terça-feira, 30 de março de 2010

Dia do jovem combatente toma as ruas de Santiago

Na noite de ontem, milhares de estudantes tomaram as ruas de Santiago, no Chile para celebrar o Dia do Jovem Combatente. A data é uma referência à morte dos estudantes Eduardo e Rafael Vergara Toledo, irmãos que lutaram juntos nas fileiras do movimento popular contra o regime militar-fascista do general Augusto Pinochet (1973 – 1990) e foram mortos pela polícia no dia 29 de março de 1985. Todos os anos, no bairro Villa Francia, na zona oeste de Santiago, onde moravam os irmãos Vergara Toledo, os jovens saem às ruas durante a noite, encapuzados, fechando as avenidas principais com barricadas e entoando palavras de ordem.

Como acontece todos os anos, um poderoso aparato repressivo foi montado pelo recém-empossado gerenciamento de Sebastián Piñera, mostrando para que veio. Mas os estudantes não se intimidaram e se reuniram às centenas no início da noite, atacando bancos, ônibus e resistindo bravamente a intervenção policial que acabou com quase cem jovens presos. Encapuzados, os manifestantes mantiveram-se firmes respondendo com paus, pedras e coquetéis molotov às bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela tropa de choque da polícia chilena.

A manifestação aconteceu esse ano, mesmo com as medidas da polícia para evitá-la. Nas horas que antecederam o protesto, mais de 3 mil abordagens foram feitas a motoristas e pedestres não só nas ruas, mas também em bares, universidades e sindicatos nas imediações de Villa Francia. As ações repressivas também fazem parte do processo de militarização dos centros urbanos chilenos após os terremotos de fevereiro que deixaram centenas de mortos e milhares de feridos.

Luiz Inácio foi a Israel prestar serviços ao sionismo

Luiz Inácio acaba de voltar de Israel, onde foi tentar se habilitar como mais um desses "mediadores" internacionais que não fazem outra coisa senão trabalhar contra os anseios dos povos oprimidos do mundo. Após a decisão bravateira de não comparecer a uma cerimônia no túmulo de Theodor Herzl (como se alguma vez tivesse de fato tomado partido contra o projeto de limpeza étnica na Palestina fomentado pelo sionismo), ele foi ao Parlamento israelense defender um Estado de Israel “soberano, seguro e pacífico”, reforçando assim o pacifismo mais reacionário, aquele que nem passa perto de colocar em xeque aquele Estado criminoso fundado na base do colinialismo e do genocídio, em postura denunciadora dos inimigos do povo palestino espalhados -- e camuflados -- pelo mundo. Luiz Inácio, que nutre pretensões de gerenciar a ONU para o imperialismo, depois de ter feito o mesmo com a semi-colônia Brasil, tenta assim se qualificar para o posto que almeja, recitando a ladainha conciliatória que só presta para legitimar os crimes dos senhores da guerra da Israel. Como se não bastasse tudo isso, ele ainda mandou o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim para a Síria a fim de negociar em nome do sionismo, a fim de promover o "diálogo" com o governo de Damasco. As classes populares do Brasil não reconhecem Luiz Inácio como líder local, e só os inimigos das classes populares de todo o mundo o têm como "o cara", ou seja, aquele que pode lhes ser útil para maquiar com muita, muita demagogia os projetos de dominação.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Atropelamento de moradora gera protesto na Vila Ipiranga em Niterói

Rafael Gomes

Às 21h30 da noite do domingo (28/3), os moradores da Vila Ipiranga, no Fonseca, em Niterói – RJ, bloquearam a Alameda São Boaventura e incendiaram um ônibus em protesto ao atropelamento da empregada doméstica Sílvia Regina Paulino Monteiro, 43 anos, moradora da região.

Policiais do 12º BPM chegaram no local do protesto efetivando disparos para o alto na tentativa de conter o justo protesto dos moradores indignados com a morte de Sílvia, vítima da falta de planejamento urbano e segurança.

O motorista chegou a parar o coletivo para socorrer a vítima mas, com medo de ser agredido pelos manifestantes, acabou fugindo do local. Logo depois ele se apresentou na 78ª DP (Fonseca).

O monopólio dos meios de comunicação carioca (como sempre faz questão de fazer em casos como esse em que um trabalhador fere fatalmente outro por acidente) não tardou em jogar a culpa da tragédia no motorista. Já sobre as péssimas condições de trabalho e esforço físico desumano a que os rodoviários são submetidos, nenhuma palavra.

Nova rebelião nos trens do Rio de Janeiro



Rafael Gomes

Inconformados com os atrasos, panes e sucateamento dos trens da Supervia, no dia 25/3 (quinta-feira), novamente os trabalhadores da Baixada Fluminense incendiaram composições em protesto contra o descaso da concessionária que administra o serviço de trens no Rio. Dessa vez o protesto aconteceu na estação de Saracuruna, Duque de Caxias.

A manifestação aconteceu na parte manhã, por volta das 7 horas, logo após enguiçarem dois trens deixando a estação superlotada. Os trabalhadores incendiaram vagões, arremessaram cadeiras nos trilhos, rasgaram documentos da Supervia e destruíram a bilheteria e praticamente toda a plataforma da estação.

Em entrevista para o RJTV da Globo, que como não poderia deixar de ser tentou criminalizar o protesto chamando os trabalhadores de “vândalos”, um trabalhador respondia à repórter alegando que “a gente tem horário e o patrão não quer nem saber, manda todo mundo embora”. Enquanto outra trabalhadora dizia: “perdi um dia do trabalho”.

Esse já é o terceiro protesto de tal envergadura feito pelos usuários dos trens desde o início do ano, e até agora a Supervia não tomou nenhuma providência para solucionar os absurdos problemas do sistema ferroviário carioca: lotações, descarrilamentos, sucateamento, isso sem contar o absurdo preço das passagens.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Professores enfrentam PM durante greve em São Paulo




Mais uma vez os professores da rede estadual de São Paulo em greve foram às ruas. No último dia 26 de março ocorreu um grande protesto que terminou com 16 feridos - sendo nove policiais.

Os docentes promoveram assembléia na Zona Sul da cidade e decidiram manter a greve, deflagrada no dia 8 de março.

Mais de seis mil pessoas integraram o protesto.

Nova assembléia foi marcada para as 15 horas do dia 31 de março, na Avenida Paulista.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 34,3 e se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais.

Foto: Alexandro Auler/JC Imagem/AE

Moradores da comunidade do Pina, em Recife (PE), protestaram na noite do último dia 25 de março contra a prisão de uma moradora da favela. Os manifestantes fecharam a avenida Herculano Bandeira, montaram barricadas em chamas e entraram em confronto com o Batalhão de Choque da PM.

Cacique tupinambá está preso por tomar latifúndios

A receita é a mesma: o monopólio da imprensa difama, provoca, açula as classes reacionárias e dá a senha para o massacre, perseguição e prisão de lideranças e lutadores populares.

Em 21 de novembro de 2009 a revista Época, propriedade do monopólio The Globe, publicou matéria provocadora sobre a luta dos tupinambás liderados pelo cacique Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau, taxando-o de “Lampião tupinambá”.

Com essa denominação preconceituosa, Mariana Sanches, jornalista que assina o texto erra grosseiramente na denominação, mas acerta em cheio nas intensões do latifúndio e demais classes reacionárias: criminalizar a luta dos tupinambás pela terra.

No último dia 10 de março o cacique Babau foi preso em cerco da Política Federal à aldeia Serra do Padeiro, em Ilhéus. Antes de ser preso o cacique resistiu combativamente durante 3 horas.

Após sua prisão, Babau foi transferido para Superintendência da Polícia Federal em Salvador.

O cacique é acusado de dirigir diversas tomadas de terras no estado da Bahia e “agir com violência” contra o latifúndio. Sob sua direção, os tupinambá da Serra do Padeiro retomaram no ano passado a Fazenda Santa Rosa, localizada na BR 101, Zona do Rio das Calheiras, e outros 5 latifúndios.

No dia 12 de março Babau foi visitado pelo subsecretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, e o diretor de Defesa dos Direitos Humanos, Fernando Matos. Parentes de Babau e outros índios, além de algumas entidades dos chamados “direitos humanos” denunciam tortura do cacique. O Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) cobrou que a Polícia Federal submeta o líder tupinambá a um exame pericial para constatação de possível tortura.

Organizações populares e de defesa dos direitos do povo vêm denunciando as arbitrariedades contra os tupinambá e seu cacique em uma campanha por sua libertação imediata.

quinta-feira, 25 de março de 2010

População se rebela, ataca delegacia e toma cidade por um dia

Tracuateua - Pará

Patrick Granja

Na noite do dia 8 de março, o (aparentemente) pacato município de Tracuateua, nordeste do Pará, viveu uma revolta popular como nunca antes.

Tudo começou quando Maria Ivonete da Silva, de 41 anos, foi encontrada morta dentro de uma lixeira. Réu confesso, o autor do crime, Martinho Ferreira Corrêa, mais conhecido como “Galo Cego”, foi preso na delegacia da cidade.

Após o enterro da mulher, grande parte dos 25 mil habitantes da jovem cidade (emancipada em 1997), aglomerou-se na porta da delegacia exigir segurança para a população. Os policiais se negaram a conversar com a massa, que rapidamente iniciou um corajoso ataque à delegacia. Pedras e paus foram usados pelos manifestantes para destruir dois carros de polícia e derrubar os portões da delegacia.

Imediatamente os PMs começaram a atirar contra a população revoltada, ferindo várias pessoas, duas delas fatalmente. Gebeoni Furtado Procópio, de 18 anos, conhecido como “Gê” foi atingido por um tiro na cabeça e morreu no local. Isaias Neves, de 19 anos, que recebeu dois tiros, chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos.

Os assassinatos enfureceram ainda mais o povo de Tracuateua, que invadiu a delegacia, tomou as armas e incendiou o prédio, forçando os policiais a fugirem da cidade em direção ao município vizinho de Bragança. Até a chegada de dezenas de PMs de Belém, a cidade ficou sob controle das massas, que assim como em várias partes do país, dá vigorosas demonstrações de como responderá a violência do Estado reacionário contra o povo pobre.

terça-feira, 23 de março de 2010

Morticínio de operários nos canteiros de obras em MG





Vídeo produzido por A Nova Democracia


Após a exibição dessas reportagens, outros quatro operários morreram nos canteiros de obras de Minas Gerais, totalizando 12 mortes e não 8 como é dito no vídeo.

Veja na próxima edição de AND (nº 64) matéria sobre o tema.

Resistência Palestina convoca “semana de fúria” em Gaza


Rafael Gomes
No último dia 16 de março a região de Jerusalém Oriental amanheceu sobre violentos protestos convocados pelo Hamas à determinação do Estado fascista de Israel em ocupar um bairro da Cisjordânia com 1.600 casas de colonos judeus. O Hamas conclamou os palestinos à um “dia de fúria” contra a ocupação sionista israelense.
Durante os confrontos, que deixaram 57 feridos (entre eles 15 policiais) e mais de 60 presos, os palestinos queimaram pneus e lançaram pedras contra a polícia. O governo de Israel enviou mais de 3 mil soldados para a região para reprimir os protestos. Também foram registrados confrontos em Qalandiya, Ramallah e na Faixa de Gaza.
O Estado fascista de Israel prossegue, como principal agente do imperialismo ianque, a agressão ininterrupta e ocupação do território palestino desde o final da 2ª guerra imperialista mundial. Enquanto o povo palestino é massacrado, o governo ianque e a ONU fazem demagogia “aconselhando” a não construção das 1.600 casas na Cisjordânia, porém favoráveis aos sucessivos ataques à Faixa de Gaza e Cisjordânia.

Novas atrocidade do Estado genocida de Israel
No último 19 de março, sexta-feira, um ataque aéreo israelense a um aeroporto desativado na Faixa de Gaza matou 11 pessoas e várias outras ficaram feridas.
Militares israelenses confirmaram que lançaram mísseis para atingir militantes da Resistência nas proximidades de Rafah, no sul de Gaza. Esta foi a segunda noite de criminosos bombardeios contra a Faixa de Gaza.
No dia 21, domingo, ataques do exército israelense deixaram quatro palestinos mortos, dois deles na cidade de Nabus, localizada na Cisjordânia ocupada. Testemunhas palestinas, denunciaram à agência Wafa de notícias que, “as vítimas eram lavradores que carregavam ferramentas agrícolas e que os soldados atiraram quando eles se aproximaram do posto de controle porque cantavam canções políticas” da resistência.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Alípio de Freitas: Música de Zeca Afonso



Zeca Afonso foi um combativo cantor e compositor português. Teve importante atuação no cenário da cultura popular do seu país. Fez esta canção em homenagem ao revolucionário Alípio de Freitas, que só tomou conhecimento dessa canção após ser libertado. Os dois conservaram grande amizade até a morte do cantor em 1987.

Para ver na íntegra a entrevista com Alípio de Freitas em AND clique AQUI

Descaso gera revoltas em Niterói e São Gonçalo

Rafael Gomes

Na noite do dia 15 de fevereiro os moradores de São Gonçalo e Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, bloquearam as pistas das rodovias Niterói-Manilha e Amaral Peixoto em protesto contra a falta de luz que já perdurava por dois na dias na região. A falta de luz ocorreu após o temporal que atingiu o Rio e cidades vizinhas no último domingo.

Às 22h, na Niterói-Manilha (BR-101), km 312, em São Gonçalo, os moradores do bairro Boa Vista ocuparam a pista sentido Itaboraí da rodovia e atearam fogo em pneus, galhos e móveis velhos.

Os moradores da região denunciam que várias localidades próximas estão sem energia há dias e que a Ampla (companhia que faz a distribuição da energia na região) não deu nenhum prazo para a solução do problema.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vídeo produzido por AND em celebração ao 8 de março

80% dos trabalhadores em educação do estado de SP em greve

Os professores e funcionários da rede estadual de ensino de São Paulo deflagraram greve no dia 8 de março.

Os trabalhadores em educação do estado de São Paulo reivindicam 34,3% de reajuste e protestam contra os 5 anos de congelamento salarial amargados desde 2005 pelas categorias em greve.

No último dia 12 de março, um grande protesto bloqueou os dois sentidos da Avenida Paulista. O sindicato dos trabalhadores em educação estima que a paralisação contou com uma adesão de 80% na primeira semana.

Novas assembléias e manifestações estão previstas e uma nova assembléia geral foi marcada para o dia 19 de março próximo, também na Avenida Paulista.

Ativistas da LCP são libertados após mais de 50 dias de prisão arbitrária

Após mais de 50 dias de prisão arbitrária os ativistas da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, Flávia Avelina e Wanderson Antônio foram soltos.

Flávia foi libertada no dia 6 de março último. No dia 9 de março, após audiência de instrução e julgamento, realizada na manhã do dia no fórum do município de Manga, no Norte de Minas, foi decretada a liberdade provisória de Wanderson.

Os dois foram recebidos na sede da Liga dos Camponeses pobres em Manga com muita festa e foguetório. Camponeses, trabalhadores da cidade e advogados comemoraram mais uma vitória contra a criminalização do movimento camponês.



Clique nos links para acompanhar as notícias desde a prisão arbitrária dos ativistas da LCP em 16 de janeiro último



Liberdade imediata para os nossos companheiros!



Perseguição e prisão política contra apoiadores da Liga dos Camponeses Pobres continua



Manifestação exige a libertação de Wanderson e Flávia

Porta-voz da luta dos camponeses pobres

A edição número 18 do jornal Resistência Camponesa já está disponível na íntegra na página da internet resistenciacamponesa.com



Trazendo notícias sobre o movimento camponês combativo, a luta pela destruição do latifúndio, a luta pela produção, contra a criminalização do movimento camponês, polêmicas, combate ao oportunismo, etc.



A Nova Democracia recomenda a leitura de Resistência Camponesa a todos aqueles que se interessam pela questão agrária e a luta pela terra em nosso país.





Clique AQUI ou na imagem para visualizar o PDF do jornal.