quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Queda das bolsas revela crise do imperialismo

As principais bolsas de valores do mundo vem despencando dia a dia. Entre elas estavam as dos BRICs (Rússia 7,40%, China 5,14% e Brasil 6,60 em 21 de janeiro). A Bovespa já acumula uma queda de cerca de 16% em 2008. O Fed (Banco Central do USA) reduziu quase um por cento a sua taxa básica de juros no dia 22, trazendo de 4,25 para 3,50% os juros para socorrer os endividados, tanto pessoas físicas como jurídicas. Esta redução na taxa de juros do USA pode dar um pequeno alento à crise de credibilidade que de repente tomou conta de todo o mercado financeiro.

A anarquia que caracteriza o capitalismo é assim mesmo: em um momento, como no primeiro semestre do ano passado, a economia mundial ia a todo vapor e os fundamentos da economia ianque eram bastante sólidos. De repente o paraíso se transforma em um verdadeiro inferno, arrastando para dentro de um buraco negro instituições como Citi Corp e Merryll Linch, cujos prejuízos não têm parâmetro nos últimos cem anos.

Quando a crise deu seus primeiros sinais, os economistas dos BRICs, como Mantega no Brasil, logo se apressaram em dizer que estes países não seriam afetados pela crise, pois suas economias estavam cada vez mais descoladas da economia do USA. O Sr. Luiz Inácio deitou falação sobre o assunto garantindo que “a crise americana não atravessaria o Atlântico”, que isso era um problema deles e que o Brasil não seria atingido.

Com a virada do ano veio a virada no discurso. Agora o que eles dizem é que “o Brasil está preparado para enfrentar a crise”, admitem que a valorização do dólar poderá influir na inflação e, portanto, a taxa básica de juros poderá aumentar. Admitem também que os preços dos produtos agrícolas poderão cair, em face da recessão no USA, afetando o nosso balanço de pagamentos.

Em bom português, o que acontece é o seguinte: nós somos uma semi-colônia e nesta condição não há como nos livrarmos das crises do imperialismo. Pelo contrário, todas as vezes em que as economias hegemônicas entram em crise, elas buscam a superação da crise aumentando a taxa de exploração sobre as colônias e semi colônias. È por isso que Meirelles, o agente ianque no Banco Central, já toma as providências para manter as mais elevadas taxas de juros do mundo, em tendência de alta, para fazer a festa da oligarquia financeira internacional.

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