sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Egito em festa

Após um turbilhão de manifestações que durou 18 dias, Hosni Mubarak renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 11 de fevereiro, após um governo de quase 30 anos de corrupção, entreguismo e submissão ao imperialismo. Um governo que se sustentou oprimindo o povo egípcio com uma “lei de emergência” que durou todo este tempo.

Na véspera, tentou ainda uma última manobra, transferir poder ao vice, que for indicado por ele. Tal atitude aumentou a revolta popular e hoje pela manhã o exército prometeu reformas democráticas se o povo se retirasse das ruas. Nada disso surtiu efeito, as massas egípcias mostraram sua firme determinação de por fim, de uma vez por todas a quase 30 anos de opressão.

O anúncio da renúncia foi feito pelo recém-nomeado vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, em um curto pronunciamento na TV estatal. "O presidente Mohammed Hosni Mubarak decidiu deixar o cargo de presidente da república e encarregou o Alto Conselho Militar de cuidar das questões de Estado", disse Suleiman.

Os enfrentamentos dos últimos dias deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos. Eles começaram em 25 de janeiro, inspirados pela queda do presidente da Tunísia, avolumando assim a onda que lava o Magerb e o Oriente Médio. O sangue destes mártires abre o caminho para transformações que possibilitaram que o povo da região se organize para conseguir mudanças ainda mais profundas.

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