Os pilotos da Lufthansa, a maior companhia aérea da Alemanha, iniciaram na segunda-feira (22/2) a maior greve da história da empresa. Cerca de 4 mil pilotos aderiram ao chamado de greve da associação Cockpit (sindicato) feito à 0:00 h de segunda-feira e prevista para terminar às 23:59 h da quinta-feira (25). Quatro dias de total paralisação.
Os pilotos exigem reajuste salarial, segurança no trabalho, além de garantias para seus postos e tentam impedir que a companhia alemã contrate parte de seus vôos com outras empresas aéreas estrangeiras e com pilotos que trabalham com tarifas mais baixas.
Já na manhã do primeiro dia de greve os aeroportos de Düsseldorf, Frankfurt, Munique, Berlim e Hamburgo registravam dezenas de cancelamentos de vôos programados, que afetam principalmente as rotas internas, embora também, em menor medida, as externas. Durante toda a greve são estipulados o cancelamento de cerca de 800 vôos. Os prejuízos calculados são de 34 milhões de dólares por dia.
A crise econômica que teve seu auge em meados do ano passado e que perdura até os dias de hoje, afetando de forma aguda também os trabalhadores europeus, mostra não ter prazo para acabar. Essa greve é reflexo disso e demonstra que até os trabalhadores relativamente bem remunerados, como é o caso dos pilotos de empresas aéreas, são afetados por ela.
Peter Ramsauer, ministro de Transportes da Alemanha, tentou até o fim do domingo negociar entre os pilotos e a companhia para evitar a greve, mas não obteve sucesso.
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