terça-feira, 9 de agosto de 2011

Comerciantes de mercado popular em São Paulo resistem a ataque do Estado reacionário

Patrick Granja



Na tarde de sábado, agentes da Guarda Civil Metropolitana, PMs e policiais civis foram ao Brás, na região central de São Paulo, para fechar a notória Feirinha da Madrugada, onde trabalham cerca de dois mil comerciantes. Revoltados, os trabalhadores invadiram o local e tentaram retomar os seus espaços. Hostilizados pela GCM, os manifestantes reagiram, atirando pedras e paus contra os agentes. Segundo a Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo a operação visava combater a pirataria, mas os comerciantes disseram que este argumento seria apenas uma desculpa para criminalizar o protesto dos trabalhadores e expulsá-los da região.

Já a versão que surgiu na imprensa na tarde de ontem, aponta que, segundo investigações da polícia civil, dois vereadores receberiam propina para permitir a venda de material copiado na feira, o que teria motivado a operação. Os vereadores acusados, que nem ao menos foram identificados, continuam trabalhando e a culpa pela podridão do Estado, como sempre, recaiu sobre as cabeças dos trabalhadores que, do dia para a noite, perderam seus empregos. Denúncias veiculadas pelo jornal da Band, mostram que os comerciantes eram coagidos a pagar as taxas por quadrilhas armadas chefiadas pelos parlamentares.

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