Nunca a polícia do Rio de Janeiro matou tanto como em 2007. Os números oficiais de “autos de resistência” (assassinatos) registrados pela polícia do Rio de Janeiro no primeiro ano da gerência de Sérgio Cabral Filho no Rio de Janeiro contabilizam 1260 pessoas mortas, mas o próprio Instituto de Segurança Pública (vinculado à Secretaria de Segurança do estado), admite que a estatística esta incompleta e que o número de assassinatos pode ter sido bem maior. Aqui, incluímos ainda os casos de desaparecimento e outras mortes não explicadas, que não entram na conta da polícia.
E o primeiro dia do ano guardava ainda outro triste fato. Um adolescente de 17 anos foi torturado e executado dentro de uma unidade de Departamento Geral de Ações Sócio-educativas (Degase), na Ilha do Governador, cidade do Rio de Janeiro.
As viagens do gerente Cabral e outros membros da administração estatal à Colômbia, em 2007, mostram seu sinistro resultado. As medidas repressivas aplicadas por Uribe no país vizinho, sob orientação ianque começam a ser implementadas aqui com o devido rigor que as classes reacionárias reclamam. É o fascismo incorporado cada dia mais profundamente.
A escalada da violência contra o povo é uma demanda do imperialismo, que precisa conter os imensos contingentes lançados à miséria, que lutam pela sobrevivência de todas as maneiras.
Mas, para a população do Rio de Janeiro, tal realidade não aparece agora com as frias estatísticas. Ela vive o terror estatal cotidianamente e conta seus mortos todos os dias, aguardando o momento em que se levantará e varrerá todas essas tristes figuras de seu caminho. Isso no Brasil inteiro, no mundo inteiro.
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