quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ITÁLIA: Berlusconi é recebido da devida maneira em Milão

Rafael Gomes

O primeiro-ministro e principal figura do fascismo italiano nos dias atuais, foi agredido após participar de um comício em Milão, norte da Itália, no último domingo (13/12).

O monopólio da comunicação daquele país logo se apressou em dizer que o agressor Massimo Tartaglia, 42 anos, sem nenhuma passagem pela polícia, passa por um “tratamento psiquiátrico” há dez anos, na tentativa de mostrá-lo como “maluco” ou algo parecido.

O fato é que essa atitude, que contou com repercussão internacional no monopólio das comunicações, foi uma resposta, mesmo que isolada, ao criador das “patrulhas de cidadãos” para perseguir imigrantes que vivem na Itália, bem como o mandante da repressão desgovernada às organizações populares.

ARGENTINA: Estudantes entram em confronto com a polícia e exigem democracia na universidade

Rafael Gomes

Estudantes da Universidade de Buenos Aires (UBA), a maior da Argentina, foram as ruas da capital protestar contra a reeleição do reitor Rubén Hallú. Os universitários, convocados pela Federação Universitária de Buenos Aires (FUBA), tentaram invadir o prédio do Congresso Nacional, onde estava sendo realizada assembléia para eleger o novo reitor.

Os estudantes alegam que a Assembléia Estudantil da UBA é antidemocrática e, portanto, não se vêem representados por ela que, apesar de contar com votos estudantis, não lhes dá expressão no momento das decisões. Por este motivo, a FUBA exige a suspensão do atual reitor, por considerar sua reeleição ilegítima.

Ao tentarem invadir o prédio do Congresso, a polícia argentina abusou de sua costumeira truculência contra protestos populares utilizando jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, e foi respondida com paus e pedras pelos manifestantes. Segundo dados divulgados pela imprensa argentina, os enfrentamentos duraram uma hora e não foi registrado número de manifestantes detidos.

Os estudantes da UBA exigem a anulação das eleições e democracia na universidade.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Obama é pior que Bush

Ao fazer a defesa da guerra justa no ato de entrega do Nobel da Paz Obama mostra ao mundo quem realmente ele é. Este Obama que agora também se recusa a assinar o Protocolo de Kioto e que apoiou o Golpe em Honduras é o verdadeiro Obama. O Obama da campanha eleitoral era um farsante, um engana trouxa. Neste sentido ele é pior do que Bush, que manteve o seu discurso do começo ao fim e com o qual ninguém se enganou.

O discurso de Obama confirma o que o AND tem repetido em suas páginas quanto ao caráter de classe de conceitos como paz, justiça, moral e democracia.

Para o imperialismo a paz que lhe interessa é a paz dos cemitérios; a justiça é a que favorece aos seus interesses mesquinhos e do lucro máximo; a moral é a que justifica suas atrocidades e sua rapina; e a democracia é o direito de uma minoria exploradora submeter e dominar a maioria.

Confirma também que só a violência revolucionária organizada e dirigida contra o imperialismo poderá estabelecer a paz derradeira sobre o planeta. Isto desmistifica todo o pacifismo babaca que não consegue enxergar o caráter de classe da violência, tornando-se pois conivente com a violência das classes e países dominantes.

Devemos, assim, interpretar a entrega do Nobel da Paz a Obama como o certificado de satrapia dos senhores da guerra e dos monopólios do USA.

Camponeses torturados e assassinados em Buritis

Repercutindo grave denúncia da Liga dos Camponeses Pobres

Jaru, a 10 de Dezembro de 2009


Elcio (esq) e Gilson (dir. em destaque): Brutalmente torturados
e assassinados a mando do latifúndio em RO


No dia 9 de dezembro as 14:00 horas dois coordenadores da LCP/RO foram seqüestrados por pistoleiros na estrada que liga o acampamento Rio Alto a cidade de Buritis. Os coordenadores Elcio Machado (Sabiá) e Gilson Gonçalves foram torturados com requintes de crueldade tendo suas unhas arrancadas e também pedaços de pele do corpo, em seguida ambos foram assassinados. No mesmo dia de manhã outros dois camponeses já haviam sido perseguidos na mesma estrada.

Clique AQUI para ver nota completa no site resistenciacamponesa.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Novos protestos em Atenas um ano após assassinato de jovem

Há um ano, o jovem Alexis Grigoropoulos, de 15 anos, foi assassinado por policiais, gerando uma onda gigantesca de protestos em toda a Grécia, principalmente na capital Atenas.

Na primeira semana de dezembro último, quando se completou um ano desses protestos, novamente milhares de jovens foram às ruas e enfrentaram a polícia. Dezenas de pessoas foram detidas, o que não intimidou os manifestantes.

Fachadas de bancos foram destruídas, barricadas foram erguidas. Trabalhadores se uniram aos estudantes. Escolas e universidades foram ocupadas para resgatar a memória do jovem assassinado. Os manifestantes somaram às suas palavras de ordem a luta contra o desemprego e a luta contra a violência do Estado policial.



Cavalaria até mesmo para os apêndices do velho Estado

Na última quinta-feira, dia 9 de dezembro, a Polícia Federal lançou a cavalaria contra o protesto eleitoreiro das juventudes de PSOL, PSTU, PT entre outras legendas em Brasília, dissolvendo a manifestação com balas, cassetetes, à pata de cavalo e gás de pimenta. Foi a resposta do Estado àqueles que se mordem e se arranham na disputa por suas migalhas.

Quando se revela a ponta do iceberg do assalto diário cometido pelos partidos eleitoreiros e políticos profissionais, os grupos de poder em incessante movimento de pugna e conluio se movimentam já de olho em 2010. Todos os palhaços sobem ao picadeiro para resolver quais serão as estrelas do velho circo eleitoral. “Situação”e “oposição” preparam seus dossiês e gravações.

Os oportunistas, esquecendo-se que estão envolvidos em toda essa sujeira e comprometidos até o pescoço com o Estado, pregam a “transparência” em meio à imundície.

E para que o oportunismo não se esqueça que seu papel é servir ao capitalismo burocrático e desviar a luta das massas para a via eleitoreira, a cavalaria e a ação truculenta da polícia demonstraram que não se deve alimentar ilusões com este Estado.

RJ e SP: as polícias mais letais do mundo

A ONG ianque Human Rigths Watch publicou recentemente um relatório denominado “Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo”. Dados apurados ao longo de dez anos revelaram um pouquinho do que as massas pobres e trabalhadoras do Rio de Janeiro e São Paulo sentem na pele todos os dias.

De acordo com o relatório, em 2008 a cada 23 pessoas presas no Rio foi registrada uma morte em “auto de resistência”. Em São Paulo, no mesmo período, foram 348 prisões para cada morte.

Ainda em 2008, a polícia do Rio matou 1.137 pessoas; a de São Paulo, 397. A ONG ianque faz uma comparação com a polícia do USA que matou, em um ano, 371 pessoas em todo o país. Mas isso também não diz muita coisa, pois os iaques mantém, proporcionalmente, a maior população carcerária do mundo.

O relatório contabilizou mais de 11 mil casos de “resistência seguida de morte” no Rio e em São Paulo, desde 2003, e aponta para que grande parte deles sejam execuções sumárias.

O relatório ainda destaca a impunidade para os policiais assassinos, que raramente são levados à justiça. Fernando Delgado, autor dos estudos ainda aponta que em muitos casos de execuções, o cenário dos crimes cometidos por policiais são montados de forma a simular confrontos que nunca existiram para justificar os assassinatos.

E esses, ressaltamos, são dados de uma pesquisa realizada pelos ianques, que certamente não retrata a matança diária de pobres no Rio e em São Paulo.

Bope nas favelas do RJ: Mais um capítulo do genocídio olímpico

Primeiro a prefeitura de Eduardo Paes anunciou a regularização de casas nas favelas de Copacabana e Ipanema. O que para as classes dominantes e demagogos de plantão foi anunciado como “cidadania” para os pobres, para os moradores das favelas significa o aumento do controle do Estado e a expansão da porta de entrada para as forças de repressão.

Com a titulação das casas nas favelas vêm os impostos abusivos. Com essa política a prefeitura e o governo estadual pretendem, principalmente, impulsionar a valorização dos terrenos e o consequente requentamento da especulação imobiliária naquela região. Tudo parte do recente plano olímpico e do antigo plano da burguesia de expulsar os pobres daquela área considerada “nobre”.

Assim, no final de novembro, o Bope invadiu os morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo em Copacabana para impor a implantação das unidades “pacificadoras” da polícia naqueles morros.

Não é necessário detalhar como se deu a ação do Bope. Basta recordar que saltaram de paraquedas no alto do morro no início da madrugada, desceram como numa caçada confrontando com os grupos de contenção armada do tráfico varejista, aterrorizaram a comunidade provocando o fechamento de escolas e do comércio.

O saldo no dia seguinte era de um morto e a população, amedrontada, em silêncio.

O próximo passo foi no dia 4 de dezembro, quando a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) derrubou 13 barracas de camelôs na ladeira Saint Roman, na subida do Pavão-Pavãozinho. A repressão também recaiu sobre um ponto de mototáxi, uma das únicas formas de transporte para os moradores subirem até suas moradias na parte alta do morro.



Após a invasão da PM nos morros de Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, ainda foram noticiadas apreensões de armas e supostas ações de resposta do “tráfico” com a queima de um ônibus e a explosão de uma bomba caseira e uma movimentada rua de Copacabana.

Após mais essa invasão de favelas, o governo Cabral anunciou pomposamente a contratação de Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova Iorque (USA) para dar “assessoria em segurança pública”. O criador da política de “Tolerância Zero” agora dará o tom da matança de pobres no Rio de Janeiro.

Pacificar as favelas, para as classes dominantes, é intensificar o genocídio, expulsar os pobres da vizinhança dos ricos, perpetuar o terror de Estado.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Rudolph Giuliani é o mais novo "contratado" de Cabral

A política de criminalização da pobreza implementada no Rio de Janeiro há anos vai ganhando contornos dramáticos à medida que se aproximam a Copa do Mundo e a Olimpíadas de 2016. Tais eventos, festejados pelas classes reacionárias são a desculpa para a “limpeza” da cidade – segregação e extermínio das populações pobres.

A última novidade, anunciada como se fosse a retirada de um coelho de uma cartola, foi a contratação do tristemente célebre Rudolph Giuliani para dar “assessoria em segurança pública” ao estado do Rio de Janeiro. Giuliani se notabilizou pela aplicação da política genocida de “Tolerância Zero” - segregação, monitoramento, encarceramento e morte - na cidade de Nova Iorque, governada por ele entre 1994 e 2002.

Giuliani se soma aos esforços já conjugados de Luiz Inácio, Cabral e Paes na sua guerra infinita contra o povo para garantir à grande burguesia e ao imperialismo o lucro máximo aos investimentos na cidade.