quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Na Turquia, o povo declara guerra ao imperialismo

Patrick Granja

Nos dias 6 e 7 de outubro, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Istambul para protestar contra as políticas imperialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que tiveram suas cúpulas reunidas na capital turca para a realização de mais uma assembléia anual.

Há uma semana, dirigentes do imperialismo das duas entidades já chegavam ao país sendo rechaçados pelas massas. Foi o caso do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que recebeu uma sapatada do estudante Selcuk Ozbek, de 24 anos, durante palestra na Universidade de Istambul em seu primeiro dia na capital. O rapaz acabou preso.

O estopim se deu hoje, desde a manhã, em grande manifestação promovida por sindicatos combativos com o apoio do TKP/ML (Partido Comunista da Turquia/Marxista Leninista). O protesto contou com mais de 2 mil pessoas e foi marcado por ininterruptos confrontos com a polícia turca, onde um homem de 55 anos, identificado como Ishak Kavlo, foi morto e 78 pessoas foram presas. Vários policiais ficaram feridos, alguns com queimaduras graves causadas pelos coquetéis molov atirados pelos manifestantes. Uma loja da rede McDonald’s e vários bancos foram atacados pela massa, mesmo com a repressão ferrenha da tropa de choque da polícia turca, que utilizou jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão.

“O centro de Istambul transformou-se, esta terça-feira, num palco de guerrilha urbana”, descreveu o jornal português A Bola.

Manifestantes de reuniram no distrito de Beyoglu e seguiram até a praça Taksim, de onde pretendiam partir para o centro de convenções onde os inimigos estavam reunidos, entre eles o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que firmou acordo promovendo o Brasil a credor do FMI, com um bônus de 10 bilhões de reais para o sustento de políticas imperialistas pelo mundo.





Um comentário:

Anonymous disse...

A Classe explorada, não pode deixar que mais essa espúria ofensiva ianque sobre os povos latino-americanos passe impune. E mais do que isso, devemos ter claro que não é a mudança desse ou daquele governante que irá alterar o caráter agressivo e imperialista do USA. Ainda: não se trata de a ele se opor com retórica apenas, ou advogar a mudança de amo e o “diálogo” com outros países imperialistas (como faz Chávez, ao ensaiar uma aproximação com a Rússia). Do que se trata é varrer cabalmente o imperialismo da face da Terra porque enquanto ele existir existirão inevitavelmente a opressão sobre os povos e a guerra. Somente uma luta revolucionária conseqüente dentro de cada país, a derrubada dos Estados semicoloniais serviçais do imperialismo e a unidade e solidariedade entre os povos é que poderá de fato riscar essa besta voraz do mapa.Viva a Luta de todo povo!!