terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tunísia: População desafia toque de recolher e protestos continuam




Rafael Gomes





Nesta segunda-feira, 24/1, milhares de manifestantes desafiaram o toque de recolher imposto pelo velho Estado tunisiano devido aos massivos e violentos protestos que se iniciaram no país há mais de um mês, quando a juventude iniciou combativos protestos contra os altos índices de desemprego e o aumento de produtos básicos. Desde então, as manifestações rapidamente obtiveram largo apoio popular e adquiriram uma conotação política [ver postagem do dia 13 de janeiro, Rebelião Popular na Tunísia].

Em desesperados pedidos de calma à população, a gerência fascista de Ben Ali se viu obrigada a ordenar o fechamento de escolas e universidades e escolas, e a mandar, cotidianamente, o exército às ruas para conter a fúria popular. Mais de 70 manifestantes já morreram em confrontos com a polícia.

Todas as medidas fascistas tomadas contra a população pelo regime não foram suficientes, e Ben Ali foi obrigado a deixar a Tunísia no dia 14 de janeiro, passando o controle do país para o exército e o comando interino do governo para o primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi.

Na segunda-feira da semana passada, 17 de janeiro, o comando interino tunisiano convocou a formação de um governo para funcionar durante o período transitório até as próximas eleições, convocadas para dentro de seis meses.

Na noite de ontem, a população se manteve concentrada diante do Palácio de Governo, na capital Tunís, exigindo a saída de todos os ministros do regime anterior que permanecem no atual Executivo de transição.

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