segunda-feira, 31 de maio de 2010

Exército sionista de Israel ataca comboio com suprimentos destinados à Faixa de Gaza

Há uma semana, AND recebeu a seguinte mensagem por correio eletrônico:



Estou escrevendo para você com um apelo urgente. A frota Gaza Livre está a caminho para a Faixa de Gaza. Esta frota inclui navios de grande porte com material de reconstrução, suprimentos médicos e material escolar e 800 passageiros de 50 países.

Esta é uma oportunidade para denunciar a desumanidade do cerco de Israel a longo de três anos e em execução. Israel disse que irá interceptar e impedir a chegada dos navios em Gaza, eles já têm feito isso e podem fazê-lo novamente.

O comunicado concitava organizações democráticas a “traduzirem e divulgarem amplamente esta denúncia afim de garantir que os barcos e os ativistas tivessem algum grau de proteção contra ataques e agressões.”

Denúncia que se confirma de forma sangrenta

"Na escuridão da noite, os militares israelenses desceram de um helicóptero para o barco turco de passageiros 'Mavi Marmara' e começaram a atirar quando pisaram no convés", anunciou o site do Movimento Gaza Livre. Imagens transmitidas ao vivo, filmadas por tripulantes turcos, mostraram o ataque israelense.

  • Mais de 10 tripulantes assassinados

  • Dezenas de feridos

  • A cineasta brasileira Iara Lee está entre os tripulantes atacados

  • É a nona vez que o movimento Gaza Livre tenta enviar solidariedade à Faixa de Gaza

  • Há três anos Israel mantém, com o patrocínio do USA, bloqueio e cerco militar à faixa de Gaza

O exército sanguinário de Israel atacou, às 4 horas da madrugada do dia 31 de maio (22 horas do dia 30 no horário de Brasília), um comboio de ajuda humanitária à Gaza.

O Estado sionista-fascista de Israel impõe um bloqueio total à Faixa de Gaza há mais de três anos impedindo a entrada de alimentos, medicamentos e qualquer ação de solidariedade com o povo palestino.

A frota “Gaza Livre" (Free Gaza em inglês) é composta por três navios que levavam 750 ativistas e três outros com 10 mil toneladas de carga. Os navios partiram de uma área próxima do Chipre e foram atacados no Mar Mediterrâneo, a cerca de 60 km da costa do território palestino de Gaza, em águas internacionais.

Os ativistas filmaram o ataque israelense contra a frota. Imagens de um canal de televisão da Turquia (a maioria dos ativistas provém deste país) mostraram durante uma hora a ação arbitrária do Exército de Israel ao vivo, até que as imagens foram cortadas. A transmissão mostrou os militares israelenses invadindo uma das três embarcações deforma truculenta, agredindo os seus ocupantes.

Apesar de os ativistas terem mostrado bandeiras brancas em sinalização de que aquela era uma missão de paz, os soldados abriram fogo contra a tripulação.

A agressão do exército israelense contra o comboio de solidariedade internacional deixou dezenas de feridos e mais de 30 pessoas feridas, a maioria turcos. Entre os tripulantes havia uma brasileira: a cineasta Iara Lee (foto). Até o momento (13 horas do dia 31 de maio) não há notícias que indiquem se ela está entre as vítimas.

Esta foi a nona vez que o movimento Gaza Livre tentou enviar ajuda à Gaza desde o início do cerco e bloqueio militar.





Esquerda: Manifestantes em Taksim, Turquia, após o ataque israelense ao Gaza Livre

Direita: Protesto em solidariedade ao Gaza Livre no porto Ashdod, Israel

quinta-feira, 27 de maio de 2010

França: trabalhadores preparam greve nacional contra "reforma" previdenciária antipovo

No último dia 27 de maio os trabalhadores franceses foram às ruas em Nantes, sexta maior cidade da França, em grande protesto como parte das mobilizações pela greve nacional convocada por sindicatos contra a “reforma” previdenciária. Uma medida antipovo anunciada pelo governo prevê o aumento da idade de aposentadoria, que atualmente é 60 anos como, como parte de um pacote econômico que visa empurrar a crise para adiante.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Últimas notícias da greve na USP: acesso à reitoria é bloqueado por grevistas

Na manhã desta terça-feira, mais de 200 pessoas — entre funcionários da Universidade de São Paulo - USP, em greve desde o dia 4 de maio, e estudantes que apoiam o movimento dos trabalhadores — reuniram-se em frente ao prédio da reitoria e bloquearam seus acessos, até que seja retomada a negociação com o movimento, que reúne funcionários da USP, Unicamp e Unesp.


Os trabalhadores reivindicam:

- Isonomia salarial entre funcionários e professores, (desde que os docentes receberam 6% de aumento em fevereiro, após uma longa jornada de greves e agitações, que motivou os funcionários a seguir o mesmo caminho de luta.)

- Reajuste salarial de 16% — como reposição de inflação e das perdas históricas — mais uma parcela fixa de R$ 200,00

- A readmissão do funcionário e dirigente sindical Claudionor Brandão, demitido da universidade por sua postura combativa e luta por democracia e direitos dos servidores, professores e estudantes.

Moradores protestam contra descaso da prefeitura em Maceió

Rafael Gomes

Na manhã do dia 24 de maio os moradores do bairro do Jacintinho, em Maceió – AL, bloquearam a ladeira Coronel Paranhos, principal da região e via de acesso ao bairro, exigindo da gerência municipal a pavimentação e a drenagem da Rua Alto da Boa, que fica paralela.

Durante o protesto, a população ergueu e ateou fogo em barricadas de pneus e galhos de árvores impedindo o tráfego no local. Os moradores denunciam que, há dois anos, técnicos da prefeitura da cidade estiveram no bairro, fizeram os levantamentos e não voltaram nunca mais. O morador do Jacintinho, José Ataíde, denunciou que “No inverno (época das chuvas) o problema é a água que invade nossas casas e no verão (período da seca na região Nordeste) são os buracos”.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas. Logo após a combativa manifestação, os moradores conseguiram agendar uma reunião com o prefeito Cícero Almeida.

Sem-teto enfrentam PM em Recife e resistem contra despejo

Patrick Granja

No bairro Boa Viagem, zona Sul de Recife, e em Dois Irmãos, zona Oeste, policiais da tropa de choque provaram um pouco da ira dos trabalhadores que lutam por moradia no estado de Pernambuco.

Na manhã do dia 20 de maio, centenas de moradores da comunidade Portelinha bloquearam a rodovia PE-05 para protestar contra um mandato de reintegração de posse na área onde se localiza a ocupação.

A polícia foi enviada para o local para reprimir a manifestação. Logo que chegou, a tropa de choque foi recebida com paus e pedras pela massa enfurecida, que destruiu duas motos e um carro da polícia. Rosângela Maria da Silva, uma das moradoras da Portelinha que participava do protesto, mesmo grávida, foi agredida na barriga com golpes de cassetetes por um policial e levada para um hospital da região onde continua internada.


Já em Boa Viagem, moradores da ocupação Pantanal, bloquearam a avenida Domingos Ferreira para protestar contra a demolição de 15 casas para a realização de obras da Via Mangue. Mas nem a manifestação pôde conter os tratores do gerenciamento fascista de João da Costa.

Há tempos que a paciência das famílias de trabalhadores sem-teto de Pernambuco com o prefeito chegou ao seu limite.

África do Sul: às vésperas da Copa, greve!

Apenas duas semanas antes da Copa do mundo, trabalhadores sul-africanos nos setores de transportes e estiva continuam em greve. A paralisação, que já entra em sua segunda semana, interrompeu as exportações de metais, carros, frutas e vinho para a Europa e a Ásia, assim como as importações de peças de veículos e combustível, dando um inestimável prejuízo aos empresários do país. Fabricantes de veículos já ameaçam interromper a produção por falta de matéria prima. Além disso, muitos equipamentos necessários para a realização da Copa do mundo ainda não chegaram ao país por conta da greve nos portos.

Prontamente, os gerenciamentos de turno, cortaram os salários dos trabalhadores em greve e decretaram-na ilegal. Mas os grevistas prometem não recuar enquanto os salários não forem reajustados.

Nós não aceitamos que uma copa do mundo sirva de álibi para esses empresários entrarem em nosso país e saqueá-lo. Nosso povo já ganha mal e come mal e agora eles querem que nós trabalhemos mais ainda, mas nós não vamos aceitar. A greve continua — disse a presidente da União dos Trabalhadores em Transportes da África do Sul, Jane Barrett.

Os trabalhadores exigem um reajuste mínimo de 13% para todas as categorias como condição para encerrarem a greve, que começou no dia 10 de maio. Mas, segundo um pronunciamento do próprio gerente Zuma, caso não sejam rapidamente melhoradas as condições de trabalho e habitação do povo, os protestos podem ser radicalizados, comprometendo a realização da Copa do mundo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Informações diretamente da greve da Unimontes

Depoimento enviado por estudante da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, ativista do comando da greve geral.
  • Um primeiro ponto que gostaria de informar é sobre a Audiência Pública, realizada na Assembleia Legislativa no dia 14 de maio, sobre a situação da universidade. A audiência contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre estudantes, professores e servidores.

  • O deputado Rui Muniz , que é dono da FUNORTE, uma das maiores instituições privadas de ensino superior de Minas Gerais , presidiu a audiência e teve a desfaçatez de encerra-la somente após todos os políticos demagogos fazerem suas promessas , sem ouvir ninguém, sendo que os presentes só se fizeram ouvir porque permaneceram por mais de 3 horas, ocupando o plenarinho, deixando claro que só sairiam depois de expor seus problemas.

  • Gostaríamos de citar mais exemplos de falta de democracia perseguição política perpetrada pela reitoria e a direção da universidade. 1) seguranças particulares a paisana vigiando e intimidando grevistas, 2) ameaças públicas pelo rádio da universidade e jornais televisivos locais de corte de verbas e demissão, 3) servidores colocados à disposição arbitraria e sumariamente por participar da greve, 4) exigência de lista de presença de alunos que participam da greve para coerção, 4) 0 atual reitor da Unimontes está a 3 gestões na direção da universidade sendo que na ante-penúltima e ultima foi imposto por meio de lista tríplice.

  • A privatização da universidade é tamanha que, na última assembleia de professores realizada ontem dia 20 de maio, um estudante de medicina denunciou que o Hospital Universitário está sendo utilizado por estudantes de universidades particulares, inclusive da FUNORTE do Rui Muniz.


  • Sobre a greve dos servidores, é importante destacar que a direção do sindicato manobrou para que os trabalhadores encerrassem a greve, cedendo às ameaças do governo e reitoria. A interrupção da greve por 10 dias resultou em nenhum atendimento da pauta por parte do governo que não cumpre seu acordo e se mantêm sem negociar. A notícia veiculada na imprensa local sobre o fato de os servidores haverem recebido 10% de aumento não é verdadeira.

Manteremos contato para a divulgação da nossa luta e manteremos nossas bandeiras erguidas até a conquista das justas reivindicações dos servidores, professores e estudantes.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Florianópolis - 1.500 estudantes protestam contra aumento das passagens de ônibus

Greve geral na Unimontes

Montes Claros - Minas Gerais

A Unimontes é uma das mais importantes universidades do estado de Minas Gerais e a principal do Norte de Minas. Seu campus principal está localizado em Montes Claros e possui outras unidades em cidades do interior. Desde o início do 1º semestre letivo de 2010 os funcionários e técnico-administrativos da Unimontes encontram-se em greve. Este movimento ganhou a adesão dos estudantes no último dia 16 de abril e, logo em seguida, no dia 19, dos professores, convertendo-se em greve geral.
Estudantes, professores e funcionários da Unimontes
protestam na Assembleia Legislativa de Montes Claros

O que era uma luta de funcionários converteu-se em uma grande luta em defesa da educação pública e gratuita, por condições básicas de ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil.

Em entrevista ao portal bemnanet.com.br a diretora de comunicação da Associação de Docentes da Unimontes - Adunimontes, Isabel Brito, professora do departamento de Ciências Sociais, declarou que os professores da universidade pagam para trabalhar.

- Eu pago a prova que os meus alunos vão fazer. Ou então passo no quadro a avaliação para eles copiarem. Uma coisa que não tem lógica na era da informação. Nós não temos acesso a dinheiro para congressos. Para conseguir ir a um encontro, é um trabalho tão grande que te desestimula. A única coisa que a Unimontes fornece para os professores é uma sala de aula precária, sem giz. - protesta a professora, lembrando da precariedade e da inexistência de políticas de assistência estudantil.

É inconcebível que uma universidade que tem 10 mil estudantes oferece somente duzentas bolsas de iniciação científica. Os nossos estudantes têm que trabalhar no comércio para ganhar 500 reais para chegar à noite aqui e estudar porque não conseguem se manter. Não temos restaurante universitário nem moradia estudantil. Difícil compreender porque tanto descaso – denuncia Isabel Brito.

Os estudantes, que aprovaram em assembléia geral sua adesão ao movimento, reivindicam participação ampla em todos os assuntos do interesse da universidade. Eles denunciam que o atual reitor, Paulo César Gonçalves de Almeida, foi empossado pelo governo do estado por meio de lista tríplice, apesar de ter sido o último colocado na consulta à comunidade acadêmica.

Durante as mobilizações, um protesto unificado de professores, funcionários e estudantes culminou na ocupação da Assembléia Legislativa. Após essa ação os servidores conquistaram 10% de aumento, e decidiram suspender o movimento por 10 dias. Os professores e estudantes mantêm a greve por tempo indeterminado, até que suas reivindicações sejam atendidas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bope assassina trabalhador na favela do Andaraí

Hélio Parreira Ribeiro, 47 anos instalava um toldo na laje de casa acompanhado de sua esposa quando foi assassinado pelo soldado do Batalhão de Operações Especiais da PM – Bope. O assassino diz que “confundiu a furadeira com uma metralhadora”.

No dia 19 de maio Hélio Parreira Ribeiro utilizava uma furadeira para fixar um toldo em sua casa. A luz plena da manhã e a proximidade de 40 metros entre o agente do Bope e o trabalhador não deixavam espaço para dúvidas.

O morro do Andaraí está sendo ocupado pelo Bope para receber em breve uma Unidade de Polícia Pacificadora – UPP e o cabo Albarello, que efetuou o disparo e matou Hélio Parreira, segundo informações veiculadas no monopólio da imprensa, fornecidas pela própria corporação policial, faz parte do Bope há 12 anos.

Justamente o Batalhão de Operações Especiais, taxado pela reação e cantado em verso e prosa, retratado em filmes fascistas como “o mais preparado”, confundiria uma furadeira com uma metralhadora? É no mínimo abusar da inteligência das pessoas.

A família de Hélio denuncia que o policial atirou sem dar nenhum aviso. A PM por sua vez, tentou justificar o injustificável dizendo que cumpriu todos os avisos e procedimentos antes de efetuar o disparo. O fato é que, como o agente do Bope “se apresentou voluntariamente”, responderá pelo crime em liberdade.


Andaraí: cresce 25% o número de assassinatos cometidos pela polícia

Dados divulgados recentemente apontam que de 2009 para 2010 houve um aumento de 20,5% (19 casos) de “autos de resistência”* na Zona Norte do Rio. A Área Integrada de Segurança Pública - 'Aisp 6', onde fica o Morro do Andaraí, justamente onde Hélio foi assassinado no último dia 19, registrou um aumento ainda maior: 25%, passando de 12 para 15 mortes.

*Auto de resistência é um termo técnico criado pela reação para classificar mortes de civis que resistiram à prisão, mas que na prática serve de blindagem ao Estado e garantia de impunidade para os inúmeros crimes que comete contra trabalhadores em bairros proletários através de suas polícias assassinas, justificando milhares de execuções sumárias de homens, mulheres e crianças.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Resistência ataca a maior base ianque no Afeganistão

No último dia 18 de maio a resistência afegã atacou a maior base da Otan no Afeganistão em Bagram, norte de Cabul. O ataque com foguetes, granadas e armas automáticas impôs mais de uma hora de fogo aos invasores. Dezenas de combatentes “homens bomba” lançaram-se contra a base aterrorizando as tropas ianques. Bagram é a base onde se encontra o aeroporto militar da Otan, é a principal sede das forças invasoras e onde é mantida uma prisão política. Horas antes desse arrojado ataque da resistência, seis militares, sendo cinco americanos e um canadense, morreram em uma emboscada em Cabul. Com estas baixas, já são 210 militares invasores mortos pela resistência no Afeganistão em 2010.

Em Salvador – BA trabalhadores são expulsos das areias das praias

Prefeitura derruba barracas de praia e expulsa comerciantes

89 barracas de praia localizadas nos bairros de Piatã, Placaford, Jaguaribe, Boca do Rio e Jardim de Alah em Salvador – Bahia estão sendo derrubadas. No último dia 18 a prefeitura antecipou a derrubada de 10 barracas.

Segundo a prefeitura, essas barracas “seriam transferidas para o canteiro central” da orla. Em entrevista publicada no portal atarde.com.br, o secretário de Serviços Públicos de Salvador, Fábio Mota, disse que existem 512 barracas instaladas na orla de Salvador e que o objetivo é reduzir a quantidade para 266. Ou seja, com esta ação desaparecerão pelo menos 246 postos de trabalho de pessoas que vivem do comércio nas praias há décadas.

Política similar já foi aplicada no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil. No Rio, antigos donos de barracas foram expulsos, criminalizados, taxados de “ilegais” e perseguidos pela prefeitura. Os vendedores ambulantes são diuturnamente caçados pelo “choque de ordem” que reprime e rouba mercadorias. E na orla “urbanizada”, os quiosques foram praticamente tomados por especuladores e grandes empresas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Lei no Arizona – USA criminaliza imigrantes

Rafael Gomes

A nova lei anti-imigrantes assinada pela governadora do Arizona, Jan Brewer, no dia 23 de abril, endurece ainda mais o cerco aos imigrantes latinos que entram no USA, transformando a imigração ilegal em crime passível de multa e prisão, punindo também qualquer cidadão estadunidense que empregar, hospedar ou ajudar algum imigrante.

A lei também permite que a polícia aborde e prenda qualquer pessoa suspeita de ter entrado ilegalmente no país ou que possuir traços latinos.

Após a aprovação dessa lei fascista no Arizona (principal ponto de entrada de imigrantes e onde vivem 460 mil deles, a maioria mexicanos) no fim de abril e início de maio milhares de pessoas foram às ruas de mais de 70 cidades do USA protestar contra as medidas de Brewer. Nas manifestações, imigrantes e cidadãos estadunidenses carregavam faixas com desenhos comparando a governadora com o nazista Adolf Hitler.

Além desses protestos populares, tamanho é o caráter fascista dessa lei, que até mesmo algumas cidades e estados do próprio USA protestaram, ameaçando ou efetivando restrições comerciais ao Arizona.

O monopólio da comunicação ianque, na tentativa de ocultar, justificar e aumentar o cerco aos imigrantes ilegais divulgou uma série de “pesquisas” onde os resultados apontavam que a maioria da população seria a favor da nova lei, o que, de fato, era desmentido pelos massivos protestos nas ruas de várias capitais.

Greve de ferroviários pára a Cidade do Cabo

África do Sul

Uma greve de trabalhadores da rede ferroviária paralisou a Cidade do Cabo, uma das sedes da Copa do Mundo de futebol na África do Sul no último dia 18 de maio. Há estimativas de que a paralisação deixou dois milhões de passageiros sem trem a 24 dias do início do Mundial de futebol.

Rio: Criminalização da pobreza e do trabalho nas favelas

Comerciantes tem estabelecimentos derrubados no morro dos Macacos

A chamada operação “Choque de Ordem” derrubou 17 construções no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio no dia 18 de maio.

Essas construções eram, na maioria, bares, oficinas mecânicas, farmácias, armarinhos e uma lan house e eram taxados pela prefeitura como “ilegais”.

Os agentes da prefeitura fizeram a derrubada anipovo enquanto policiais militares e guardas municipais os escoltavam.

Outras 37 construções (32 comerciais e 5 residenciais) já estão na lista para serem derrubadas pelo choque fascista.

Trabalhadores de universidades de São Paulo em greve protestam nas ruas contra arrocho

Cerca de 500 funcionários em greve da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizaram um protesto na rua Itapeva, na Bela Vista, região central de São Paulo.

A manifestação se concentrou diante do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), onde ocorreu uma nova reunião entre o conselho e o Fórum das Seis, que representa os sindicatos dos funcionários e professores das universidades paulistas.

Protesto estudantil contra mudança curricular antidemocrática

Belo Horizonte - MG

Estudantes da Faculdade Pitágoras em Belo Horizonte realizaram um protesto contra a política da instituição que visa reduzir, no segundo semestre deste ano, a quantidade de cursos e de aulas presenciais. Dessa forma várias disciplinas passarão a ser oferecidas apenas na modalidade à distância. A decisão da instituição, duramente criticada pelos alunos e professores e denunciada como autoritária, foi tomada sem consulta prévia e já vinha sido motivo de outros protestos.

“Tentamos dialogar com o grupo e construir em conjunto este novo modelo pedagógico. Os representantes informaram que as mudanças só serão comunicadas no dia 28, no final do semestre, quando os professores perdem seu poder de mobilização. Não aceitaremos cortes nem demissões injustificados”, declarou o professor José Carlos Arêas, diretor do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais – Sinpro, ao jornal Hoje em Dia de 17 de maio.

Estudantes enfrentam PM

Durante o protesto do dia 17 os estudantes fecharam o transito da Avenida Raja Gabaglia, na zona Oeste da cidade. A polícia reprimiu os manifestantes com truculência. Mas o protesto não se desfez e os estudantes enfrentaram a repressão com combatividade e defenderam-se da brutalidade da PM e das bombas de gás jogando lixeiras das janelas do prédio da instituição.

Mercantilização do ensino com o aval do MEC

Em nota, a Kroton Educacional, responsável pela gestão da Faculdade Pitágoras, declarou que a carga horária dos cursos será reduzida “obedecendo aos parâmetros das Diretrizes estabelecidas pelo MEC, será ‘fortalecida por atividades que reforcem a autonomia da aprendizagem, otimizando a formação do profissional adequadamente preparado para a agilidade e flexibilidade do mundo do trabalho’.” [fonte: jornal Hoje em Dia de 17 de maio de 2010]





segunda-feira, 17 de maio de 2010

Diego Novaes e seus cartoons na UFRJ

A exposição na UFRJ dos trabalhos do cartunista, colaborador de AND, Diego Novaes atraiu 800 pessoas durante três semanas.



Grécia: mantém-se as mobilizações e protestos

15 de maio - milhares de trabalhadores vão às ruas em Atenas
contra os cortes de direitos e medidas antipovo.


"A greve continua! Ana Júlia, a culpa é tua!"

PARÁ

FOTO: Marcelo Lelis / Diário do Pará

Professores estaduais de Belém – PA em greve protestaram durante o ato eleitoreiro de inauguração de um elevado na Av. Júlio César, durante a manhã do dia 16 de maio último.

Cerca de 100 professores se dirigiram ao local gritando a palavra de ordem “A greve continua! Ana Júlia*, a culpa é tua!”.

A PM reprimiu os manifestantes e, de forma truculenta, prendeu o professor Hélio de Sousa Santos, diretor e professor de uma escola em Barcarena (cidade no interior do estado).

O protesto se dirigiu até a delegacia para exigir a soltura do professor, fechando o transito com faixas e gritando palavras de ordem.

* Ana Júlia Carepa – PT, atual gerente de turno do Pará, responsável pela política de criminalização dos movimentos populares no Pará, particularmente sobre os camponeses. Sob suas ordens a operação “paz no campo” perseguiu e torturou centenas de camponeses e, após sua deflagração, já matou mais de 13 ativistas e dirigentes camponeses.

17 de maio: Trinta anos de Guerra Popular no Peru

17 de maio de 1980 - inicia-se no Peru a guerra popular dirigida pelo PCP — Partido Comunista do Peru, tratado pelo monopólio de imprensa e pela reação por "Sendero Luminoso". Hoje, passados 30 anos, prossegue intensa campanha afirmando que a guerra popular teria se encerrado em 2000 e que a partir da prisão, em setembro de 1992, do Dr. Abimael Guzman Reynoso (o Presidente Gonzalo), e de grande parte do seu Comitê Central, esta direção teria pedido conversações com Fujimori para um acordo de paz. Porém, isto se deve unicamente a que as ações armadas, que nunca deixaram de ocorrer, voltaram a assumir grande envergadura. Para buscarmos compreender este processo ainda tão oculto e seu real significado, AND publica o artigo de José Antonio Fonseca, do Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoísmo, recentemente enviado à nossa redação.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

A greve avança: protesto unificado de funcionários e estudantes da USP, Unesp e Unicamp

A greve dos trabalhadores da USP ganhou a adesão dos estudantes e se expandiu para Unesp e Unicamp. Desse modo, a greve já paralisou as três universidades estaduais de São Paulo.

Nota do Estado de S. Paulo de 12.5.2010



terça-feira, 11 de maio de 2010

Já são 17 operários assassinados pelo descaso e ganância das construtoras nos canteiros de obras de MG

Mais um operário da construção, o 17º do ano de 2010 em Minas gerais, morreu ao ser atingido por uma pedra de aproximadamente 500 kg, que despencou de uma torre de mais de quatro metros sobre sua cabeça.

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção de Belo Horizonte – o Marreta – estiveram na obra e denunciaram a ausência de técnicos de segurança do trabalho.

O Marreta coordena junto à Liga Operária uma campanha de denúncias contra a escravidão as péssimas condições de trabalho os assassinatos e mutilações de operários cometidos pelas construtoras nos canteiros de obras





Clique aqui para visitar o site do Marreta e obtenha maiores informações sobre a campanha e a luta dos operários da construção em Belo Horizonte e região [sticbh.org.br/]