quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Fascismo Sem Limites
Absolutamente seguro, como sempre, de que sua baba hidrofóbica encontra eco no seio do povo e de que poderá destilar seu veneno indefinidamente O Estado de São Paulo mais uma vez, em seu editorial, “Vandalismo sem limites” (dia de hoje) usa a sua verborragia fascista, brandindo despachos de reintegração de posse e a legislação vigente para atacar a luta pela terra. Aproveita-se do oportunismo da direção do MST e seu constante namoro com a gerência de turno para difamar todos os que lutam por um pedaço de chão. Desta vez, por conta da destruição de um laranjal na Fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo acusa o domesticado MST de ser o que de mais próximo existe no país de uma organização terrorista com “intenções de promover uma revolução no estilo zapatista”. Mas o objetivo do editorial, também como sempre, é simplesmente defender a arcaica estrutura fundiária do país e criminalizar qualquer luta do povo, tenha que objetivo tiver.
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3 comentários:
A verborragia fascista dos representantes das classes dominantes querem a todo custo criminalizar a justa luta pela terra no país.
Divulgam aos quatro cantos a produção do agronegócio, como prova de avanço capitalista. Produção baseada no latifúndio e em formas nada capitalistas de produção, como a submissão de milhares de trabalhadores a formas de produção servis.
O último Censo Agropecuário do IBGE, divulgado em 01/10/2009, mostra os dados do aumento da já elevada concentração de terras no país, com um índice de concentração fundiário como um dos mais elevados do mundo.
Enquanto perdurar no país uma estrutura que nega a milhões de famílias camponesas o justo direito a terra, o desemprego que assola milhões de trabalhadores e o analfabetismo que joga na escuridão mais de 14 milhões de brasileiros, como podemos falar em democracia?
O Povo Não é Bobo!!Mais uma vez o velho Estado adota dois pesos e duas medidas quando se trata da luta pela terra. A pressa em acusar, difamar, criminalizar, estampar fotos e nomes de camponeses taxando-os como "bandidos" e "terroristas" é diametralmente oposta à lentidão e silêncio sepulcral quando se trata de proteger latifundiários, policiais e pistoleiros assassinos.
A campanha caluniosa visa desqualificar o conflito como problema agrário do país, criminalizando os que lutam pela terra para justificar todo tipo de ataques e matanças contra os camponeses que vivem e trabalham na terra. No fundo querem a expulsão dos camponeses do campo, pois sabem que estes são os únicos capazes de defendê a revolução agraria.
De nada adianta tratar a luta pela terra como caso de polícia, enquanto não distribuírem as terras a quem nela trabalha os camponeses continuarão lutando e o conflito ganhará proporções gigantescas e mobilizará milhões de camponeses em todo o país clamando pela Revolução Agrária.
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