quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Operários da Usina Catende param moagem e bloqueiam BR 101 em protesto

Liga dos Camponeses Pobres - Nordeste





A Polícia Militar do feitor “socialista” Eduardo Campos (PSB) usa de sua peculiar selvageria e bestialidade, fere e prende operários que lutam pelo seu justo direito.

Hoje, 22 de fevereiro, os operários da Usina Catende que já há aproximadamente 10 dias paralisaram a moagem e decretaram greve motivada por atrasos no pagamento de salário, situação que se arrasta a quatro messes dentre outras reivindicações econômicas, bloquearam um trecho da BR 101 na entrada do município de Palmares, cidade pólo da região da Mata Sul Pernambucana, próximo à divisa com o estado de Alagoas por cerca de quatro horas, provocando um colossal congestionamento; a Polícia Militar do feitor “socialista” Eduardo Campos (PSB), gerente de turno no estado, em operativo conjunto com a polícia rodoviária federal mobilizou helicópteros e tropas de choque para debelar o protesto, intervindo com muita selvageria, disparando contra os manifestantes balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e, inclusive efetuou disparos de munição real, letal, atingindo e ferindo dezenas de operários; aproximadamente 8 operários foram presos e durante as prisões se seguiu o espetáculo de mais brutalidade e covardia policial.

A Usina para os operários e as terras para os camponeses pobres!




A dramática situação vivida pelos operários da Usina Catende e os camponeses pobres do PA (Projeto de Assentamento) Miguel Arraes é de escravidão, miséria e fome. Os “novos patrões” que administram a massa falida há 15 anos, através da Cooperativa Harmonia e os sucessivos síndicos que por ela passaram, deitaram um rastro de exploração e trabalho escravo impondo um severo e monumental sofrimento às massas de operários e de camponeses pobres dos engenhos e arruinando a economia do município de Catende, o que também repercute de maneira perversa em toda região.

Um aglomerado de oportunistas que vai do MST, FETAPE e Sindicatos Rurais, e um conjunto eclético de partidos com variados vernizes se amalgamaram em torno do “Projeto de Modelo de Gestão Socialista” da Usina Catende que tomou a forma na Cooperativa Harmonia. Mentiram e roubaram os camponeses assentados contraindo dívidas em seus nomes dando calote e impôs um regime de exploração semifeudal aos operários, para viverem nababescamente como emergentes “novos Usineiros” com carros e casas luxuosas na vida que sempre sonharam, colocando a Usina Catende a beira da falência e nas páginas policiais com um cem número de escândalos envolvendo a Cooperativa e a gerência da massa falida.

Na esteira do fracasso da Cooperativa harmonia, assumiu um interventor judicial, que ao invés de atenuar a insolvente situação da massa falida, sanar economicamente a Usina e melhorar as sofríveis condições de vida dos Camponeses assentados e dos operários, tem na contara mão, intensificado a exploração, atrasando salários, incrementado as já volumosas dividas (passivos) da Usina e aprofundando a escravidão, a miséria e a fome.

Neste panorama a alternativa para os operários e os camponeses pobres assentados não é o museu de grandes novidades recolocando no controle a Cooperativa Harmonia os “novos usineiros”, tão pouco o síndico interventor a mando dos patrões e da sua justiça, que na dolorosa experiência se mostrou inviável sob todos os pontos de vista. A única alternativa real e concreta é a luta radical pelo controle operário da usina e a tomada das terras para os camponeses pobres do PA Miguel Arraes plasmada na palavra de ordem “A Usina para os Operários e as Terras para os Camponeses Pobres”, entusiástica e vigorosamente propagada pela LCP de Pernambuco que, como um rastilho de pólvora, tem empolgado todo povo de Catende e da região.




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