São Paulo
Lideranças, apoiadores e ativistas do MST são presos arbitrariamente
Nove pessoas entre apoiadores, ativistas e lideranças intermediárias do MST foram arbitrariamente presas nos municípios de Iaras e Borebi, interior de São Paulo, sob acusações referentes à tomada do latifúndio Cutrale em outubro do ano passado. Em uma operação deflagrada pela Polícia Civil, irônica e reacionariamente batizada de “operação Laranja”, na calada da madrugada, cerca de 150 policiais foram destacados para cumprir 20 mandados de prisão e outros 30 de busca e apreensão no estilo cinematográfico de “grande operação de desmantelamento”.
Segundo o delegado Roberval Antonio Fabbro, responsável pela centralização dessa operação, “os militantes estão temporariamente detidos” acusados de formação de quadrilha, furto, dano qualificado e esbulho possessório. Nenhuma linha sobre aquelas terras ocupadas pela Cutrale serem públicas e ocupadas ilegalmente pelo latifúndio. Dessa forma a reação tenta descaracterizar o caráter de luta pela terra e criminalizar o movimento camponês.
No dia 30 de janeiro, a juíza da 1ª vara da Justiça de Lençóis Paulista, Ana Lúcia Aiello Garcia, prorrogou ontem por mais cinco dias a prisão de sete pessoas a pedido do delegado Jader Biazon, que alegou “extrema e comprovada necessidade”. Enquanto isso, tentam reunir mais “provas” contra os acusados baseadas nos “danos” causados ao latifúndio durante a sua tomada pelos militantes do MST.
Desde o dia 26 encontram-se detidos o ex-prefeito do município de Iaras Edilson Grangeiro Xavier , a vereadora Rosimeire Pan D'arco de Almeida Serpa, o dirigente regional do MST Miguel Serpa, (foto) Máximo Alvino de Oliveiras,“Seu Máximo”, 60 anos; Paulo Rogério Beraldo, 22 anos; Anselmo Alves Villas Boas, o “Gaúcho”, 45 anos; e Carlos Alberto da Luz Serpa, 26 anos
Outros dois presos acusados de posse ilegal de arma, Jonas Oliveira dos Santos, 45 anos, e Laudemir Tani, 53 anos, foram soltos e vão responder o processo em liberdade.
Outras 13 pessoas estão com mandados de prisão expedidos pela Justiça do Estado burguês-latifundiário.
Santa Catarina
Justiça do latifúndio prende até quem pensa em lutar
Também no dia 26 de janeiro Lideranças camponesas foram presas por “suspeita de prepararem” uma tomada de terra em Santa Catarina. A presidente da Associação Comunitária Rural de Imbituba, Marlene Borges, grávida de três meses, foi detida no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, onde teve crises de hipertensão.
O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra (MST), Altair Lavratti, e o líder comunitário Rui Fernando da Silva Júnior, também foram encarcerados após sua prisão ser decretada pelo juiz Welton Rubenich, de Imbituba.
As lideranças são acusadas de planejar a tomada de terras da Zona de Processamento e Exportações (ZPE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), mas todos são acusados de crimes comuns como formação de quadrilha, esbulho possessório (retirada violenta de bem imóvel), incitação à violência, entre outros.
E diga-se de passagem, todos foram presos por “suspeitas” e mera especulação de policiais infiltrados em reuniões e escutas telefônicas.
No dia 30 de janeiro um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça garantiu a liberdade para as lideranças presas.
Tamanho é o descabimento da política de criminalização e ostensiva perseguição ao movimento camponês, que para o latifúndio já não bastam os bandos de pistoleiros, sua força principal, a sua justiça, o aparato de repressão oficial. Há uma política contra-insurgente no campo, que proíbe a reunião, a mobilização e qualquer iniciativa das massas camponesas em luta pela terra.
4 comentários:
o MST dá provas de sua paralisia. até agora o movimento não tem se manifestado de forma energica, como era pra ser, e fica num joguinho diplomático com a burguesia semifeudal brasileira, se limitando a brigar apenas nos tribunais burgueses. tem botar o povo na rua e sacudir o sistema, mais o MST é do governo e talvez por isso não queira criar muito alarme, pois assim o povo vai saber o que já sabem, que o governo LULA é inimigo dos camponeses e não se importa com a sua luta, mais o MST ainda o apoia, enquanto as lideranças camponesas são lançadas a propria sorte.
cOMPANHEIR LATUFF
ESCREVO PARA AGRADECER SUA CHARGE SOBRE O BORIS CASOY PENA QUE O TEXTO TRATAVA DE OUTRO ASSUNTO. NO ENTANTO TEMOS QUE LEMBRAR O ESTE FASCISTA FOI MEMBRO DO C.C.C COMANDO DE CAÇA AOS COMUNISTAS ASSIM SE FOR VERDADE A COMISSÃO DA VERDADE TEMOS QUE COLOCAR NA CADEEEIRA QUM PARTICIPOU O CCC.
OBRIGADO
JUMENTINHO SEM SISO
A campanha caluniosa visa desqualificar o conflito como problema agrário do país, criminalizando os que lutam pela terra para justificar todo tipo de ataques e matanças contra os camponeses que vivem e trabalham nesta região. No fundo querem a expulsão dos camponeses da Amazônia, pois sabem que estes são os únicos capazes de defendê-la e que ameaçam seus interesses.
De nada adianta tratar a luta pela terra como caso de polícia, enquanto não distribuírem as terras a quem nela trabalha os camponeses continuarão lutando e o conflito ganhará proporções gigantescas e mobilizará milhões de camponeses em todo o país clamando pela Revolução Agrária
camaradas O GOVERNO DESPÓTICO , ABSOLUTISTA E TOTALITARISTA BURGUÊS COM SUA FACE OPORTUNISTA EM NOME DE LUIZ INÁCIO PRECISA DAR UMA NO CRAVO E ASSIM SERVE AS BESTAS DA DIREITA OS MILITANTES DO MST PARA CONTINUAR O PACTO FASCISTAS DA CLASSES DANDO OS MILITANTES COMO MOEDADE TROCA ASSIM LUIZ INÁCIO GANHA AVAL PARA A SUCESSÃO MAS A HISTÓRIA NÃO PERDOA PARA ELA PASSARÁ NÃO COMO UM GRANDE POLÍTICO MAS COMO AQUELE QUE SE VENDEU POR UM PRATO DE LENTILHAS ASSIM ALIMENTA SEU ACORDO COM A DIREITO MAS A VERDADE PREVALECERÁ PARA PROVAR QUE O MUNDO NÃO PERTENCE AOS TOTALITÁRIOS BURGUESES E SEUS ALIADOS LATIFUNDIÁRIOS E IMPERIALISTAS.
JUMENTINHO SEM SISO
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