terça-feira, 24 de maio de 2011

(SP) Assembleia geral dos metroviários em 19 de maio decide decretar estado de greve

Em assembleia bastante concorrida, os metroviários de São Paulo decidiram decretar “estado de greve” até a próxima assembleia do dia 26 de maio, que será a decisiva para a categoria. Segundo Altino de Melo Prazeres Junior, presidente da entidade - as negociações não avançaram muito e a chefia do Metrô esta irredutível. Na quinta rodada de negociações, só chegaram ao índice de 6,39% de reajuste, isso referente a inflação, medida pelo IPC/FIPE, enquanto que as reivindicações dos trabalhadores é 10,79% conforme IGPM e mais 13,80% de produtividade conforme ICV do Dieese. Nas questões sociais, a chefia do Metrô fez nova redação às cláusulas que dizem respeito à saúde do trabalhador, seguro de vida, desenvolvimento tecnológico de recursos humanos, estabilidade para trabalhadores com câncer ou HIV, jornada de trabalho para os empregados da gerência de manutenção, licença amamentação, medidas de proteção à saúde no trabalho e intervalo para refeição nas áreas operacionais.

Ao ser lido e distribuída a cópia da contra proposta da Companhia do Metropolitano de São Paulo, a categoria explodiu em revolta e sob as consignas de “Chega de sufoco, esse aumento é muito pouco!” e “Au, au, au, progressão salarial” e varias outras, aberto os debates, vários metroviários mostraram sua indignação e, principalmente, no que diz respeito a questão da produtividade, que a chefia do Metrô sequer arriscou em definir um índice, deixando claro o arrocho, já que apenas ofereceram o índice de 6,39% referente a inflação, calculada por um órgão, que fica bastante abaixo do índice do 10,79% do IGPM, reivindicado pela categoria. De imediato, o presidente do sindicato, Altino M. Prazeres Junior, deixou claro que a comissão de negociação rechaçou a contra proposta do Metrô, mas que caberia a categoria decidir, apontando o imediato “estado de greve” e definição dos rumos da negociação para a assembleia do dia 26, caso não avance as proposta.

Ao ser colocado em votação, houve um posicionamento de um ex-diretor, o Xavier (pecedobê), figurinha marcada da categoria por vários mandatos, que já compôs a diretoria e foi escorraçado pela categoria na eleição histórica de 2010, pondo fim a mais de 20 anos de oportunismo do pecedobê/PT (CTB/CUT) a frente do Sindicato. Na verdade, não fora um posicionamento contrário, fora uma provocação, de quem quer só não passar em branco. Disse, “Sair daqui, apenas decretando o 'estado de Greve' é subjetivo, temos de sair com um indicativo de greve”. Após sua intervenção, pediu encaminhamento e seguindo os trâmites, a diretoria do sindicato solicitou dois defensores de cada proposta, não havendo nenhuma para defender a proposta "avançadíssima" do Xavier/pecedobê.

Altino deixou claro as diretrizes para a categoria, afirmando ser uma proposta que não difere do encaminhamento da diretoria e pôs em votação: “estado de greve”, “mobilização geral da categoria, por setor” e “decisão final na assembleia geral do dia 26”, o qual fora votado com firmeza pelos metroviários presentes na assembleia, que lotou a quadra no último dia 19 de maio, deixando claro aos pelegos e oportunistas de plantão que estão dispostos a lutarem e seguir a direção eleita por eles em 2010 e não essa cambada, que fora rechaçada, por comodismo e falta de compromisso com a categoria, mas que agora posa de oposição, mas que em todo o momento tenta minar os trabalhos da nova diretoria, principalmente os companheiros da base, que assumem uma postura classista e mais independente.

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