terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pela imediata punição dos assassinos do Companheiro Elias e pela desapropriação da Usina Utinga

Reproduzimos nota da Liga dos Camponeses Pobres do Nordeste

No dia 8 de dezembro, quarta-feira, às 17 horas, o companheiro Elias Francisco Santos da Silva foi assassinado dentro do Acampamento Lageiro, município de Messias (Alagoas) em terras da Usina Utinga. Foi um assassinato covarde e brutal, o companheiro foi morto com três tiros de escopeta, calibre 12, sendo um deles disparado contra seu rosto. Logo após o ataque, as famílias acampadas, com medo, abandonaram a área. A própria PM quando chegou ao local do crime foi recebida a tiros pelos assassinos que ainda estavam de tocaia na mata.

[nggallery id=6]

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Depois da invasão a diversão

Depois da cobertura espalhafatosa e bombástica que o monopólio dos meios de comunicação, particularmente sua facção dominante, deu à invasão do complexo do Alemão chegou a hora de mostrar que o rio está em paz e que tudo vai as mil maravilhas. Afinal é natal. Para tal montou-se um mega show de Roberto Carlos nas areias de Copacabana.

Desta vez coube a gerência municipal dar sua mostra de truculência, como tem feito com os camelôs e moradores de favelas, promoveu um “choque de ordem” no trânsito de Copacabana impedindo os carros de moradores de voltarem para casa. Foram pessoas doentes, mulheres grávidas, gente que chegava de viagem enfim não haviam exceções. Quer dizer isso não é bem verdade uma exceção foi aberta para um carro da tal facção dominante do monopólio dos meios de comunicação.

Veja o vídeo postado em http://ricardo-gama.blogspot.com/.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Não é só no Brasil que ser pobre é crime

p { margin-bottom: 0.21cm; }

Buenos Aires: O parque Indo americano de Vila Soldati, em Buenos Aires, vem sendo ocupado por inúmeras famílias, em sua maioria imigrantes paraguaios e bolivianos. Sem condições de conseguirem melhor moradia, proliferam as barracas de lona. Como é de praxe, os reacionários locais, como o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Marci, atribuem o problema à “imigração descontrolada” e a “organizações criminosas”.

A população resistiu a uma ordem judicial de desocupação e enfrentou as polícias Federal e Metropolitana. Como também é costumeiro, o discurso fascista acaba conquistando uma parcela significativa da pequena burguesia, apavorada com sua própria decadência. Vimos isso no Rio e em Buenos Aires moradores dos bairros próximos resolveram expulsar, por conta própria, os ocupantes, também entrando em confronto com estes.

No saldo, três mortos, sendo um a tiros e, entre os feridos, vários baleados, todos entre os ocupantes do parque. E como também é padrão, a “justiça” abre um inquérito para verificar se as balas partiram de policiais ou de algum extraterrestre de passagem no local. As imagens de TV mostram a Polícia Federal agredindo um sem teto no chão.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Vera Mallaguti sobre o Rio de Janeiro e Segurança Pública: ‘Não sei se é fascismo ou farsismo’





Por Gabriel Brito e Valéria Nader
Correio da Cidadania




Após mais uma onda de violência na cidade do Rio, o Brasil se deparou com um espetáculo deprimente de suas mazelas sociais e humanas. Após traficantes desceram ao asfalto, promovendo assaltos e queima de veículos, por razões ainda pouco esclarecidas, novamente a cidade se viu em pânico. Situação inflada pela cobertura espetacularizada da grande mídia, que por sua vez endossa sem parar as políticas fracassadas de mera repressão à ponta pobre do tráfico, isto é, nos morros.

Em entrevista ao Correio da Cidadania, a socióloga Vera Malaguti, secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC), criticou duramente os governos estadual e federal, especialmente em relação à entrada das forças armadas na questão, de legalidade questionável. "Tudo é ilegal aqui. Estamos vivendo em regime de exceção", afirmou, referindo-se também às violências cometidas contra moradores inocentes das áreas invadidas pelas forças oficiais.

Para ela, tal processo é parte de uma política de ocupação de áreas pobres, idealizada pelos EUA há décadas, que visa também garantir um controle militarizado da vida das pessoas, além de abrir caminho para "os negócios transnacionais e olímpicos".

O jornalismo veste a camisa

Por Sylvia Moretzsohn
Publicado no Observatório da Imprensa


Quando recebeu, no início de novembro, um prêmio de telejornalismo pelas entrevistas com os generais Leônidas Pires Gonçalves e Newton Cruz sobre os bastidores da ditadura no Brasil, Geneton Moraes Neto escreveu uma "pequena carta aos que gastam sola de sapato fazendo jornalismo" em que afirmava: "Fazer jornalismo é produzir memória". E concluía com a seguinte definição:


"Fazer jornalismo é desconfiar, sempre, sempre e sempre. A lição de um editor inglês vale para todos: toda vez que estiver ouvindo um personagem – seja ele um delegado de polícia, um praticante de ioga ou um astro da música – pergunte sempre a si mesmo, intimamente: por que será que estes bastardos estão mentindo para mim?"

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Perú: Novo ataque a helicóptero deixa três feridos em Ayacucho.

Com informações de Dazibao Rojo

Lima, 17/12/2010
No que o monopólio dos meios de comunicação de Lima classifica como “ofensiva do Sendero” notificou-se um novo ataque da guerrilha comunista a um helicóptero do exército na zona de Pichari, Ayacucho.

O Aparato de fabricação russa MI-17 realizava, segundo fontes militares, uma missão de patrulha e caiu em uma emboscada do Exército Popular de Libertação. Três efetivos militares foram feridos, o capitão Chistian Gastellú Paredes, o técnico superior Julio Sotelo Rubina e o técnico de segunda Marlon Palacio Huaraca. A aeronave se retirou, tendo sido alvejada várias vezes.

Esta nova ação se soma ao recente enfrentamento no alto Huallaga onde foram feridos outros três militares, entre os quais outro capitão, quando protegiam um grupo de erradicadores em Tocache.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Greve geral, manifestações e novos confrontos na Grécia

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Atenas ontem, 14 de dezembro, atendendo ao chamado de greve geral de 24 horas, convocada pelos sindicatos, contra o “plano de austeridade” imposto pelo governo “socialista”.

Tais medidas foram impostas pela zona do euro, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que emprestaram à Grécia US$ 110 bilhões de euros há nove meses em troca de severas mudanças na economia, para tentar refrear as manifestações da crise geral do capitalismo naquele país. Obviamente trata-se de austeridade para o povo e lucro para os bancos.

Os enfrentamentos ocorreram nas proximidades do Parlamento grego e a população, armada de pedras e coquetéis Molotov, enfrentou a repressão policial entoando palavras de ordem como: “Ladrões! Ladrões! Devolvam o dinheiro do povo!” “Papandreou (nome do primeiro ministro), o povo não te quer! Saia do país!”.

Segundo afirmou Stathis Anestis, porta-voz do sindicato GSEE, a greve paralisou quase totalmente as refinarias, estaleiros, portos, o setor energético e várias indústrias. Em empresas e Bancos semi-estatais a participação na greve foi de 90%.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Libertar Mumia!

Relatório da manifestação em Londres, em 09/11/2010 (escrito pelos organziadores)

Em 9 de Novembro passado, os apoiadores do “Combater o Racismo! Lutar contra o Imperialismo”! de Londres, juntaram-se à Campanha de Defesa de Mumia Abu Jamal, à Liga Socialista George Jackson, ao Partido Popular Socialista Africano e outros grupos no combativo protesto em frente à embaixada do USA em Londres.

A manifestação fazia parte de uma movimento global no dia em que equipe de advogados de Mumia apresentou uma sustentação oral perante o Terceiro (Circuito)Tribunal de Apelação do USA, na Filadélfia. Outras manifestações ocorreram na Alemanha, França, também nos Estados Unidos e outros países.

Mumia Abu Jamal é um jornalista revolucionário, que foi membro fundador da seção da Filadélfia do Partido dos Panteras Negras. Ele ganhou reputação como a "voz dos sem voz", dando cobertura e solidariedade às lutas das pessoas pobres e oprimidas de todo o mundo, especialmente, por sua cobertura do bombardeio feito pelo departamento de polícia de Filadélfia, em 1985, do complexo onde os membros da organização MOVE estavam vivendo .

Ele, Mumia, foi condenado à morte pelo assassinato do policial Daniel Faulkner, da Filadélfia, em um julgamento abertamente racista, com supressão de provas vitais, mudança das declarações de testemunhas e ameaças de morte contra a equipe de defesa. Mumia foi condenado por um crime que não cometeu!

Um locutor do “Combater o Racismo! Lutar contra o Imperialismo!” falou sobre o caráter racista do Estado imperialista, da luta de Mumia, e da luta dos republicanos irlandeses, negros e povos muçulmanos contra a polícia racista britânica e o sistema carcerário. Cânticos e músicas dos apoiadores da campanha de Mumia Abu Jamal garantiram que a manifestação fosse animada e fez sentir a sua ativa presença.

Combater o racismo! Lutar contra o imperialismo!” ofereceu o seu apoio total à Mumia, e continuará a trabalhar para evitar o seu assassinato pelas mãos do imperialismo  norte-americano.
Agradecemos pela reportagem do “Combater o racismo! Lutar contra o imperialismo!
Há também vídeo sobre a demonstração:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

100 anos de Noel Rosa

Leonardo Gaudio


Em 11 de Dezembro de 1910, em Vila Isabel nascia Noel de Medeiros Rosa, popularmente conhecido com Noel Rosa. Foi iniciado na música por sua mãe, Dona Martha, quando essa lhe ensinou a tocar bandolim. Verdadeiro amante da música, começou suas composições com influências da música nordestina que ia se popularizando no Rio de Janeiro no fim dos anos 20. Chegou a tocar músicas sertanejas até chegar ao samba. Compôs músicas como a conhecida Com que roupa, que era um retrato da miséria que os mais pobres passavam naquela época e é tocada e cantada pelos músicos populares até hoje, para relembrar aquele que foi considerado o primeiro poeta do samba.




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Violência no Rio e tráfico como justificativa para execuções em massa

Os Estado brasileiro tenta legitimar as últimas ofensivas de guerra nos morros cariocas através da justificativa de combate ao tráfico de drogas. As autoridades dizem que o grande mal que assola o Rio de Janeiro é o alto índice de violência, roubos, assaltos e que tudo isso ocorre por causa do tráfico.

Os monopólios de imprensa, em uma demonstração de incondicional apoio a ação, tentam a todo custo levar a opinião pública a acreditar que jovens de 15, 16 anos ou recém-saídos da adolescência têm capacidade e logística suficiente para levarem as drogas sozinhos até as favelas, se abastecerem sozinhos com armas de uso exclusivo das forças armadas, enfim organizarem todo o tráfico.


Greve na Unifesp: Por melhores condições de ensino*

Comitê de apoio a AND em São Paulo


Em setembro de 2010, estudantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) campus Baixada Santista (Cidade de Santos, litoral de São Paulo) iniciou uma campanha pela permanência estudantil e no dia 30 do mesmo mês realizaram um ato, entregando um manifesto de reivindicações à direção.

Como já era de se esperar a resposta não foi satisfatória e no dia 06 de outubro em assembleia, os estudantes deflagraram greve tendo como principais reivindicações:

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sem-terra é morto a tiros em Alagoas

SÍLVIA FREIRE
FOLHA DE SÃO PAULO


Um coordenador da LCP (Liga dos Camponeses Pobres) em Alagoas foi morto a tiros na tarde de ontem em um acampamento de sem-terra no município de Messias (38 km de Maceió).


Elias Francisco Santos da Silva, 31, foi atingido por disparos vindos de uma mata próxima ao local, segundo integrantes do movimento. Ele morreu no local. O agricultor deixou mulher e seis filhos.


A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a morte. Ninguém foi preso até o início da tarde desta quinta-feira (9).


Cerca de 80 famílias ligadas à LCP estão acampadas no local há aproximadamente um ano. A área pertence à usina Utinga Leão, que, segundo integrantes do movimento, já obteve na Justiça a reintegração de posse da área. A saída das famílias está sendo negociada.


Segundo Ana da Silva, coordenadora da LCP, algumas famílias já deixaram o acampamento com medo de novos ataques.


Além da LCP, há na área pertencente à usina três acampamentos da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e outros do MTL (Movimento Trabalho, Luta e Liberdade).


No ano passado, a Utinga Leão, alegando passar por crise financeira, reduziu a produção e deixou de pagar salários aos trabalhadores. O governo do Estado chegou a distribuir cesta básicas aos funcionários


Foto do Enterro de Elias Francisco Santos da Silva - Fonte Boca de Caera - Colaborador de AND em Alagoas


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Blog do AND de casa nova

Comunicamos a mudança de endereço do blog do Jornal A Nova Democracia para http://blog.anovademocracia.com.br. Solicitamos a nossos seguidores que se recadastrem no novo blog.

Entrevista exclusiva com pastor que teve a casa saqueada por policiais

O desabafo de uma vítima

da polícia na Vila Cruzeiro


Nota de Patrick Granja, publicada no BLOG do jornal A Nova Democracia










Imagem da entrevista de Ronai ao jornal Correio Brasiliense

No sábado, dia 4 de dezembro, a equipe de reportagem de AND esteve na casa do pastor e morador da Vila Cruzeiro, Ronai Braga, de 32 anos, que como mostra um vídeo feito pelos repórteres do jornal Correio Brasiliense, teve a sua casa invadida, revirada, depredada e saqueada por policiais durante a mega-operação militar das tropas do Estado reacionário nos complexo de favelas da Penha e do Alemão.


Em entrevista exclusiva, Ronai falou do momento em que percebeu que sua casa havia sido invadida e relatou o seu sentimento de revolta e indignação. A esposa de Ronai, a todo o momento, chorava e interrompia a entrevista para extravasar toda a sua frustração. Isso porque os 31 mil que Ronai economizou durante 8 anos, seriam gastos com uma nova moradia, financiada pela Caixa Econômica Federal, fora da Vila Cruzeiro, pois segundo o pastor, “a região não é um bom ambiente para se criar filhos”.

As pessoas que dizem que eu sou bandido, que esse dinheiro era do tráfico, não sabem o que é você estar agarrado a um sonho, estar com ele em suas mãos e, de repente, ir tudo por água abaixo. Trabalhar e lutar pelo seu sonho e, em um instante, tudo desaparecer. È a maior dor que um ser humano pode sentir — lamenta.



Acompanhada de um membro do Conselho Popular do Complexo do Alemão e de um representante da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, nossa equipe fotografou os documentos que comprovam a origem do dinheiro roubado pelos policiais e as evidências de que as tropas invasoras sabiam que Ronai não era ligado ao tráfico, como seus ternos de pastor, bíblias e seus documentos que estavam em cima da mesa, mas mesmo assim roubaram seu dinheiro e destruíram a sua casa.

Meu filho mais velho tem 9 anos e veio me perguntar ‘papai, foram os policiais que fizeram isso?’. O que eu vou dizer para ele? Sempre ensinei meu filho a ser honesto. Outro dia ele chegou em casa com a borracha de um coleguinha do colégio e eu dei uma bronca nele por ter pedido emprestado e não ter devolvido. Agora a polícia vem aqui e faz isso? O que eu vou dizer pra ele? O que ele vai ficar pensando do Estado e da polícia? — pergunta Ronai.



Imagens da documentação que comprova a origem do dinheiro roubado:





Crescem denúncias de abusos de policiais no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro

Moradores denunciam abuso policial no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
Depoimentos colhidos por Patrick Granja no local.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Julian Assange é preso na Suécia


Leonardo Gaudio


Julian Assange, fundador do Wikileaks, site que divulgava documentos secretos sobre a agressão ianque contra os povos do mundo foi preso. O Wikileaks revelou documentos importantes da agressão contra o Iraque e Afeganistão e ainda sobre Guantânamo, e revelou mais de 250 mil correspondências diplomáticas ianques.
Descaradamente visando encobrir a motivação política da perseguição contra Julian Assange, desqualificando-o, a Interpol emitiu ordem de prisão “por suspeita de estupro e agressão sexual”.

A perseguição torna-se ainda mais clara quando o banco suíço no qual o Wikileaks abriu uma conta para arrecadar fundos para a defesa de seu fundador, simplesmente cancelou a conta alegando que recebeu informações falsas do correntista.

Kristinn Hrafnsson porta-voz do wikileaks avisou que o trabalho de divulgação dos documentos secretos continuará, dizendo ainda que qualquer desenvolvimento relacionado com Julian Assange não vão mudar os planos que temos em relação às publicações de hoje e nos próximos dias.

Disse ainda que o site será mantido por um grupo em Londres e em outros locais.

Dentre os milhares de documentos divulgados existe um que fala da aprazível cidade mineira de Araxá, conhecida nacionalmente por seus doces e internacionalmente por concentrar 75% da produção mundial de nióbio que tem como uma de suas utilizações principais o processo de enriquecimento de urânio. Segundo o documento divulgado pelo Wikileaks o impérium afirma que um ataque contra este local afetaria a segurança do USA. Ou seja Se acham no direto de “proteger” um recurso mineral que, em tese, nem deles é. Não é por acaso que vale tudo para impedir a divulgação destes documentos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dilma quer espalhar terror fascista pelo país inteiro


A gerente recém-eleita, empolgada com a operação no Complexo do Alemão, afirmou que tudo foi apenas um laboratório e que a “experiência” deve ser ampliada. Colocar a Marinha para patrulhar a Bahia de Guanabara, comprar aviões de configuração conhecida como COIN (contrainsurgência) para “patrulhar fronteiras”, usar as forças armadas para “livrar outras comunidades do tráfico”, foram alguns dos temas debatidos no conclave fascista que reuniu na segunda-feira, 29 de novembro, além de Roussef, o ex Libelú e futuro chefe da casa civil, Antônio Palocci, o governador e o vice do Rio.
Na avaliação do vice-governador, a convergência pela repressão é benéfica para as forças armadas, porque elas são criticadas por estarem “ajudando” no Haiti e não no Brasil. Sem dúvida, existem críticas à participação do Brasil na invasão ao Haiti, cujo único objetivo é liberar soldados ianques para atuarem no Iraque e no Afeganistão. Mas quase ninguém quer tornar o Brasil um novo Haiti.
Já Luiz Inácio, no apagar das luzes de sua gerência, afirma, ao estilo de seus chefes do norte, “(As Tropas) vão ficar o tempo que for necessário para garantirmos a paz”. Ou seja, ficarão por muito tempo, já que com o aprofundamento da crise e a falta de perspectivas oferecidas pelo oportunismo será inevitável o acirramento da revolta popular. Ai restará aos governantes tachar todos de traficantes.
Um fato merece ainda destaque, os blindados da Marinha voltaram a circular, agora com jornalistas do monopólio dos meios de comunicação, particularmente de sua facção hegemônica. Tudo para sentirem o clima da ação. É o “bonde da contrapropaganda”.