Após um turbilhão de manifestações que durou 18 dias, Hosni Mubarak renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 11 de fevereiro, após um governo de quase 30 anos de corrupção, entreguismo e submissão ao imperialismo. Um governo que se sustentou oprimindo o povo egípcio com uma “lei de emergência” que durou todo este tempo.Na véspera, tentou ainda uma última manobra, transferir poder ao vice, que for indicado por ele. Tal atitude aumentou a revolta popular e hoje pela manhã o exército prometeu reformas democráticas se o povo se retirasse das ruas. Nada disso surtiu efeito, as massas egípcias mostraram sua firme determinação de por fim, de uma vez por todas a quase 30 anos de opressão.
O anúncio da renúncia foi feito pelo recém-nomeado vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, em um curto pronunciamento na TV estatal. "O presidente Mohammed Hosni Mubarak decidiu deixar o cargo de presidente da república e encarregou o Alto Conselho Militar de cuidar das questões de Estado", disse Suleiman.
Os enfrentamentos dos últimos dias deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos. Eles começaram em 25 de janeiro, inspirados pela queda do presidente da Tunísia, avolumando assim a onda que lava o Magerb e o Oriente Médio. O sangue destes mártires abre o caminho para transformações que possibilitaram que o povo da região se organize para conseguir mudanças ainda mais profundas.
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