O desabafo de uma vítima
da polícia na Vila Cruzeiro
Nota de Patrick Granja, publicada no BLOG do jornal A Nova Democracia
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Imagem da entrevista de Ronai ao jornal Correio Brasiliense |
No sábado, dia 4 de dezembro, a equipe de reportagem de AND esteve na casa do pastor e morador da Vila Cruzeiro, Ronai Braga, de 32 anos, que como mostra um vídeo feito pelos repórteres do jornal Correio Brasiliense, teve a sua casa invadida, revirada, depredada e saqueada por policiais durante a mega-operação militar das tropas do Estado reacionário nos complexo de favelas da Penha e do Alemão.
Em entrevista exclusiva, Ronai falou do momento em que percebeu que sua casa havia sido invadida e relatou o seu sentimento de revolta e indignação. A esposa de Ronai, a todo o momento, chorava e interrompia a entrevista para extravasar toda a sua frustração. Isso porque os 31 mil que Ronai economizou durante 8 anos, seriam gastos com uma nova moradia, financiada pela Caixa Econômica Federal, fora da Vila Cruzeiro, pois segundo o pastor, “a região não é um bom ambiente para se criar filhos”.
— As pessoas que dizem que eu sou bandido, que esse dinheiro era do tráfico, não sabem o que é você estar agarrado a um sonho, estar com ele em suas mãos e, de repente, ir tudo por água abaixo. Trabalhar e lutar pelo seu sonho e, em um instante, tudo desaparecer. È a maior dor que um ser humano pode sentir — lamenta.
Acompanhada de um membro do Conselho Popular do Complexo do Alemão e de um representante da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, nossa equipe fotografou os documentos que comprovam a origem do dinheiro roubado pelos policiais e as evidências de que as tropas invasoras sabiam que Ronai não era ligado ao tráfico, como seus ternos de pastor, bíblias e seus documentos que estavam em cima da mesa, mas mesmo assim roubaram seu dinheiro e destruíram a sua casa.
— Meu filho mais velho tem 9 anos e veio me perguntar ‘papai, foram os policiais que fizeram isso?’. O que eu vou dizer para ele? Sempre ensinei meu filho a ser honesto. Outro dia ele chegou em casa com a borracha de um coleguinha do colégio e eu dei uma bronca nele por ter pedido emprestado e não ter devolvido. Agora a polícia vem aqui e faz isso? O que eu vou dizer pra ele? O que ele vai ficar pensando do Estado e da polícia? — pergunta Ronai.
3 comentários:
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