Em outubro de 2007, dados ainda parciais já apontavam a gerencia de Sérgio Cabral como a mais sangrenta da história (1.260 pessoas mortas pela polícia). Em 2008, com o apoio de Lula e o prosseguimento pontual da cartilha imperialista de extermínio da pobreza, Cabral quer se superar mais uma vez. As invasões policiais tornaram-se diárias e o número de inocentes mortos cada vez maior. Em apenas três favelas 40 pessoas foram mortas.
Dias depois da invasão, uma senhora foi até a Ordem dos Advogados do Brasil com a carteira de motorista, carteira de trabalho e contra-cheque do filho de 31 anos, executado pela polícia. De acordo com Margarida Pressburguer, presidente da comissão de direitos humanos da OAB, Clecio Amaral de Souza era motorista de vã e saia para trabalhar às 7h da manhã. Por causa do intenso tiroteio Clecio pediu abrigo na casa de um vizinho para se proteger. Policiais em um helicóptero viram Clecio entrando no barraco e ordenaram que policiais, em terra, invadissem o local. Depois de capturado, Clecio foi executado com um tiro na nuca e outro no peito, na frente de uma criança e de um homem, que seria o dono do barraco. O motorista que, mesmo desarmado, foi covardemente assassinado tinha anotações em sua carteira de trabalho desde os 15 anos, a última delas como gari da COMLURB.
Na manhã de terça-feira, dia 15 de abril o BOPE invadiu a Vila Cruzeiro, matou 9 pessoas e feriu outras 6. Nos dias seguintes à invasão o BOPE ocupou a favela e montou base no Posto de Policiamento Comunitário (PPC). Os traficantes fugiram para as comunidades vizinhas e os moradores, sem outra opção, seguiram suas vidas normalmente. Porém circular na favela com a presença do BOPE tornou-se um risco de vida iminente. Até agora outras 7 pessoas já foram mortas sem que se saiba a culpa de qualquer uma delas, já que nenhuma investigação foi, nem será feita.
Na tarde de sexta-feira, dia 25 de abril, policiais do BOPE invadiram a Cidade de Deus deixando onze mortos e pelo menos 5 feridos. Entre os feridos estavam duas senhoras, Maria José Silva foi baleada no glúteo, no braço e na perna, e Maria dos Anjos Mendes Cruz foi atingida no glúteo. Elas foram levadas para o hospital Lourenço Jorge e liberadas depois um período em observação. Já uma outra senhora, Jozélia Barros Afonso, de 70 anos, não teve a mesma sorte. Ela foi baleada quando estava dormindo e faleceu momentos depois, no hospital. O seu marido, Valdair da Conceição Afonso, era casado há 51 anos com Jozélia e disse ter certeza de que o tiro partiu dos policiais.
2 comentários:
É so isto que esperamos deste Estado que não ver o povo como principal,só ver o lucro maximo,muito breve eles vão ver que da barriga das mulhres pobres não sai só vagabundo como falou o gerente Sergio Cabral,sai pessoas que pensa e que a quinhentos anos estão lutando para se libertar,por isso que é importante o povo saber quem são nossos inimigo de classe que são todos os politicos,o povo vingará todas estas mortes feita pelo Estado Cabral!!!
incrível como o Rio é visto pelos gringos como um paraíso na Terra mas para seus moradores mais pobres não passa de um verdadeiro Inferno!!!
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