quinta-feira, 24 de junho de 2010

Polícia assassina é desmascarada por levante popular em Bariloche

Patrick Granja

No dia 16 de junho, policiais do estado de Bariloche, a 1.100 quilômetros de Buenos Aires, Argentina, assassinaram o menino Bonefoi Diego, de 15 anos, na província de Rio Negro, causando revolta entre os habitantes da região andina que entraram em greve e se levantaram em combativas manifestações em repúdio às ações da polícia fascista sob o comando da família Kirchner e seus aliados locais.

Nos dias seguintes, milhares de pessoas foram às ruas da cidade para protestar. Dezenas de lojas e carros foram atacadas com pedras e coquetéis molotov pela massa enfurecida, que também se voltou contra a Unidade Regional III, um dos maiores quartéis da polícia na região. Os soldados responderam ao ataque com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, porém, no calor do confronto, alguns oficiais dispararam tiros de fuzil contra os manifestantes, matando dois deles e deixando 12 feridos. As mortes de Nicolas Carrasco, de 17 anos, e Sergio Cardenas, de 29 anos, causaram ainda mais revolta. No dia 18 de junho todos os acessos a cidade foram bloqueados pela população que marchou por 30 quarteirões em direção ao Centro Cívico de Rio Negro, onde mais uma vez, houve confronto com a polícia.

Nem o governador da província, Miguel Saiz, escapou da ira da população e foi atingido por uma pedra ao tentar acalmar a massa. Nos dias seguintes, o monopólio dos meios de comunicação ocupou quase todo o espaço dos jornais noticiando uma manifestação de comerciantes em apoio à polícia. Mas segundo sites de movimentos e sindicatos, Bariloche é dividida em áreas paupérrimas, e outras muito ricas voltadas ao turismo. Obviamente, que os crimes cometidos pela polícia, aconteceram em Rio Negro, que é uma das partes mais pobres de Bariloche, e os protestos se espalharam por todo o estado, o que desagradou os comerciantes locais.

Os manifestantes exigem a exoneração dos chefes de polícia, assim como de um dos ministros de Cristina Kirchner, que teria dado ordem aos militares para que atirassem contra a multidão do lado de fora da Unidade Regional III.

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