 1º de Outubro os operários da planta de Laminados Andinos – Diaco, situada em Duitama (Colômbia) foram surpreendidos pela decisão da Gerdau, de fechar a empresa devido a sua baixa rentabilidade, à qual não estão acostumados. Tudo isso sem se importar com os 63 operários que perderão seus empregos, sabe-se que a Gerdau desde o início de seus investimentos na empresa, reduziu de 280 a 63 o quadro de seus operários.
Imediatamente os operários decidiram ocupar a fábrica exigindo que ninguém fosse demitido e altas horas da noite, por intermédio de um secretário do ministério da previdência social da Colômbia, foi dito que não haveria demissão de trabalhadores. No entanto, a situação continua tensa e a empresa sob ameaça de ser fechada.
Não importa que a Colômbia precise do aço, e que tenha como produzi-lo, na era do imperialismo não importam nem os custos, a única coisa que realmente define os investimentos é sua lucratividade.

Lava-pés do capitalismo burocrático mostrando serviço



Não é apenas em abrir as portas das celas dos poderosos que Gilmar Mendes mostra sua eficiência. O faz também ao perseguir camponeses pobres. Solicitou ao Tribunal de Justiça do Pará e a Ana Júlia Carepa (PT), gerente do estado, informações sobre o efetivo da polícia militar. Tenta apurar o motivo da demora no cumprimento das ações de reintegração de posse.
Ou seja, quando se trata de atender as classes oprimidas, seja na justiça do trabalho, seja em casos de grilagem, uma questão pode levar anos, sem a interferência do STF, mas quando se trata de atender às demandas dos senhores latifundiários a cobrança de eficiência e rapidez é imprescindível.
Este fato demonstra ainda o quão empenhado está o Sr. Gilmar na solução da questão agrária em prol dos senhores semifeudais.

Derrubada de helicóptero é a senha para massacre de pobres

Morro dos Macacos – RJ

A queda espetacular de um helicóptero da polícia abatido a tiros enquanto sobrevoava o morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, despertou os brasileiros na manhã de sábado. Dois policiais morreram na explosão que se sucedeu à queda, no sábado, 17 de outubro, pela manhã. Além do Morro dos Macacos (em Vila Isabel), outras favelas foram invadidas e ocupadas pela Polícia. Na noite anterior – segundo informações oficiais – uma facção rival do Morro do São João teria invadido o Morro dos Macacos, numa disputa pelos pontos de venda de drogas.

Surpreendidos pelo tiroteio no morro, moradores atearam fogo a pneus e 2 ônibus num dos acessos à favela, segundo um delegado para chamar a atenção da polícia para que intervisse no conflito entre os traficantes. Em outros pontos da cidade mais 6 ônibus foram incendiados. A polícia atribui os incêndios a traficantes visando distrair e dividir as forças policiais.

Segundo informações policiais, 19 pessoas foram mortas no morro dos Macacos, mas não foi especificado quantos morreram na suposta invasão do morro por traficantes e quantos pela ação da polícia. Mas, como de praxe, todos foram chamados de bandidos. Oito feridos foram internados em hospitais da região.

Porém os familiares de três jovens mortos em um carro – o auxiliar administrativo Leonardo Fernandes Paulino, de 27 anos, o mecânico Marcelo da Costa Ferreira Gomes, de 26 anos, e o ajudante de pedreiro Francisco Ailton Vieira, de 25 anos – se revoltarem com as afirmações de que seriam bandidos e refutaram as acusações em seu funeral. O único sobrevivente entre os amigos, Francisco Halailtom Vieira, de 23 anos — irmão de Francisco Ailton — ainda está internado no CTI do Hospital do Andaraí.

Hoje é um dia negro para esta família de trabalhadores, definiu uma amiga de Leonardo. [jornal Extra, 19 de outubro de 2009]

Essa bala foi retirada do Marcelo quando os moradores estavam carregando o corpo para a rua — disse um dos tios de Marcelo, José Marconi Andrade, de 48 anos, mostrando o projétil. — Queremos saber se essa bala foi disparada pela polícia ou pelos bandidos. E que o secretário de Segurança venha a público dizer que os três garotos não eram bandidos. [jornal Extra, 19 de outubro de 2009]

Taxado como bandido, jamais. Eram pobres mas não precisavam dessa vida – diz a mãe de Aílton e Alaílton, Maria Luíza da Silva. [Bom Dia Brasil, 19 de outubro]

Enquanto as famílias dos jovens os sepultavam com protestos, os policiais que descarregaram chuvas de balas no morro foram enterrados como “heróis” sob chuva de pétalas de rosas.

Tal evento, há poucos dias da definição do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 soa como a senha para “limpeza” dos bairros pobres prometida pelos gerentes Luiz Inácio, Paes e Cabral como condição para a realização dos jogos com “segurança”.

Novos e grandes massacres estão sendo preparados pelo velho Estado contra o povo pobre do Rio de Janeiro.



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Campanha de finanças e apoio à imprensa popular e democrática

PM abre fogo contra trabalhadores na Central do Brasil

No último 8 de outubro, a PM de Cabral e Paes atirou bombas e spray de pimenta contra trabalhadores na Central do Brasil. Foi o segundo dia de protestos contra o péssimo transporte ferroviário e truculência policial.


Genocida Obama ganha nobel da paz por desarmamento

É a lógica do fascismo: mentir mil vezes até que uma mentira se transforme em verdade.

E o genocida Obama dessa vez ganha um prêmio por desarmamento.

Ele, que após assumir o posto de comando deixado por Bush ordenou o envio de mais 17 mil soldados para a invasão e agressão ao Afeganistão, manteve o genocídio no Iraque, o patrocínio do massacre perpetrado pelo Estado sanguinário de Israel contra o povo palestino, a recente ordem para instalação de novas bases militares na Colômbia, o patrocínio do golpe de Honduras, entre outros.

Uma comenda fascista, banhada em sangue de genocídios, para o chefe do imperialismo.



Veja os últimos artigos de AND sobre agressões ianques contra os povos do mundo:


Imperialismo reforça ocupações e abre novas frentes de agressão
http://anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2313&Itemid=105

Bases militares e corrida armamentista na América do Sul
http://anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2449&Itemid=105

Ianques instalam descaradamente bases militares ianques na Colômbia
http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2359&Itemid=105

Presença militar ianque na América Latina
http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2271&Itemid=105

Imperialismo reforça ocupações e ensaia a guerra
http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2273&Itemid=105

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fascismo Sem Limites

Absolutamente seguro, como sempre, de que sua baba hidrofóbica encontra eco no seio do povo e de que poderá destilar seu veneno indefinidamente O Estado de São Paulo mais uma vez, em seu editorial, “Vandalismo sem limites” (dia de hoje) usa a sua verborragia fascista, brandindo despachos de reintegração de posse e a legislação vigente para atacar a luta pela terra. Aproveita-se do oportunismo da direção do MST e seu constante namoro com a gerência de turno para difamar todos os que lutam por um pedaço de chão. Desta vez, por conta da destruição de um laranjal na Fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo acusa o domesticado MST de ser o que de mais próximo existe no país de uma organização terrorista com “intenções de promover uma revolução no estilo zapatista”. Mas o objetivo do editorial, também como sempre, é simplesmente defender a arcaica estrutura fundiária do país e criminalizar qualquer luta do povo, tenha que objetivo tiver.

Revolta contra o péssimo transporte ferroviário no Rio

Rafael Gomes



Trabalhadores que utilizam o ramal de Japeri do trem da Supervia se revoltaram, nesta quarta-feira (7/10), contra as péssimas condições do sistema ferroviário do Rio de Janeiro.





O gerente estadual Sérgio Cabral Filho logo se apressou a afirmar que "o que aconteceu lá em Nilópolis foi sem dúvida uma ação de vândalos. Nada justifica o vandalismo ”. Isso certamente porque o mesmo não utiliza os trens superlotados da Supervia e nem ganha um salário mínimo por mês para ter que pagar o abusivo preço de 2,60 por passagem. O monopólio dos meios de comunicação carioca também se apressou em criminalizar o protesto dos trabalhadores. A PM foi acionada e durante a manifestação 10 pessoas ficaram feridas.

Após o episódio ocorrido, a Supervia, que tem concessão por 50 anos (25 anos renováveis por mais 25 anos) para manutenção e operação comercial da malha ferroviária urbana de passageiros da região metropolitana do Rio de Janeiro, decidiu liberar a roleta e deixar o embarque gratuito até às 10:00 desta quinta-feira (8/10).

O fato é que, diante do preço abusivo das passagens, das péssimas condições em que embarcam os passageiros e o sucateamento de todo o sistema ferroviário, os trabalhadores se vêem obrigados a protestar e pedir medidas cabais para a melhoria do transporte e o fim dos acidentes que já chegaram a matar trabalhadores nesses últimos anos.

Na Turquia, o povo declara guerra ao imperialismo

Patrick Granja

Nos dias 6 e 7 de outubro, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Istambul para protestar contra as políticas imperialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que tiveram suas cúpulas reunidas na capital turca para a realização de mais uma assembléia anual.

Há uma semana, dirigentes do imperialismo das duas entidades já chegavam ao país sendo rechaçados pelas massas. Foi o caso do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que recebeu uma sapatada do estudante Selcuk Ozbek, de 24 anos, durante palestra na Universidade de Istambul em seu primeiro dia na capital. O rapaz acabou preso.

O estopim se deu hoje, desde a manhã, em grande manifestação promovida por sindicatos combativos com o apoio do TKP/ML (Partido Comunista da Turquia/Marxista Leninista). O protesto contou com mais de 2 mil pessoas e foi marcado por ininterruptos confrontos com a polícia turca, onde um homem de 55 anos, identificado como Ishak Kavlo, foi morto e 78 pessoas foram presas. Vários policiais ficaram feridos, alguns com queimaduras graves causadas pelos coquetéis molov atirados pelos manifestantes. Uma loja da rede McDonald’s e vários bancos foram atacados pela massa, mesmo com a repressão ferrenha da tropa de choque da polícia turca, que utilizou jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão.

“O centro de Istambul transformou-se, esta terça-feira, num palco de guerrilha urbana”, descreveu o jornal português A Bola.

Manifestantes de reuniram no distrito de Beyoglu e seguiram até a praça Taksim, de onde pretendiam partir para o centro de convenções onde os inimigos estavam reunidos, entre eles o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que firmou acordo promovendo o Brasil a credor do FMI, com um bônus de 10 bilhões de reais para o sustento de políticas imperialistas pelo mundo.