Rafael Gomes
Trabalhadores que utilizam o ramal de Japeri do trem da Supervia se revoltaram, nesta quarta-feira (7/10), contra as péssimas condições do sistema ferroviário do Rio de Janeiro.
O gerente estadual Sérgio Cabral Filho logo se apressou a afirmar que "o que aconteceu lá em Nilópolis foi sem dúvida uma ação de vândalos. Nada justifica o vandalismo ”. Isso certamente porque o mesmo não utiliza os trens superlotados da Supervia e nem ganha um salário mínimo por mês para ter que pagar o abusivo preço de 2,60 por passagem. O monopólio dos meios de comunicação carioca também se apressou em criminalizar o protesto dos trabalhadores. A PM foi acionada e durante a manifestação 10 pessoas ficaram feridas.
Após o episódio ocorrido, a Supervia, que tem concessão por 50 anos (25 anos renováveis por mais 25 anos) para manutenção e operação comercial da malha ferroviária urbana de passageiros da região metropolitana do Rio de Janeiro, decidiu liberar a roleta e deixar o embarque gratuito até às 10:00 desta quinta-feira (8/10).
O fato é que, diante do preço abusivo das passagens, das péssimas condições em que embarcam os passageiros e o sucateamento de todo o sistema ferroviário, os trabalhadores se vêem obrigados a protestar e pedir medidas cabais para a melhoria do transporte e o fim dos acidentes que já chegaram a matar trabalhadores nesses últimos anos.
Um comentário:
Todos que se levantam contra a injustiça são tratados pela imprensa reacionária e o estado policial como vândalos e terroristas.
Nas Universidades da Colômbia morte e perseguição aos estudantes e professores, conforme mostra o documentário:
http://www.tlaxcala.es/detail_artistes.asp?lg=&reference=359
Entretanto nenhuma repressão fará calar a voz daqueles que lutam!
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