quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bope assassina trabalhador na favela do Andaraí

Hélio Parreira Ribeiro, 47 anos instalava um toldo na laje de casa acompanhado de sua esposa quando foi assassinado pelo soldado do Batalhão de Operações Especiais da PM – Bope. O assassino diz que “confundiu a furadeira com uma metralhadora”.

No dia 19 de maio Hélio Parreira Ribeiro utilizava uma furadeira para fixar um toldo em sua casa. A luz plena da manhã e a proximidade de 40 metros entre o agente do Bope e o trabalhador não deixavam espaço para dúvidas.

O morro do Andaraí está sendo ocupado pelo Bope para receber em breve uma Unidade de Polícia Pacificadora – UPP e o cabo Albarello, que efetuou o disparo e matou Hélio Parreira, segundo informações veiculadas no monopólio da imprensa, fornecidas pela própria corporação policial, faz parte do Bope há 12 anos.

Justamente o Batalhão de Operações Especiais, taxado pela reação e cantado em verso e prosa, retratado em filmes fascistas como “o mais preparado”, confundiria uma furadeira com uma metralhadora? É no mínimo abusar da inteligência das pessoas.

A família de Hélio denuncia que o policial atirou sem dar nenhum aviso. A PM por sua vez, tentou justificar o injustificável dizendo que cumpriu todos os avisos e procedimentos antes de efetuar o disparo. O fato é que, como o agente do Bope “se apresentou voluntariamente”, responderá pelo crime em liberdade.


Andaraí: cresce 25% o número de assassinatos cometidos pela polícia

Dados divulgados recentemente apontam que de 2009 para 2010 houve um aumento de 20,5% (19 casos) de “autos de resistência”* na Zona Norte do Rio. A Área Integrada de Segurança Pública - 'Aisp 6', onde fica o Morro do Andaraí, justamente onde Hélio foi assassinado no último dia 19, registrou um aumento ainda maior: 25%, passando de 12 para 15 mortes.

*Auto de resistência é um termo técnico criado pela reação para classificar mortes de civis que resistiram à prisão, mas que na prática serve de blindagem ao Estado e garantia de impunidade para os inúmeros crimes que comete contra trabalhadores em bairros proletários através de suas polícias assassinas, justificando milhares de execuções sumárias de homens, mulheres e crianças.

4 comentários:

Anonymous disse...

Oque fazer?

JOSEILTON S MENDES disse...

FORÇAS DE REPRESSÃO TOMAM A CIDADE . O POVO ACUADO , PROTESTA EM SILÊNCIO. PEDRAS SÃO POSTAS DEBAIXO DE VIADUTOS PARA QUE OS MORADORES DE RUA NÃO POSSAM PARAR. OPERAÇÕES DE CHOQUE DE ORDEM SE ESPALHA PELA CIDADE. OS GUARDAS QUE NÃO TEM PODER ALGUM SÓ FAZEM SEUS TRABALHOS COM O APOIO DA POLÍCIA MILITAR- CASO ALGUEM TENTE CONTESTAR VAI SER PRESO, ONDE ESTÁ LIBERDADE DE EXPRESSÃO ?OU DIREITO AO TRABALHO QUE É GARANTIDO PELA CONSTITUIÇÃO?- VIVEMOS NUMA SOCIEDADE ONDE O HOMEM ESTÁ DEBAIXO DA ORDEM DO DINHEIRO . NÃO NOS DOBREMOS AO FASCISMO . A MUDANÇA SE FAZ DEBAIXO PARA CIMA , ENTÃO, POR FAVOR SE QUISERMOS CONTINUAR VIVENDO VAMOS QUEBRAR ESSA CORRENTE DE MANUTENÇÃO DA POBREZA E DA EXPLORAÇÃO DO HOMEM E DA NATUREZA .REVOLUÇÃO JÁ .

Anonymous disse...

Camaradas deixemos de ingenuidade.
sabemos que existe um plano de extermínio dos pobres encoberto por severa hipocrisia.
assim apenas para roçar a minha língua na língua de Luis de Camões, repiso e bato na mesma tecla apenas por teimosia.
ora, dizer que a morte da engenheira foi um erro e é sempre um erro uma aberração uma erro de raciocínio é desconhecer que coincidência tem limite.
vejamos o óbvio. As uPPs apenas são nova versão de hordas fascistas.

brasil vermelho

Anonymous disse...

Perdi o rumo em agosto/2005/Andarai, onde perdi meus garotos com muita violência e barbárie... o que fazer? Estamos perdendo nossos jovens de um jeito ou de outro! SOS!!!