Rafael Gomes
Mais de 100 mortes (105 até as 13:41 do dia 7 de abril), dezenas de desaparecidos, centenas de desabrigados, engarrafamentos, deslizamentos, suspensão dos serviços públicos, 89 pessoas resgatadas pelo Corpo de Bombeiros e várias regiões sem energia elétrica foram os resultados (até o momento) do temporal que desabou na região metropolitana do Rio de Janeiro na tarde da segunda-feira, 5 de abril e perdurou por mais de 24 horas. As graves consequências recaem pesadamente e principalmente sobre as populações mais empobrecidas. As cidades mais atingidas foram Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e a capital. As rádios e canais de TV anunciam a cada momento um número maior de mortos, tornando inexato o número de pessoas atingidas fatalmente pelas chuvas.
Na cidade do Rio vários bairros ficaram completamente submersos. Os deslizamentos de maiores proporções aconteceram no Recreio dos Bandeirantes, zona Oeste; nos morros do Borel, do Turano, da Formiga e dos Macacos, zona norte. Em São Conrado, zona Sul, uma encosta desabou e interditou os dois sentidos da Avenida Niemeyer. Na zona Norte os bairros mais atingidos foram Ramos, Penha, Manguinhos, Bonsucesso, Parada de Lucas, Praça da Bandeira e Caju, na zona Portuária.
Outros pontos mais críticos de alagamento foram na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, zona Norte, e no Túnel Noel Rosa no sentido Vila Isabel. Na Av. Maracanã o rio que atravessa a via transbordou alagando a região. Em toda a cidade o trânsito ficou completamente caótico. Em vários pontos de ônibus, trabalhadores tiveram de esperar o dia amanhecer para voltarem para suas casas.
Em Niterói, São Gonçalo, Nilópolis e Paracambi também foram registrados dezenas de mortos, desabrigados, desaparecidos e deslizamentos de terra.
Os gerentes municipal e estadual, Eduardo Paes e Sérgio Cabral, foram aos maiores canais de TV pronunciar sobre a tragédia que infernizou uma vez mais a população trabalhadora do Rio de Janeiro. Eles foram obrigados a admitir a total falta de planejamento para lidar com tais situações que, apesar de antiquíssimas, perduram até hoje e nada de eficaz é feito para impedi-las. De forma arrogante, o prefeito Eduardo Paes tentou ainda atacar seus opositores tachando-os de oportunistas, como se ele próprio não fosse um de seus maiores exemplares, quando criticaram a lentidão na solução do caos que se instalou em toda a cidade. Paes colocou a culpa nos moradores de favelas que construíram casas irregulares em mais uma de suas justificativas para aumentar o seu “choque de ordem” e tentar isentar a prefeitura de culpa nos acontecimentos. E diante de toda catástrofe, a única coisa que o “poder público” é capaz de fazer é aconselhar a população a “não sair de casa”.
Centenas de famílias sofrem com o desastre da perda de suas moradias e entes queridos, contando somente com a solidariedade de seus vizinhos e do empenho de equipes de salvamento diminutas.
Um comentário:
CAROS CAMARADAS,
ANTE TODA A SORTE DE AVALANCHE DE LAMA QUE REPRESENTA ESTE GOVERNO TIRÃNICO SOBRE OS POBRES O MEU BÁLSAMO É A SUBLIME EDIÇÃO DO A NOVA DEMOCRACIA .
COM EFEITO, A MATÉRIA SOBRE LENIN É AVASSALADORA PELA ROBUSTEZ DE DADOS ,ANÁLISE E OPINIÃO.
ORA, ATUALMENTE NO BRASIL ESTÁ DIFÍCIL ENCONTRAR ALGO QUE NÃO SEJA MEDÍOCRE.
MAS COM EFEITO, O AND COM ESTE ÚLTIMO NÚMERO SE SUPEROU E ESTÁ ACIMA DA MÉDIA.
CONGRATULAÇÕES.
LAMPIÃO VERMELHO
Postar um comentário