segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cidade do Interior de minas Gerais amanhece dizendo nos muros da cidade: NÃO VOTAR, REBELAR-SE É JUSTO!

Durante as últimas semanas, vários muros e construções da cidade de Paracatu (MG) estão sendo alvo de pichações. Diferente das habituais palavras de baixo calão e desenhos ofensivos, desta vez as pichações tomaram proporção de protesto político, atraindo a atenção de quem quer que passe pelos locais.
Os protestos de “Não Votar! Viva a revolução agrária!” e de “Abaixo a farsa eleitoral! Rebelar-se é justo!” estão dando o que falar e já são assunto comum na cidade.

Por um lado o exemplo deste protesto na cidade de Paracatu, interior de Minas Gerais, serve pra mostrar o crescente descontentamento e descredito do povo com o processo eleitoral e por outro o crescimento do Movimento Revolucionário no nosso país, que tomando proporções cada vez maiores, alegra os corações do bravo povo brasileiro acende novamente a chama da revolução!



2 comentários:

jwcl, Jorge Willian disse...

Tenho amigos que defendem a ideia de que o voto nunca deveria ser anulado. Mesmo sabendo que a diferença entre um candidato e outros possa ser nenhuma e que todos que se candidataram possam não representar a defesa dos interesses do eleitor. Sem entrar no mérito se devemos na atual conjuntura anular ou não o voto, seria interessante pensarmos nessa "canonização" que alguns fazem da democracia. Parece um fetiche político da pós-modernidade. A "santa" democracia é tratada como a virgem santa e, pregam os seus sacerdotes, que todos deveriamos ser fiéis a ela e nos ajoelharmos perante a sua santidade. Mas a santa, que tratam como imaculada, já foi de fato desvirginada e suas máculas se apresentam aos nossos olhos. Vejamos algumas exemplos:

1) O poder econômico impõe seus candidatos através de financiamentos milionários, o que e dificulta aos que se opõe disputarem os corações e mentes dos eleitores. Nos EUA, inclusive, só se faz propaganda eleitoral se esta for (bem) paga, o que facilita a imposição de um bipartidarismo do capital e da defesa que este faz da necessidade da guerra permanente;

2) Os proprietários dos meios de comunicação e seus produtores não permitem que a massa da população saiba da existencia de alguns candidatos. É uma censura democrática (sic) feita por aqueles que criticam qualquer um que tente defender a necessidade de se de controlar o poder dos carteis da comunicação. Para exemplificar é só se observar o caso atual da política brasileira, onde parece que só existem três candidatos (os únicos que a mídia divulga e que o empresariado permite) e que são aqueles que defendem a continuidade da política de desenvolvimento da dupla PSDB-PT. Assim como na política estadunidense, é uma espécie de continuísmo com diferenças sutis, mas que pouco muda de fato;

3) A santa democracia nos impede de ouvir o que tem para dizer o grupo que possui críticas aos pilares da sociedade empresarial: os socialista e comunistas;

4) Cresce cada vez mais a desigualdade dentros das sociedades que são chamadas de democráticas. É o caso dos EUA. Entre os anos 1984 e 2007 , conforme pesquisa realizada pla Universidade Brandeis , " a diistância entre os patrimônios de negros e de brancos se multiplicou por quatro, os cidadãos brancos mais pobres eram bem mais ricos do que os negros que estão no nível mais alto na escala" (cf. Brasil Econômico, p. 45 de 18 de maio d 2010). A tal democracia dos irmão do norte só aumenta a desigualdade, apesar do negro Obama;

Poderíamos ficar apresentando máculas da santa democracia durante páginas e páginas. Mas creio que os exemplos bastam para que possamos repensar que é legítima a posição daqueles que pensam em não contribuir com seu voto para legitimar os candidatos que estão por aí adaptando seus discursos como se fossem meros sabonetes nos mercados eleitorais. Não apenas os discursos, mas também o rosto, o jeito, o espírito. Adaptação darwinista a um tipo de luta das espécieis eleitoreiras.

Não quero aqui deixar dúvidas e , por isso, repito: não estou defendendo o voto nulo. Mas acho que ele é legítimo e não um sinal de alienação política de quem o defende. "Eu, por minha vez, vou seguindo o meu caminho" e ele ainda não está definido, mas não passa pelas pratilheiras perfumadas de candidatos-sabonetes. Prefiro tropeçar e recolher as pedras utópicas do caminho.

JOSEILTON S. MENDES disse...

O ATO DE ESCOLHER É UMA LIBERDADE DO HOMEM,MAS A OBRIGATÓRIEDADE DA ESCOLHA É UMA IMPOSIÇÃO.AS ELEIÇÕES QUE DEVERIAM SER O MOMENTO DE MUDANÇA SÃO NA VERDADE UM INSTRUMENTO DA DITADURA PSEUDO- DEMOCRÁTICA.MUDANÇA TEM QUE SER LIVRE E TEM DE ACONTECER DE BAIXO PARA CIMA. EU FAÇO QUESTÃO DE ESCOLHER ,MAS NÃO DE SER OBRIGADO A VOTAR. ESCOLHA O NULO .PROTESTE AGORA E ESCOLHA DEPOIS .A VERDADEIRA MUDANÇA OCORRE COM A QUEBRA DAS CORRENTES.LIBERTE-SE AGORA E SEMPRE.