quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ITÁLIA: Berlusconi é recebido da devida maneira em Milão

Rafael Gomes

O primeiro-ministro e principal figura do fascismo italiano nos dias atuais, foi agredido após participar de um comício em Milão, norte da Itália, no último domingo (13/12).

O monopólio da comunicação daquele país logo se apressou em dizer que o agressor Massimo Tartaglia, 42 anos, sem nenhuma passagem pela polícia, passa por um “tratamento psiquiátrico” há dez anos, na tentativa de mostrá-lo como “maluco” ou algo parecido.

O fato é que essa atitude, que contou com repercussão internacional no monopólio das comunicações, foi uma resposta, mesmo que isolada, ao criador das “patrulhas de cidadãos” para perseguir imigrantes que vivem na Itália, bem como o mandante da repressão desgovernada às organizações populares.

ARGENTINA: Estudantes entram em confronto com a polícia e exigem democracia na universidade

Rafael Gomes

Estudantes da Universidade de Buenos Aires (UBA), a maior da Argentina, foram as ruas da capital protestar contra a reeleição do reitor Rubén Hallú. Os universitários, convocados pela Federação Universitária de Buenos Aires (FUBA), tentaram invadir o prédio do Congresso Nacional, onde estava sendo realizada assembléia para eleger o novo reitor.

Os estudantes alegam que a Assembléia Estudantil da UBA é antidemocrática e, portanto, não se vêem representados por ela que, apesar de contar com votos estudantis, não lhes dá expressão no momento das decisões. Por este motivo, a FUBA exige a suspensão do atual reitor, por considerar sua reeleição ilegítima.

Ao tentarem invadir o prédio do Congresso, a polícia argentina abusou de sua costumeira truculência contra protestos populares utilizando jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, e foi respondida com paus e pedras pelos manifestantes. Segundo dados divulgados pela imprensa argentina, os enfrentamentos duraram uma hora e não foi registrado número de manifestantes detidos.

Os estudantes da UBA exigem a anulação das eleições e democracia na universidade.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Obama é pior que Bush

Ao fazer a defesa da guerra justa no ato de entrega do Nobel da Paz Obama mostra ao mundo quem realmente ele é. Este Obama que agora também se recusa a assinar o Protocolo de Kioto e que apoiou o Golpe em Honduras é o verdadeiro Obama. O Obama da campanha eleitoral era um farsante, um engana trouxa. Neste sentido ele é pior do que Bush, que manteve o seu discurso do começo ao fim e com o qual ninguém se enganou.

O discurso de Obama confirma o que o AND tem repetido em suas páginas quanto ao caráter de classe de conceitos como paz, justiça, moral e democracia.

Para o imperialismo a paz que lhe interessa é a paz dos cemitérios; a justiça é a que favorece aos seus interesses mesquinhos e do lucro máximo; a moral é a que justifica suas atrocidades e sua rapina; e a democracia é o direito de uma minoria exploradora submeter e dominar a maioria.

Confirma também que só a violência revolucionária organizada e dirigida contra o imperialismo poderá estabelecer a paz derradeira sobre o planeta. Isto desmistifica todo o pacifismo babaca que não consegue enxergar o caráter de classe da violência, tornando-se pois conivente com a violência das classes e países dominantes.

Devemos, assim, interpretar a entrega do Nobel da Paz a Obama como o certificado de satrapia dos senhores da guerra e dos monopólios do USA.

Camponeses torturados e assassinados em Buritis

Repercutindo grave denúncia da Liga dos Camponeses Pobres

Jaru, a 10 de Dezembro de 2009


Elcio (esq) e Gilson (dir. em destaque): Brutalmente torturados
e assassinados a mando do latifúndio em RO


No dia 9 de dezembro as 14:00 horas dois coordenadores da LCP/RO foram seqüestrados por pistoleiros na estrada que liga o acampamento Rio Alto a cidade de Buritis. Os coordenadores Elcio Machado (Sabiá) e Gilson Gonçalves foram torturados com requintes de crueldade tendo suas unhas arrancadas e também pedaços de pele do corpo, em seguida ambos foram assassinados. No mesmo dia de manhã outros dois camponeses já haviam sido perseguidos na mesma estrada.

Clique AQUI para ver nota completa no site resistenciacamponesa.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Novos protestos em Atenas um ano após assassinato de jovem

Há um ano, o jovem Alexis Grigoropoulos, de 15 anos, foi assassinado por policiais, gerando uma onda gigantesca de protestos em toda a Grécia, principalmente na capital Atenas.

Na primeira semana de dezembro último, quando se completou um ano desses protestos, novamente milhares de jovens foram às ruas e enfrentaram a polícia. Dezenas de pessoas foram detidas, o que não intimidou os manifestantes.

Fachadas de bancos foram destruídas, barricadas foram erguidas. Trabalhadores se uniram aos estudantes. Escolas e universidades foram ocupadas para resgatar a memória do jovem assassinado. Os manifestantes somaram às suas palavras de ordem a luta contra o desemprego e a luta contra a violência do Estado policial.



Cavalaria até mesmo para os apêndices do velho Estado

Na última quinta-feira, dia 9 de dezembro, a Polícia Federal lançou a cavalaria contra o protesto eleitoreiro das juventudes de PSOL, PSTU, PT entre outras legendas em Brasília, dissolvendo a manifestação com balas, cassetetes, à pata de cavalo e gás de pimenta. Foi a resposta do Estado àqueles que se mordem e se arranham na disputa por suas migalhas.

Quando se revela a ponta do iceberg do assalto diário cometido pelos partidos eleitoreiros e políticos profissionais, os grupos de poder em incessante movimento de pugna e conluio se movimentam já de olho em 2010. Todos os palhaços sobem ao picadeiro para resolver quais serão as estrelas do velho circo eleitoral. “Situação”e “oposição” preparam seus dossiês e gravações.

Os oportunistas, esquecendo-se que estão envolvidos em toda essa sujeira e comprometidos até o pescoço com o Estado, pregam a “transparência” em meio à imundície.

E para que o oportunismo não se esqueça que seu papel é servir ao capitalismo burocrático e desviar a luta das massas para a via eleitoreira, a cavalaria e a ação truculenta da polícia demonstraram que não se deve alimentar ilusões com este Estado.

RJ e SP: as polícias mais letais do mundo

A ONG ianque Human Rigths Watch publicou recentemente um relatório denominado “Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo”. Dados apurados ao longo de dez anos revelaram um pouquinho do que as massas pobres e trabalhadoras do Rio de Janeiro e São Paulo sentem na pele todos os dias.

De acordo com o relatório, em 2008 a cada 23 pessoas presas no Rio foi registrada uma morte em “auto de resistência”. Em São Paulo, no mesmo período, foram 348 prisões para cada morte.

Ainda em 2008, a polícia do Rio matou 1.137 pessoas; a de São Paulo, 397. A ONG ianque faz uma comparação com a polícia do USA que matou, em um ano, 371 pessoas em todo o país. Mas isso também não diz muita coisa, pois os iaques mantém, proporcionalmente, a maior população carcerária do mundo.

O relatório contabilizou mais de 11 mil casos de “resistência seguida de morte” no Rio e em São Paulo, desde 2003, e aponta para que grande parte deles sejam execuções sumárias.

O relatório ainda destaca a impunidade para os policiais assassinos, que raramente são levados à justiça. Fernando Delgado, autor dos estudos ainda aponta que em muitos casos de execuções, o cenário dos crimes cometidos por policiais são montados de forma a simular confrontos que nunca existiram para justificar os assassinatos.

E esses, ressaltamos, são dados de uma pesquisa realizada pelos ianques, que certamente não retrata a matança diária de pobres no Rio e em São Paulo.

Bope nas favelas do RJ: Mais um capítulo do genocídio olímpico

Primeiro a prefeitura de Eduardo Paes anunciou a regularização de casas nas favelas de Copacabana e Ipanema. O que para as classes dominantes e demagogos de plantão foi anunciado como “cidadania” para os pobres, para os moradores das favelas significa o aumento do controle do Estado e a expansão da porta de entrada para as forças de repressão.

Com a titulação das casas nas favelas vêm os impostos abusivos. Com essa política a prefeitura e o governo estadual pretendem, principalmente, impulsionar a valorização dos terrenos e o consequente requentamento da especulação imobiliária naquela região. Tudo parte do recente plano olímpico e do antigo plano da burguesia de expulsar os pobres daquela área considerada “nobre”.

Assim, no final de novembro, o Bope invadiu os morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo em Copacabana para impor a implantação das unidades “pacificadoras” da polícia naqueles morros.

Não é necessário detalhar como se deu a ação do Bope. Basta recordar que saltaram de paraquedas no alto do morro no início da madrugada, desceram como numa caçada confrontando com os grupos de contenção armada do tráfico varejista, aterrorizaram a comunidade provocando o fechamento de escolas e do comércio.

O saldo no dia seguinte era de um morto e a população, amedrontada, em silêncio.

O próximo passo foi no dia 4 de dezembro, quando a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) derrubou 13 barracas de camelôs na ladeira Saint Roman, na subida do Pavão-Pavãozinho. A repressão também recaiu sobre um ponto de mototáxi, uma das únicas formas de transporte para os moradores subirem até suas moradias na parte alta do morro.



Após a invasão da PM nos morros de Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, ainda foram noticiadas apreensões de armas e supostas ações de resposta do “tráfico” com a queima de um ônibus e a explosão de uma bomba caseira e uma movimentada rua de Copacabana.

Após mais essa invasão de favelas, o governo Cabral anunciou pomposamente a contratação de Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova Iorque (USA) para dar “assessoria em segurança pública”. O criador da política de “Tolerância Zero” agora dará o tom da matança de pobres no Rio de Janeiro.

Pacificar as favelas, para as classes dominantes, é intensificar o genocídio, expulsar os pobres da vizinhança dos ricos, perpetuar o terror de Estado.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Rudolph Giuliani é o mais novo "contratado" de Cabral

A política de criminalização da pobreza implementada no Rio de Janeiro há anos vai ganhando contornos dramáticos à medida que se aproximam a Copa do Mundo e a Olimpíadas de 2016. Tais eventos, festejados pelas classes reacionárias são a desculpa para a “limpeza” da cidade – segregação e extermínio das populações pobres.

A última novidade, anunciada como se fosse a retirada de um coelho de uma cartola, foi a contratação do tristemente célebre Rudolph Giuliani para dar “assessoria em segurança pública” ao estado do Rio de Janeiro. Giuliani se notabilizou pela aplicação da política genocida de “Tolerância Zero” - segregação, monitoramento, encarceramento e morte - na cidade de Nova Iorque, governada por ele entre 1994 e 2002.

Giuliani se soma aos esforços já conjugados de Luiz Inácio, Cabral e Paes na sua guerra infinita contra o povo para garantir à grande burguesia e ao imperialismo o lucro máximo aos investimentos na cidade.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais uma vez a abominável PM de Cabral

Dois PMs foram presos acusados de sequestrar, tentar extorquir, estuprar e quase matar uma jovem vendedora de 21 anos no Rio de Janeiro.

Esse crime hediondo foi cometido na noite de sexta-feira (27 de novembro), na Zona Norte do Rio, quando a jovem deixava o Morro de São Carlos, por volta das 22h. Ela foi abordada pelos policiais do 1º BPM e, segundo seu próprio relato, foi obrigada a entrar no veículo.

A jovem ainda contou que foi obrigada a dar dinheiro aos policiais como condição para ser posta em liberdade.

Após entregar R$ 1,7 mil que tinha na bolsa, ela foi levada pelos PMs até a Estrada das Paineiras, onde foi molestada sexualmente pelos criminosos e baleada no rosto. Após sofrer o disparo, a jovem despencou numa ribanceira de nove metros de altura.

Concluído seu crime covarde, os dois policiais fugiram abandonando a jovem no local.

A vítima foi socorrida por um ciclista e levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Após seu atendimento, ela fez a denúncia contra os dois Pms.

Mais uma ação criminosa da abominável PM de Cabral. Mais uma vez a desculpa de “desvio de conduta”.

Mais uma vez o povo pobre sofre nas mãos de criminosos fardados.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Piores consequências das chuva recaem sobre os pobres

Mortes, “apagão”, enchentes, desabrigados

O monopólio das comunicações esfrega as mãos satisfeito ao noticiar falhas no sistema de transmissão de energia. As classes reacionárias regozijam atacando a atual gerência oportunista do velho Estado. Pregando como monges, fingem que o passado não existe e agem como se não fizessem todos, da “situação” à “oposição”, parte do mesmo velho e apodrecido Estado.

O quadro de putrefação é tamanho que presenciamos situações tragicômicas como o coro afinado do DEM, PSDB e PSOL, a direita e o palavrório trotskista unidos na “oposição” vociferando investigações e exigindo soluções.

E enquanto as classes dominantes trocam farpas e especulações, o povo pobre paga caro pelo descaso. As massas, sem luz, com suas moradias e poucos pertences arruinados pelas chuvas, são esquecidas durante as rusgas pelo butim das migalhas do velho Estado.



Baixada Fluminense - RJ

Mortes e descaso

Primeiramente foram as inundações da região da Baixada Fluminense (Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçú, etc.) que, na primeira quinzena de novembro, desalojaram centenas de famílias, destruiu todos os seus pertences. Em Duque de Caxias, pelo menos três pessoas morreram em consequência das fortes chuvas. A enchente ilhou áreas inteiras da cidade, provocando uma situação desesperadora para milhares de pessoas que passaram dias tentando recuperar seus poucos bens em um quadro de total abandono e descaso por parte governos.

Em Nova Iguaçu três pessoas da mesma família morreram após um deslizamento de terra que soterrou a casa onde moravam no Morro da Biquinha: o guardador de piscina José Severino de Frias, de 48 anos, e seus dois filhos, Marilson José de Frias, de 22, e Jenifer Maria da Silva Frias, de 15.



Região
dos Lagos – RJ

Protesto incendeia carro de prestadora de energia elétrica

No último dia 20, após mais uma queda de energia, um carro da Ampla, concessionária de energia elétrica prestadora de serviços na Região dos Lagos - RJ, foi incendiado durante um protesto contra falta de luz na Praia Rasa, em Búzios.

Durante o protesto, a população revoltada denunciou que o corte de fornecimento de energia é coisa frequente na região. Moradores do local denunciam que sempre em períodos de alta temporada, com grande presença de turistas, principalmente estrangeiros, o fornecimento de luz dos bairros pobres e das periferias é cortado e redirecionado para as regiões dos hotéis e regiões onde se concentram bares e restaurantes da burguesia.



Região Sul – RS e SC

Mortes, destruição e mais de 1.500 desabrigados

No último final de semana (dias 21 e 22 de novembro), em decorrência das fortes chuvas, a população do Rio Grande do Sul e Santa Catarina ficou às escuras.

Ventos fortes e temporais assolaram o litoral sul de Santa Catarina, bem como o meio-oeste e a região da Grande Florianópolis.

Nesse mesmo período, sete pessoas morreram após as tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul. Ocorreram duas mortes em Canoas, duas em Porto Alegre, uma em Capivari do Sul, uma em Cidreira e uma em Candelária. O número de desabrigados passou dos 1.500 em todo o estado. Segundo estimativas da Defesa Civil. Cerca de 15 mil pessoas ficaram desalojadas.

Universidade ocupada em Berkeley - USA

Estudantes ocupam prédios da Universidade contra taxas abusivas e corte de verbas

Alunos de diversos cursos da Universidade da Califórnia - Campus Berkeley, protestaram contra o aumento abusivo de 32% nas taxas da universidade. A manifestação se radicalizou quando seguranças da universidade tentaram reprimir o protesto.

Durante o protesto os estudantes denunciaram cortes no orçamento da universidade que podem resultar na demissão de 900 funcionários.



Fotos: AP

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A arte de Latuff a serviço do povo

Latuff escreve e declama em vídeo

TRIBUTO AO CAMPONÊS
Carlos Latuff

Surge na paisagem
um camponês de passagem
fitando a fazenda sem fim.

Em seu peito não há paz
É sua convicção que o faz
caminhar decidido assim.

Pra que você entenda
o ódio dele pela fazenda
só sendo pobre enfim.

Solitário, o lavrador avança.
Um cavaleiro contra o castelo
tendo a foice como lança.

Os pistoleiros acham graça
enquanto deslizam cartuchos
pros seus rifles de caça.

Mas o camponês não estava sozinho.
Do horizonte que parecia deserto,
mais pessoas a caminho.

O sorriso do capataz,
agora então se desfaz.

O ímpeto do povo
que derrubou grades e portões,
fez cair também
os jagunços valentões.

Chega a polícia e seus pelotões
cujas fardas camufladas
só não camuflam as intenções.

Mas o camponês que enfrenta
malária e onça parda,
não tem medo de bicho
nem de jagunço de farda.

A terra que antes fôra
prostituída pelo fazendeiro,
volta agora as mãos do povo
seu destino verdadeiro.

Dela agora brotam lares
alimentos e esperança.
Porque não é questão de esperar,
quem luta é quem sempre alcança.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Latuff denuncia choque de ordem no RJ

Foto publicada no site do cartunista Latuff denuncia ação da Guarda Municipal no centro do Rio de Janeiro em 11 de novembro último.

clique na imagem para ampliar

Clique no link para visitar o site de Latuff http://latuff2.deviantart.com/

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lacaios recebem sionista Shimon Peres

A visita do sionista e representante do Estado fascista de Israel Shimon Peres pode ser motivo de alegria para as classes dominantes e os lacaios do imperialismo, mas com certeza desagrada o povo brasileiro. Shimon Peres, que diz ter vindo ao Brasil com uma agenda econômica, trouxe consigo quatro dezenas de grandes especuladores sionistas que aproveitaram a empreitada para “tratar de negócios”.

Assim, o representante do Estado fascista de Israel foi recebido pelo gerente de turno Luiz Inácio já com outras reuniões previstas em São Paulo e Rio de Janeiro.

Cumprindo seu papel de galgo do imperialismo ianque, de passagem por São Paulo após reunião com os grandes burgueses da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP no último dia 12 de novembro, além de atacar Mahmoud Ahmadinejad?, presidente do Irã, aventurou-se a cacarejar sobre assuntos de outros países, criticando Hugo Chávez dizendo que deve mudar sua conduta, "pois o mundo não vai seguir o seu exemplo". E sobre a possibilidade de adesão da Venezuela ao Mercosul, com quem os sionistas pretendem estabelecer relações bilaterais, diz que a Venezuela deveria ter uma postura “de cooperação, e não de ódio”. Isso porque a Venezuela e seu gerente oportunista Hugo Chávez apenas vez ou outra praticam alguma manobra publicitária com discurso anti-ianque.

Quem é Shimon Peres

Não foi somente Obama o agraciado com o nobel da paz pelos seus préstimos em assassinar milhares de pessoas no Oriente Médio e em todo o Mundo. Em 1994, Shimon Peres recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo empenho em “tentar encerrar os conflitos entre Israel e Palestina”!

O partido de Shimon Peres é o Kadima, um partido sionista fundado por Ariel Sharon, que comandou os massacres de Sabra e Chatila no Líbano em 1982 assassinando milhares de pessoas e organizou a sangrenta repressão à segunda Intifada do povo palestino em 2000, quando ele mesmo a havia provocado.

Ele foi primeiro-ministro de Israel nos períodos de 1984 a 1986 e 1995 a 1996. Além disso foi Ministro do Exterior, Ministro das Comunicações, Ministro do Interior, Ministro do Desenvolvimento da Negev e da Galil até galgar o posto de presidente.

Ou seja, Shimon Peres desde sempre em sua nefasta atuação política esteve nos círculos de poder do Estado fascista israelense, no comando e com responsabilidade direta sobre o genocídio do povo Palestino e de toda a região, cooperando abertamente com a política rapace e sangrenta do imperialismo ianque no Oriente Médio.

Por toda sua atuação dentro do Estado fascista de Israel, Shimon Peres pode ser considerado também um dos responsáveis pelo genocídio do povo da Faixa de Gaza em dezembro-janeiro últimos, quando as hordas fascistas de Israel assassinaram mais de 1.150 pessoas e mutilou mais de 5 mil, deixando milhões de desabrigados em mais de 20 dias de bombardeios.

É com esse tipo de gente que o Estado brasileiro e seus agentes entabulam a mais estreita relação.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A queda do Muro e do social imperialismo russo


Há 20 anos era derrubado o muro de Berlim. Hoje reacionários de todos os matizes, do oportunismo ao fascismo declarado comemoram a data. Motivos para comemoração existem, mas, são muito diferentes do que esta gente propagandeia.

O que se fala, na tentativa de denegrir o socialismo é que a queda do muro marca a derrocada do socialismo e do império soviético. Se bem que seja verdade que um império caiu, ele nada tem a ver com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o primeiro Estado Proletário da história, comandado por Lenin e depois por Stalin.

Com a morte de Stalin em 1956 o que passa a ocorrer é que os dirigentes da ainda chamada União Soviética, liderados por Nikita Kruchev propagavam palavras sobre socialismo, mas praticavam atos imperialistas e a restauração do capitalismo na URSS, como bem caracterizou o presidente Mao Tsetung em seu combate ao revisionismo moderno.

Foi justamente esse revisionismo, encabeçado por Kruchev e incapaz de atender os anseios das massas, que em 1961 construiu o muro, entrando em profunda contradição com o povo alemão. E a queda do muro só atestou a total falência deste revisionismo.

A derrocada do social imperialismo russo em nada atrasou a luta pelo socialismo no mundo, ao contrário, liberou energias revolucionárias antes subjugadas a ele. Portanto é justo comemorar a queda do muro, mas pelos motivos certos.

Companheiro Raposo, honraremos seu legado

No último dia 10 de novembro, aos 76 anos, cessou de bater o coração do comunista, poeta, escritor, editor e incansável combatente do proletariado brasileiro, Manoel Coelho Raposo.

Após cerca de 15 dias internado na UTI do Hospital de Messejana, ele faleceu em decorrência de um enfisema pulmonar.

Nascido em Crateús, sertão cearense, mudou-se ainda jovem para a capital Fortaleza. Ao longo de sua vida, forjou na infatigável militância pela causa da libertação dos povos e do socialismo a sua convicção na ciência do proletariado, o marxismo, sustentada corajosamente nas publicações de sua editora. Foi preso político durante o regime militar-fascista e, detrás das grades também ergueu sua trincheira de combate.

Raposo tinha uma inabalável confiança no futuro luminoso da humanidade, na destruição do velho sistema de exploração do homem pelo homem.

Enfrentou durante anos a doença que lhe dificultava a respiração, mas quando gozava de boa saúde, recitava com ardente fôlego de adolescente os seus “cantos de amor e rebeldia”.

Raposo era membro do Conselho Editorial de A Nova Democracia, exercia com vigor e entusiasmo o ofício de escritor e editor. Deixou inúmeros amigos entre índios, camponeses, operários, intelectuais, estudantes, filhos e filhas de nosso povo que com ele lutaram e compartilharam ideais.

AND e toda sua equipe de trabalho, seu conselho editorial, colaboradores e apoiadores rendem as mais sinceras honras ao companheiro Raposo, que nos deixou o legado de inquebrantável confiança no caminho da luta pela conquista de uma nova e verdadeira democracia, rumo ao socialismo.

USP: Farsa eleitoral na universidade semifeudal

Após uma nova onda de protestos de estudantes, funcionários e professores a Universidade de São Paulo - USP anunciou o adiamento do segundo turno das eleições para reitor.
As eleições para reitor na USP são através da retrógrada lista tríplice: sistema em que os três nomes mais votados são encaminhados ao governador, que decide quem será o reitor.
No início da tarde da tarde do dia 10 de novembro um protesto bloqueou as duas entradas do prédio da Reitoria, na Cidade Universitária, impedindo o acesso dos eleitores.
Na tentativa de impor o processo antidemocrático e facilitar uma intervenção policial no caso de novos protestos, a direção da USP transferiu o local das eleições para o Memorial da América Latina.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sessão de torturas em prisão é registrada.

São Pedro de Alcântara - SC

Imagens revoltantes circularam na imprensa nacional revelando que na maior penitenciária de Santa Catarina, em São Pedro de Alcântara, a tortura brutal de presos é prática costumeira.

Detentos algemados são barbaramente torturados enquanto os encarcerados protestavam batendo nas portas das celas e gritavam. PM's armados de espingardas calibre 12 apontavam contra as celas e descarregavam spray de pimenta nos cubículos para reprimir os protestos.

O espancamento continua e um preso tem a cabeça enfiada em um vaso sanitário, submetido a afogamento.

Outras denúncias apontam os mesmos crimes contra presos na cidade de Tijucas. Laudos médicos, apontam 140 detentos feridos em decorrência das torturas com pedaços de pau, cabos de vassoura e bastões de borracha.

As instituições do velho Estado, a gerência de turno em SC e o comando da polícia falam em “investigações e afastamento dos responsáveis”. Não cumprirão nada disso, porque são todos cúmplices desses crimes, revelados em ínfima parte por essas filmagens. A vida dos detentos no Brasil é um inferno de celas superlotadas, violência e tortura cotidianos, desrespeito aos seus familiares, descumprimento de toda e qualquer legislação.

Quando os detentos se levantam em rebeliões, o monopólio da imprensa corre feito um galgo da reação para berrar: “bandidos”. E quando se revelam cenas revoltantes como as de São Pedro de Alcântara, posam como anjos de candura, falando de “direitos humanos”.

No apagar das câmeras, torturadores e assassinos continuam a solta.





Imagens do portal G1

Revolta popular em Ibatiba - ES.

O assassinato do menino Romário da Silva, de 11 anos, por um policial militar revoltou a população de Ibatiba, cidade de aproximadamente 20 mil habitantes no interior do Espírito Santo . O menino estava sendo perseguido pela polícia, que o acusava de tentar invadir um depósito de doces.

O comando da polícia alegou que o garoto estava acompanhado de outros três e um adulto “supostamente armado”. Romário correu e foi atingido por um tiro no pescoço.

A população se revoltou com o crime policial e se levantou em fúria. Atacou viaturas, queimou ônibus e destruiu estabelecimentos comerciais.

O protesto se voltou contra destacamento da PM que só não foi destruído porque os policiais abriram fogo contra os manifestantes, ferindo quatro pessoas. 13 pessoas foram detidas.

O garoto Romário foi enterrado com protestos de seus familiares e da população de Itatiba.

O comando da polícia insistiu na tese de que “não houve despreparo do policial que atirou e matou a criança de 11 anos”.

De fato não houve e não há despreparo da polícia em parte alguma. Ela é exatamente preparada para esses tipos de crime contra o povo. Basta ver o alarmante número de 12 crianças assassinadas pela PM do Rio de Janeiro do início do ano até o mês de agosto denunciado em AND. (clique aqui para ver matéria).





Imagens do portal G1

População destrói ônibus em protesto por morte de garoto

Santo André - SP

Após o atropelamento de quatro pessoas que resultou na morte de um adolescente de 15 anos em Santo André, no ABC Paulista, na noite de 2 de outubro, mais um levantamento de massas incendiou as ruas e se estendeu até a madrugada.

O microônibus invadiu a calçada e atingiu quatro pessoas que conversavam na porta de um bar. Wesley Ribeiro da Silva, de 15 anos, morreu na hora.

O motorista fugiu para escapar de ser linchado pelos manifestantes enquanto o micro-ônibus era destruído pela população furiosa. Os moradores locais colocaram fogo em outros dois micro-ônibus e bloquearam a rua com uma guarita em chamas.

Um guincho, enviado para rebocar o microônibus, também foi alvo do ódio dos manifestantes que retiraram o motorista da cabine e empurraram o veículo até a borda de um córrego.

O protesto seguiu para a Avenida do Estado, importante ligação entre a capital e a região do ABC. Os manifestantes atiraram paus e pedras em carros e entraram em confronto com a polícia.

Esse recente levantamento de massas em São Paulo é sinal da crescente revolta das massas populares, soterradas por todo tipo de violência do velho Estado e do sistema decrépito.

Cada vez mais as massas populares se levantam em ondas de violência contra cada acontecimento que as indigna. Atacam instituições do velho Estado, se confrontam com as forças de repressão, montam barricadas, organizam a resistência.

Pouco a pouco, a medida que se radicalizam e intensificam esses enfrentamentos, o povo adquire consciência de seus inimigos comuns: as classes reacionárias e todo o aparato estatal apodrecido que as mantém no poder e que somente destruindo o velho Estado, poderão de fato viver em paz, construir uma nova vida que realmente valha a pena viver.





Imagens do portal G1

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Índios Tekoá Marangatu interditam ponte que une o Brasil ao Parguai

O total descaso do Estado com o povo pobre recai duramente sobre as minorias nacionais. Ontem, dia 29 de outubro, os índios Tekoé Marangatu, do Paraná, protestaram contra a falta de atendimento médico, por melhoria nas condições de higiene, alimentação e educação. Exigiram ainda ajuda na reconstrução de moradias destruídas pelas últimas chuvas na região.
Ocuparam o posto da Receita Federal na aduana de Porto Sete Quedas, em Guaíra (PR), na manhã desta quinta-feira (29). Se formaram congestionamentos nos dois lados do Rio Paraguai.
(Foto: Divulgação/PF)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Menino de 16 anos morre baleado por PMs

Patrick Granja

Na manhã de ontem (27/10), policiais do batalhão de Operações Especiais da PM invadiram a favela Mandela III, no complexo de Manguinhos e, segundo denúncias dos moradores, balearam o jovem Rafael Rocha Ribeiro, de 16 anos. O rapaz havia saído de casa para comprar pão e deixar seu irmão mais novo na creche. Na volta para casa, foi surpreendido por tiros disparados de um terreno ao lado da Refinaria de Manguinhos, que fora ocupado por policiais do BOPE. Ainda segundo denúncias, os PMs atiravam do local para dentro da favela, indiscriminadamente, vindo a acertar Rafael, que chegou a ser levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas morreu ainda no caminho.
— Rafael era um bom menino. Cursava a 5ª série na Escola Municipal Oswaldo Cruz, na avenida dos Democráticos. Tinha levado o irmão na creche, passou na padaria e nesse meio tempo começou o tiroteio. Ele se abrigou em um beco e saiu quando os tiros pararam. Acho que a polícia deve ter visto ele saindo de um beco, com um saco de pão na mão, e o confundiram com bandido. Ele trabalhava desde os sete anos e este ano fazia curso preparatório. Seu sonho era ingressar na Marinha — conta o tio, Douglas Gomes da Rocha.
Horas depois, mais de cem moradores bloquearam a Avenida Leopoldo Bulhões para protestar e foram reprimidos por policiais militares. Blocos de concreto e entulho foram atirados na pista que ficou bloqueada por mais de uma hora.
Rafael foi mais uma vítima da nova onda de ataques da polícia de Cabral às favelas da cidade, inaugurada com o falso pretexto de reprimir a quadrilha que comandou a invasão ao morro dos Macacos, na qual um dos helicópteros da PM foi derrubado pelos traficantes. Desde então, trabalhadores em bairros pobres do Rio vivem o inferno nas mãos das fileiras corruptas e sanguinárias comandadas pelos gerenciamentos de turno (Leia reportagem completa em AND 59. Breve nas bancas).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Equatorianos vão às ruas em defesa da autonomia universitária


No dia 21 de outubro, em resposta a um projeto de lei que atenta contra a autonomia universitária, milhares de equatorianos foram às ruas de Quito e Guayaquil. Entre eles, estudantes professores e reitores de diversas Universidades. Gustavo Vega, presidente do Conselho Nacional de Educação Superior (Conesup), declara que a lei "menospreza, agride e vulnera a autonomia universitária e do sistema".
A manifestação só não foi maior porque o governo impediu a partida de vários ônibus que viriam de diferentes cidades. Os manifestantes desejavam ser recebidos pelo governo, mas este respondeu com repressão e mandou seus cães de guarda dispersarem a passeata

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nem a tortura cala os sapatos

Muntazer Al Zaidi, o jornalista iraquiano que jogou sapatos em Bush filho, no dia 14 de setembro de 2008, em sua última visita a Bagdá, foi preso e torturado pelo governo títere daquele país. Mas nada será capaz de apagar o ato de coragem daquela homem.

Jogar sapatos em outra pessoa é um ato de profundo desprezo na cultura árabe e islâmica. Jogou os sapatos gritando: “este é o seu beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro", "Isto é pelas viúvas e órfãos e todos os mortos no Iraque".

Na confusão que se sucedeu, a assessora da Casa Branca Dana Perino, que foi atingida por um microfone, declarou que "um homem atirando seus sapatos não representa o povo iraquiano como todo". Apesar de que no dia seguinte milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a libertação de Zaidi, em uma coisa a lambebotas de Bush tem razão. O povo iraquiano como um todo não está jogando sapatos nos ianques, mas balas e bombas, e se não o fizeram no gerente do império foi por mera falta de oportunidade. Mas, como ato simbólico, os sapatos até que cumpriram seu papel.

Após seu ato de bravura o jornalista ficou nove meses preso sendo barbaramente torturado pelos sabujos do governo títere. Libertado no dia 15 de setembro, Muntazer Al Zaidi pede o indiciamento de Bush por crimes de guerra.

Na segunda feira, 19 de outubro, O Estado de São Paulo publicou uma entrevista com Zaidi, que reproduzimos abaixo. Como não poderia deixar de ser, o veneno escorre pelos cantos da boca na chamada da entrevista: “Com um terno impecável e relógio de luxo, ele...”, como se isso fosse crime. E mais à frente “Mas sua viagem é permeada de mistérios. Ele não diz quem o financia, qual seu programa na Europa...”. Quanto às torturas que sofreu não há mistério nenhum quanto a quem financiou.

Segue a entrevista:



O senhor imaginava que sua ação contra Bush teria tal repercussão?

De jeito nenhum. Sabia que iria ser difundido pelo mundo. Mas não dessa forma. O que eu fiz não foi como jornalista, foi como cidadão iraquiano indignado por tudo o que vivemos. Estamos com invasores há sete anos. A guerra já somou um milhão de mortos, um milhão de viúvas e 5 milhões de órfãos. Eu não sou e nem quero ser visto como herói. Fiz como um grito de indignação.

O que ocorreu com o senhor após sua prisão naquela sala de imprensa?

Nos três dias seguintes a minha prisão sofri o pior que alguém possa imaginar. A tortura chegou a níveis sem explicação. Fui duramente atingido por barras de ferro, cabos elétricos e tive minha cabeça colocada em um balde de água. Não queriam nada. Não pediam nada. Só me torturavam. Perdi vários dentes, tenho problemas sérios nas costas e claro, tenho medo de que haja uma vingança contra minha família que ainda está no Iraque.

Quem o torturava?

A tortura era realizada por iraquianos mesmo. Mas sob ordens dos americanos. Eles não tinham pena nenhuma.

O que deve ser feito a partir de agora que Bush não está no poder?

Ele e todos os responsáveis pela guerra precisam ser julgados por crime de guerra. Além disso, precisa haver um mecanismo para indenizar o povo do Iraque pelo sofrimento e destruição. Na guerra entre Iraque e Kuwait, a ONU criou uma comissão de compensações para dar dinheiro de forma muito correta ao povo do Kuwait que sofreu com a invasão de Saddam Hussein. Agora, o mesmo deve ser criado para o Iraque. Sofremos abusos e violações graves de direitos humanos.

Mas essas violações não existiam sob o regime de Saddam Hussein?

Claro que sim. Não estou defendendo Saddam nem nada do estilo. O que ocorreu foi uma ditadura impressionante que matou muita gente. Mas o que não esperávamos é que os supostos libertadores cometeriam crimes também.

Qual sua opinião sobre Barack Obama?

Depois de ele tirar os soldados americanos do Iraque eu direi.

E sobre o Iraque?

O país está sem rumo. A guerra não gerou ganhadores. Só perdedores.

O senhor está lançando uma fundação. Para que servirá a entidade?

Meu objetivo é coletar recursos para ajudar os mais indefesos no Iraque. Esses são os órfãos, viuvas e deficientes. Parte do meu trabalho ainda será para garantir proteção aos jornalistas.

Após seu ato contra Bush, governos árabes deixaram claro que estavam dispostos a lhe recompensar. Quanto o senhor recebeu após aquela conferência?

De fato tive ofertas de muitos presentes. Mas não aceitei nenhum.

Onde está o sapato que o senhor atirou em Bush?

Tentei saber, mas o governo deve ter destruído. Minha idéia era de colocar a leilão e, com o dinheiro, ajudar famílias de vítimas.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gerdau fecha fábrica na Colômbia

Alguns meses depois de fechar as portas de uma de suas subsidiárias na Colômbia a transnacional Gerdau, atenta novamente contra o direito ao trabalho. No dia 1º de Outubro os operários da planta de Laminados Andinos – Diaco, situada em Duitama (Colômbia) foram surpreendidos pela decisão da Gerdau, de fechar a empresa devido a sua baixa rentabilidade, à qual não estão acostumados. Tudo isso sem se importar com os 63 operários que perderão seus empregos, sabe-se que a Gerdau desde o início de seus investimentos na empresa, reduziu de 280 a 63 o quadro de seus operários.
Imediatamente os operários decidiram ocupar a fábrica exigindo que ninguém fosse demitido e altas horas da noite, por intermédio de um secretário do ministério da previdência social da Colômbia, foi dito que não haveria demissão de trabalhadores. No entanto, a situação continua tensa e a empresa sob ameaça de ser fechada.
Não importa que a Colômbia precise do aço, e que tenha como produzi-lo, na era do imperialismo não importam nem os custos, a única coisa que realmente define os investimentos é sua lucratividade.

Lava-pés do capitalismo burocrático mostrando serviço



Não é apenas em abrir as portas das celas dos poderosos que Gilmar Mendes mostra sua eficiência. O faz também ao perseguir camponeses pobres. Solicitou ao Tribunal de Justiça do Pará e a Ana Júlia Carepa (PT), gerente do estado, informações sobre o efetivo da polícia militar. Tenta apurar o motivo da demora no cumprimento das ações de reintegração de posse.
Ou seja, quando se trata de atender as classes oprimidas, seja na justiça do trabalho, seja em casos de grilagem, uma questão pode levar anos, sem a interferência do STF, mas quando se trata de atender às demandas dos senhores latifundiários a cobrança de eficiência e rapidez é imprescindível.
Este fato demonstra ainda o quão empenhado está o Sr. Gilmar na solução da questão agrária em prol dos senhores semifeudais.

Derrubada de helicóptero é a senha para massacre de pobres

Morro dos Macacos – RJ

A queda espetacular de um helicóptero da polícia abatido a tiros enquanto sobrevoava o morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, despertou os brasileiros na manhã de sábado. Dois policiais morreram na explosão que se sucedeu à queda, no sábado, 17 de outubro, pela manhã. Além do Morro dos Macacos (em Vila Isabel), outras favelas foram invadidas e ocupadas pela Polícia. Na noite anterior – segundo informações oficiais – uma facção rival do Morro do São João teria invadido o Morro dos Macacos, numa disputa pelos pontos de venda de drogas.

Surpreendidos pelo tiroteio no morro, moradores atearam fogo a pneus e 2 ônibus num dos acessos à favela, segundo um delegado para chamar a atenção da polícia para que intervisse no conflito entre os traficantes. Em outros pontos da cidade mais 6 ônibus foram incendiados. A polícia atribui os incêndios a traficantes visando distrair e dividir as forças policiais.

Segundo informações policiais, 19 pessoas foram mortas no morro dos Macacos, mas não foi especificado quantos morreram na suposta invasão do morro por traficantes e quantos pela ação da polícia. Mas, como de praxe, todos foram chamados de bandidos. Oito feridos foram internados em hospitais da região.

Porém os familiares de três jovens mortos em um carro – o auxiliar administrativo Leonardo Fernandes Paulino, de 27 anos, o mecânico Marcelo da Costa Ferreira Gomes, de 26 anos, e o ajudante de pedreiro Francisco Ailton Vieira, de 25 anos – se revoltarem com as afirmações de que seriam bandidos e refutaram as acusações em seu funeral. O único sobrevivente entre os amigos, Francisco Halailtom Vieira, de 23 anos — irmão de Francisco Ailton — ainda está internado no CTI do Hospital do Andaraí.

Hoje é um dia negro para esta família de trabalhadores, definiu uma amiga de Leonardo. [jornal Extra, 19 de outubro de 2009]

Essa bala foi retirada do Marcelo quando os moradores estavam carregando o corpo para a rua — disse um dos tios de Marcelo, José Marconi Andrade, de 48 anos, mostrando o projétil. — Queremos saber se essa bala foi disparada pela polícia ou pelos bandidos. E que o secretário de Segurança venha a público dizer que os três garotos não eram bandidos. [jornal Extra, 19 de outubro de 2009]

Taxado como bandido, jamais. Eram pobres mas não precisavam dessa vida – diz a mãe de Aílton e Alaílton, Maria Luíza da Silva. [Bom Dia Brasil, 19 de outubro]

Enquanto as famílias dos jovens os sepultavam com protestos, os policiais que descarregaram chuvas de balas no morro foram enterrados como “heróis” sob chuva de pétalas de rosas.

Tal evento, há poucos dias da definição do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 soa como a senha para “limpeza” dos bairros pobres prometida pelos gerentes Luiz Inácio, Paes e Cabral como condição para a realização dos jogos com “segurança”.

Novos e grandes massacres estão sendo preparados pelo velho Estado contra o povo pobre do Rio de Janeiro.