Rafael Gomes
Nesta última terça-feira, 1º de junho, o mexicano Anastásio Hernández Rojas, que há 26 anos vivia em San Diego, no USA, faleceu em decorrência dos espancamentos e torturas que recebeu após ser detido, junto com seu irmão Pedro Pablo, pela patrulha da fronteira ianque.
Ao pedirem sua documentação e notarem que os irmãos viviam ilegalmente no país, os guardas não hesitaram em prendê-los e humilhá-los de diversas formas. Anastásio foi levado ao hospital no domingo, quando apresentou morte cerebral, após ter sido covardemente agredido por cerca de 60 guardas, além de, junto com Pedro, sofrer seções de tortura com choques elétricos. Dois dias depois, na terça, acabou falecendo.
A patrulha assassina ianque cinicamente alegou em uma declaração que os agentes agiram em legítima defesa, pois o imigrante em questão teria reagido à ordem de prisão e agredido um dos agentes. Indo além, ainda afirmaram que após ter agredido o agente “o imigrante foi apenas imobilizado por choque” e que “infelizmente acabou tendo um ataque cardíaco”.
Uma mulher deportada que estava no local quando do fato, alertou os agentes do Instituto Nacional de Imigração afirmando que os guardas ianques “estavam matando uma pessoa”. Apesar da tentativa, os agentes mexicanos afirmaram que não podiam intervir, pois o lamentável episódio não estava ocorrendo em solo mexicano.
Não parando por aí tamanha brutalidade contra os imigrantes latino-americanos, no hospital a polícia proibiu os familiares de Anastásio de se aproximarem do paciente. Somente a filha Daisy Hernández, 18 anos, pôde vê-lo. Já a esposa, que também não possui documentação legal, não tendo como comprovar o matrimônio, foi impedida de ver seu marido.
Christian Ramírez, Comissário Nacional de Imigração do Comitê de Amigos Americanos, afirmou que esse é “só mais um caso contra os imigrantes que ficará impune, pois infelizmente os culpados são os responsáveis pela investigação”.
É grande a preocupação dos imigrantes no USA, já que se levanta uma onda de leis estaduais que criminalizam a imigração ilegal. O primeiro estado a aprovar tal lei foi o Arizona e tramitam outras semelhantes em vários outros estados ianques.
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